Por que o Led Zeppelin não poderia existir nos dias de hoje, segundo Jimmy Page

Guitarrista acredita que Imediatismo do mundo online faria com que essência da banda fosse suprimida em alguns sentidos

Quase todo fã dos clássicos do rock já se pegou pensando: como seria se essas bandas aparecessem nos dias de hoje? Se o debate rolar em torno do Led Zeppelin, há uma má notícia: a resposta do guitarrista Jimmy Page para essa pergunta não é das mais positivas.

Em entrevista ao jornal The Times, Page refletiu que o imediatismo do mundo online faria com que o Led Zeppelin não existisse nos dias atuais. O grande motivo está relacionado a uma prática que a banda enxergava como essencial: eles gostavam de testar suas músicas novas em seus shows, sem se preocupar se o material vazaria ou não.

“A gente colocava músicas que ainda não tinham sido gravadas nos repertórios dos shows, apenas por diversão. Fizemos isso com a música ‘Immigrant Song’ no Bath Festival, em 1970, e ninguém tinha ouvido nada parecido com ela.”

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Obviamente, nos dias de hoje, isso seria impossível. Há câmeras de smartphones espalhadas por todos os lugares, o que faria a estreia de uma música inédita em um show parar na internet de forma quase instantânea.

“Hoje em dia, você não tem mais essa liberdade, porque seria postado imediatamente na internet. A década de 1970 foi uma época divertida como músico criativo, um tempo divertido para estar em uma banda.”

Outro ponto citado por Jimmy Page é a predileção do Led Zeppelin por lançar álbuns completos em vez de singles. Eles não queriam quebrar a vibe da banda, que sempre pensava em obras completas – algo bem diferente dos dias de hoje, onde a divulgação de faixas isoladas é preferível.

“Você fazia uma ‘Whole Lotta Love’ e a gravadora diria sobre o próximo álbum: cadê outra ‘Whole Lotta Love’? Era uma armadilha! No quarto álbum, eu tive que pedir para não lançarem ‘Stairway to Heaven’ como um single.”

Lembranças do Led Zeppelin no Live Aid

Nesta mesma entrevista, Jimmy Page relembrou do péssimo show feito pelo Led Zeppelin no Live Aid, em 1985.

A banda havia encerrado as atividades em 1980, após a morte do baterista John Bonham. Cinco anos depois, eles se reuniram para tocar no famoso festival, realizado simultaneamente em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos, com o objetivo de arrecadar fundos para acabar com a fome na Etiópia.

Phil Collins, baterista e vocalista do Genesis, assumiu as baquetas neste show de reencontro. O resultado foi catastrófico, já que o músico não estava nem um pouco à vontade e a performance praticamente não foi ensaiada.

“Tínhamos duas horas de ensaio, nem isso, e o baterista (Phil Collins) simplesmente não conseguia pegar o começo de ‘Rock and Roll’. Estávamos com sérios problemas, não foi uma ideia muito inteligente.”

A redenção

Décadas depois, em 2007, o grupo se reuniu para um show único em Londres. O guitarrista, então, fez questão de que tudo fosse diferente.

Quem tocou bateria na ocasião foi ninguém menos que o filho de John, Jason Bonham, o que deixou Page bem nervoso – não por culpa de Jason, é claro.

“Eu estava mais nervoso durante aquele show do que em qualquer um dos ensaios que fiz quando era garoto. Muita coisa poderia ter dado errado e eu não queria ser o responsável, mas você se prepara para essas coisas e, no momento em que está no palco, entra em estado de transe. Fiquei arrepiado o tempo todo, acho que foi um show excelente. Infelizmente, foi apenas um show…”

* Texto por Juliana Tancler, com pauta e edição por Igor Miranda

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Juliana Tancler
Juliana Tanclerhttps://igormiranda.com.br/
Juliana Tancler é Relações Públicas graduada pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e pós-graduada em Comunicação e Marketing pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM). Atua na área de Comunicação há mais de 13 anos. É colaboradora do site do jornalista Igor Miranda, para o qual produz matérias, artigos e resenhas sobre o mundo do jornalismo musical.

5 COMENTÁRIOS

  1. Eu achei que ele ia dizer que hoje em dia a prática de pedofilia e plágio que eles adoraram não seria aceita, mas é só um velho chorando com a existência da internet pra variar.

    • Melhor ser um “Velho” com o taleto de Page, do que um novão cabeça de merd* e antenadão do “incrível mundo moderno”… Viva o Bom e Velho Rock and Roll.

  2. Melhor ser um “Velho” com o taleto de Page, do que um novão cabeça de merd* e antenadão do “incrível mundo moderno”… Viva o Bom e Velho Rock and Roll.

  3. O nosso Jimmy Page pensou correto !=== Hoje em dia, tem muitos debiloides pra atrapalharem as vidas aleias onde são 1 pessoal que não aprenderam a pensar e darem fé das coisas lógicas e decentes .=Hoje em dia, existem demais diversos temperos c/ aditivos que anulam a memória do indivíduo ; queijos / defumados c/ realçadores de sabor como a substância Acecitil que é 1 acelerador de sabor processo esse que detona p/ o fim da memória como o “álcool já o faz ! Vai ver, que 80% de toda a humanidade está ficando debiloide por não darem fé que consomem muitas porcarias ditas nutricional onde estão contidas nelas, aditivos que arrasam a suas mentes pra vos deixarem c/ apenas o tal mal gosto p/ musicalidades e vejam os estilo “Trash” e o Morte-Metal que vos afirme como tal a suas totais audições de zuadas bem mal elaboradas vos obrigando os músicos a hipnotizar os seus fãs vos fazendo gestos inconsequentes e mais ainda, adicionando 1 cenário c/ enfoques (teatrais) p/ os seus ouvintes cegarem c/ a audição que não passam nos testes !

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