7 roqueiros consagrados que nunca lançaram projetos solo ou paralelos

É comum que músicos famosos trabalhem, durante algum momento de suas carreiras, em algum registro solo ou projeto paralelo. Os motivos podem variar de realização pessoal a tentativa de se lançar com outra ideia – especialmente se o músico em questão não integrar mais a banda que o divulgou para o mundo.

Todavia, há alguns músicos consagrados no meio do rock/metal que nunca trabalharam com projetos solo ou paralelos após terem ficado famosos. Pode ser um indício de satisfação ou até acomodação com o que tem feito. Há, ainda, aqueles que enxergam a música, mais concretamente, como um trabalho e se dedicam a outros hobbies em seus momentos de folga.

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Os 7 músicos abaixo nunca trabalharam em projetos paralelos enquanto integraram suas bandas de origem. Em alusão ao esporte, são daqueles que jogaram no mesmo time ao longo de toda a carreira, mesmo após terem ficado famosos.

Veja:

Dave Murray

O membro que passou mais tempo ao lado de Steve Harris no Iron Maiden nunca lançou um disco solo ou com algum projeto paralelo. Desde sua entrada para a banda, ainda na década de 1970, o músico não fez mais nada fora da batuta de Harris, a não ser participações em DVDs instrucionais de Nicko McBrain, no single “Stars” do Hear N’ Aid e em uma música do Psycho Motel, de Adrian Smith (“With You Again”).

Seria curioso ver Dave Murray fora do Iron Maiden. Ele tem poucas composições assinadas com o grupo – uma para cada disco, em média, e quase sempre com colaborações de outro integrante. Além disso, tem influências mais ligadas ao classic rock: é um grande fã de Jimi Hendrix e Paul Kossoff (Free).

James Hetfield

Ainda que seja uma das lideranças do Metallica, James Hetfield já mostrou, em algumas ocasiões, que vai muito além do que é produzido com a banda de metal. Grande fã de southern rock e até de country, Hetfield poderia proporcionar um bom disco solo, de pegada mais intimista, algum dia.

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O máximo que foi possível ver de James Hetfield fora do Metallica foi uma série de backing vocals gravados em discos do Corrosion Of Conformity, Danzig e de Jim Martin. Nada além disso.

Tom Araya

A maior parte das composições do Slayer tem a assinatura de Kerry King e/ou Jeff Hanneman. Apesar de parecer ter habilidade na parte criativa, Tom Araya pouco contribuiu, até hoje, para a autoria das canções da banda.

Uma possível alternativa para mostrar o diverso leque de influências de Tom Araya seria um projeto solo ou uma banda paralela. O músico já revelou gostar de acid rock e do som psicodélico da década de 1960, além de clássicos de Elvis Presley, The Police e Paul Simon. Dá para imaginar?

O máximo que foi feito por Tom Araya fora do Slayer foi em “Terrorist”, do Soulfly, faixa em que contribuiu com vocais e baixo. Ele também fez backing vocals em “Hate To Feel”, do Alice In Chains.

Brian Johnson

A situação de Brian Johnson é um pouco diferente dos demais membros dessa lista. O Geordie, banda que ele integrou antes do AC/DC, chegou a ter algum reconhecimento durante a década de 1970, em especial no Reino Unido. Todavia, preferi considerá-lo por aqui porque a banda não atingiu, de fato, a fama – e foi um projeto pré-AC/DC.

Engana-se quem pensa que Brian Johnson só canta daquela forma esganiçada que o consagrou no AC/DC. No Geordie, o vocalista havia mostrado um timbre mais orgânico e melódico.

O único registro considerado solo de Brian Johnson, na verdade, é uma compilação de músicas do Geordie. “Strange Man” (1982) une 10 canções de sua antiga banda que não foram aproveitadas em lançamentos anteriores.

Fã declarado de Joe Walsh, ZZ Top e Queen, Brian Johnson entregaria, no mínimo, um trabalho misto em um possível disco solo. No entanto, o problema auditivo que o tirou do AC/DC e a dedicação a outros hobbies fora da música tornam essa possibilidade quase impossível para o futuro.

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Mick Mars

Entre os músicos listados, Mick Mars foi, até onde sei, o único que chegou a arquitetar um trabalho solo após a fama com o Mötley Crüe. E não é de hoje que o músico gostaria de lançar o projeto.

Desde o início da década, Mick Mars diz que vai lançar um disco solo. Entretanto, nem o embalo cada vez mais reduzido do Mötley Crüe – que chegou ao fim em 2015 – fez com que Mars divulgasse o trabalho em questão.

Além do teaser do disco solo, que conta com John Corabi nos vocais, o único trabalho concreto que Mick Mars realizou fora do Crüe foi uma série de duas participações em músicas do Crashdïet – “I Don’t Care” e “Alone”.

Klaus Meine

Com exceção de “Dying For An Angel”, do Avantasia, Klaus Meine não fez nada fora do Scorpions. Ele integra a banda desde 1969.

Apesar de ser o principal letrista do Scorpions, seria curioso ver Klaus Meine no comando geral, em um projeto solo ou paralelo. Ainda que seja grande fã das bandas de rock da década de 1960, Meine é um sujeito de influências não tão claras. Poderia surpreender em um registro individual.

Neil Peart

Eleito por diversos críticos como o melhor baterista de rock de todos os tempos, Neil Peart poderia proporcionar um trabalho único se produzisse um registro solo.

O talento de Peart vai muito além da bateria. O músico domina dezenas de instrumentos de percussão – alguns deles, comuns somente em orquestras – e é o letrista oficial do Rush.

Fã confesso de jazz, Neil Peart poderia seguir por este caminho em um disco solo. Entretanto, nunca aconteceu. O músico faleceu no início de 2020.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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