De Peter Gabriel a Ozzy, Tom Morello escolhe os 5 discos sem os quais não vive

Guitarrista do Rage Against the Machine não escondeu seu gosto musical eclético dentro e fora do rock

Tom Morello, guitarrista do Rage Against the Machine e ex-integrante do Audioslave e Prophets of Rage, tem deixado cada vez mais claro que sua preferência por música é eclética. O gosto do músico vai além do rock e do hip hop que guiaram boa parte de seus projetos.

Em entrevista à Spin Magazine, a situação voltou a ser refletida. Na ocasião, ele foi convidado a citar os 5 discos sem os quais não pode viver. Antes mesmo, ele comentou:

“Não ligo para o que pensam do meu gosto musical. Ele inclui Lady Gaga, Articles of Faith e Ratt.”

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Eis as escolhas.

Os 5 discos da vida de Tom Morello

Peter Gabriel – “Peter Gabriel 3” (1980)

“Uma espetacular mistura de tédio e desespero. ‘Games Without Frontiers’ atrai com sua poesia brilhante e desconexa, mesmas características da guitarra de Robert Fripp. ‘Family Snapshot’ é uma tranquila e assustadora história de um assassino, enquanto ‘Intruder’ é ainda mais apavorante. Phil Collins toca bateria e Gabriel o proibiu de usar qualquer chimbal ou pratos em todo o disco, aumentando o tom sufocante. E há ‘Biko’, um dos maiores hinos dos direitos humanos de todos os tempos sobre o martirizado dissidente sul-africano Stephen Biko. Galvanizou o movimento global anti-apartheid e despertou em mim a percepção de que a música realmente pode mudar o mundo”.

Ozzy Osbourne – “Blizzard of Ozz” (1980)

“Este é o álbum que lançou o virtuoso da guitarra Randy Rhoads ao estrelato. Tinha um pôster dele na parede quando praticava oito horas por dia. Continua sendo meu favorito de todos os tempos. Seu gênio está espalhado por toda esta obra-prima do metal, que reviveu a carreira de Ozzy Osbourne. Cada música, cada riff e cada gota de solo mostram um gênio da guitarra emergindo para chutar o traseiro do mundo.”

Jane’s Addiction – “Nothing’s Shocking” (1988)

“O Jane’s Addiction salvou e redimiu o hard rock com este trabalho. A banda abraçou descaradamente riffs de metal arrojados, fundindo-os com a arte underground e uma brilhante poesia de rua, criando uma liga sem precedentes de grandeza do rock and roll. O lindo acústico ‘Jane Says’, as ruminações de Jim Morrison na faixa ‘Pigs in Zen’ e a esmagadora ‘Mountain Song’ originaram o Lollapalooza Nation. Este álbum tem romance, misticismo, visão profunda e, na minha humilde opinião, continua sendo o maior do rock alternativo até hoje.”

Conor Oberst – “Ruminations” (2016)

“Conor Oberst, dentro e fora do Bright Eyes, é um letrista singularmente brilhante e emocionalmente evocativo. Ruminations é uma obra arrancada de uma alma desmoronando, absolutamente lindo. Cada frase afiada é surpreendente, dando trabalho a Dylan para se manter como referência maior. Além disso, tenho certeza de que ‘Till St. Dymphna Kicks Us Out’ é sobre uma noite no East Village com Conor, eu e Michael Moore.”

Knife Party – “Rage Valley” (2012)

“Eu odiava Electronic Dance Music. Realmente odiava. Minha impressão do gênero era aquela merda que tocava nos táxis italianos. Insuportável. Então, um amigo me mostrou Knife Party e eles explodiram minha cabeça. Rage Valley tem todo o poder, tensão, explosão e atitude da minha música de heavy metal favorita. Foi esse álbum que inspirou meu projeto The Atlas Underground e o desejo de criar uma mistura de amplificadores Marshall e picapes.”

Tom Morello segue divulgando o álbum solo “The Atlas Underground Fire“, já disponível nas plataformas de streaming.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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