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Jeff Scott Soto capricha ao revisitar Talisman, Malmsteen e W.E.T. no Summer Breeze

Foto: Rafael Andrade @mfrafael / MHermes Arts

27 de abril tem significado especial na relação de Jeff Scott Soto com o Brasil. Neste dia em 2002, o cantor realizava seu primeiro show no país. No último sábado (27), no Summer Breeze 2024, fez o que, possivelmente, foi o seu melhor.

A expectativa era tremenda. A promessa desde o anúncio de Jeff como headliner do palco Waves no segundo dia do festival era de um setlist dos sonhos, inteiramente dedicado a Yngwie Malmsteen, Talisman e W.E.T. Tal brincadeira seria exclusividade a não ser repetida no futuro em qualquer outra circunstância.

Mas mesmo dentro de um universo aparentemente limitado, ele e a rapaziada do Spektra — BJ (guitarra, teclado e vocais), Leo Mancini (guitarra), Henrique Canale (baixo) e Edu Cominato (bateria) — conseguiram tirar coelhos da cartola.

Foto: Rafael Andrade @mfrafael / MHermes Arts

Para começar, o show foi o mais lotado daquele que é o menor palco do festival, onde mais cedo e na véspera enfileiraram-se atrações, 99% nacionais, tocando com garra para plateias diminutas. E esse público foi rápido ao manifestar desagrado quanto ao baixíssimo volume do som, levando os cinco músicos a recomeçarem “Now Your Ships Are Burned”, uma das duas faixas com vocais do histórico LP de estreia de Malmsteen, “Rising Force” (1984), que passada a segunda estrofe se metamorfosearia em “Comin’ Home”, do Talisman.

Foto: Rafael Andrade @mfrafael / MHermes Arts

O esquema de medleys não é novidade nas apresentações de Soto. Vira e mexe o cantor lança mão do recurso para conseguir abranger fases e projetos específicos de sua gigantesca folha corrida.

Mas se os medleys são compostos, basicamente, de canções que vira e mexe são tocadas na íntegra, coube a diversos lados B o estofo do repertório. De canções que Jeff não apresentava há quase 40 anos — a última vez que cantou “Caught in the Middle” (Yngwie Malmsteen) foi em 1985 — a outras que nunca havia levado para o palco, como “Blissful Garden” (Talisman) pode-se dizer que uma boa porcentagem do setlist pareceu pensada para os fãs mais dedicados. Estes, por sua vez, agradeceram cantando o mais alto e com o inglês menos errado que puderam.

Não bastasse esse agrado a gregos e troianos, planetas corretamente alinhados ocasionaram encontros inesperados, com Pontus Norgren — atualmente no Hammerfall, mas outrora integrante do Talisman — se juntando a Soto e BJ numa versão intimista da baladaça “Just Between Us”. Depois, foi a vez de Magnus Henriksson, guitarrista do Eclipse, assumir o instrumento num medley de canções do W.E.T. que incluiu “Big Boys Don’t Cry”, “Watch the Fire”, “Learn to Live Again” e “One Love”.

A reta final trouxe ainda um supercombo de músicas do Talisman. Jeff anunciou que seriam oito, mas este jornalista contou dez: “Break Your Chains”, “Day by Day” (prejudicada por problemas técnicos), “Give Me a Sign”, “Colour My XTC”, “Dangerous”, “Just Between Us” (de novo), “Mysterious (This Time It’s Serious)”, e os consagrados covers de “Frozen” (Madonna) e “Crazy” (Seal) e “I’ll Be Waiting”, esta com Norgren.

Foto: Rafael Andrade @mfrafael / MHermes Arts

Se esse repertório for realmente exclusivo do Summer Breeze, só posso lamentar por quem não esteve lá. Mas torcer por um repeteco no futuro também não custa nada. Afinal, o cara está toda hora por aqui mesmo…

**Este conteúdo faz parte da cobertura Summer Breeze Brasil 2024. Algumas atrações terão resenhas + fotos publicadas primeiro. A cobertura completa, de (quase) todas as atrações, sairá nos próximos dias.

Foto: Rafael Andrade @mfrafael / MHermes Arts

Jeff Scott Soto — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. Now Your Ships Are Burned (Yngwie Malmsteen) / Coming Home (Talisman)
  2. If U Would Only Be My Friend (Talisman)
  3. Call of the Wild (W.E.T.)
  4. Caught in the Middle (Yngwie Malmsteen)
  5. Time After Time (Talisman)
  6. Broken Wings (W.E.T.)
  7. Blissful Garden (Talisman)
  8. Brothers in Arms (W.E.T.)
  9. Comes Down Like Rain (W.E.T.)
  10. Just Between Us (Talisman, trecho, com Pontus Norgren)
  11. Yngwie Malmsteen Medley: Don’t Let It End / On the Run Again / I’m a Viking / I’ll See the Light Tonight
  12. W.E.T. Medley: Big Boys Don’t Cry / Watch the Fire / Learn to Live Again / One Love (com Magnus Henriksson)
  13. Talisman Medley: Break Your Chains / Day By Day / Give Me a Sign / Colour My XTC / Dangerous / Just Between Us / Mysterious (This Time It’s Serious) / Frozen (Madonna) / Crazy (Seal) / I’ll Be Waiting (esta última com Pontus Norgren)

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Angra espreme setlist atual em show mecânico no calor do Summer Breeze

Foto: André Tedim @andretedimphotography

Após as duas atrações de thrash metal que deram o pontapé inicial do sábado (27) de Summer Breeze Brasil, coube ao Gamma Ray diminuir a agressividade no Ice Stage e iniciar a transição para a sonoridade dominante do segundo dia do festival. Quando o Angra subiu ao palco, o público já tinha aquecido a garganta e estava ansioso pelo grupo no palco principal.

Antes de o show começar, alguns problemas. Um deles, comportamental: quase saiu briga no “front row”, a estreita pista premium em frente aos palcos principais. O público que deixava o Ice Stage após o Gamma Ray se chocava com quem esperava o Angra, somado a uma parcela que já queria pegar a grade para o Lacuna Coil na sequência. Ficou todo mundo parado e irritado.

Foto: André Tedim @andretedimphotography

O outro, de ordem técnica. O tema pré-gravado para o início do show — “Crossing”, do álbum “Holy Land” (1996) — falhou e precisou ser iniciado de novo. Nenhum trauma. Executada novamente, introduziu “Nothing to Say”, do mesmo álbum, seguida por “Angels Cry”, faixa-título do álbum de 1993, num começo que ganhou o público logo de cara.

Divulgando seu mais recente álbum, “Cycles of Pain” (2023), lançado no mesmo dia em que seu trabalho de estreia celebrou o trigésimo aniversário, o Angra não teve dificuldade em espremer o longo repertório de sua turnê atual nos setenta e cinco minutos em que permaneceu no Hot Stage.

A apresentação no Summer Breeze, no entanto, pareceu apenas isso: uma versão editada de seu show atual. Todo o cuidado da produção foi reproduzido, desde as bases pré-gravadas até os vídeos exibidos ao fundo do palco no telão, muitas vezes ofuscado pelo reflexo do sol inclemente das duas da tarde do sábado

Tal profissionalismo, porém, pareceu mecânico e, depois de um começo explosivo, o show murchava conforme a banda executava suas canções mais recentes, com maior ênfase em aventuras progressivas do que melodias cantáveis. A plateia acompanhou com animação diminuída a execução precisa de músicas como “Vida Seca” e “Newborn Me”, esta do álbum “Secret Garden” (2015).

Foto: André Tedim @andretedimphotography

Diferente do show “quase do Angra” de Edu Falaschi na véspera, a impressão era de que a apresentação do Summer Breeze era apenas mais uma do Angra na turnê atual. Pelo menos, mais uma de alto nível. O público cantou junto hits do passado como “Time” e “Rebirth” e, em contraponto a outros materiais recentes, ofereceu ótima resposta à rápida novata “Ride into the Storm”, quando os músicos deixaram o palco após tocarem sob calor escaldante.

Não demorou muito para o bis. O Angra voltou sob o som pré-gravado de “Unfinished Allegro”, sem falhas essa vez, que foi a deixa para mais cantoria no já tradicional medley com a dobradinha “Carry On” e “Nova Era”, encerrando a participação da banda numa tarde quente em que até o sempre afinado vocalista Fabio Lione — dono de sotaque em português que já quase se confunde ao dos moradores mais antigos de bairros típicos de imigração italiana da capital paulista — parecia não aguentar mais ao fim.

Foto: André Tedim @andretedimphotography

**Este conteúdo faz parte da cobertura Summer Breeze Brasil 2024. Algumas atrações terão resenhas + fotos publicadas primeiro. A cobertura completa, de (quase) todas as atrações, sairá nos próximos dias.

Foto: André Tedim @andretedimphotography

Angra — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. Crossing (Intro)
  2. Nothing to Say
  3. Angels Cry
  4. Tide of Changes – Part I
  5. Tide of Changes – Part II
  6. Newborn Me
  7. Vida Seca
  8. Rebirth
  9. Dead Man on Display
  10. Time
  11. Cycle Doloris (Intro)
  12. Ride into the Storm

Bis:

  1. Unfinished Allegro (intro)
  2. Carry On / Nova Era

Foto: André Tedim @andretedimphotography
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Lacuna Coil faz show vitorioso e até estreia música inédita no Summer Breeze

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Uma das marcas do sábado (27) no Summer Breeze Brasil foi a presença de mulheres com destaque em suas respectivas bandas, fosse pelo quarteto feminino de thrash metal Nervosa, ou pelas neerlandesas Simone Simons e Sharon den Adel nos vocais do Epica e Within Temptation, respectivamente. Além do show do Lacuna Coil à tarde no Ice Stage.

Cristina Scabbia, uma das pioneiras na cena metálica da virada do século, ajudou a felizmente normalizar a presença feminina nos festivais, seja no público ou no palco. Já o som do grupo italiano deu uma guinada do gothic metal de seu início de carreira para estar cada vez mais afeito ao mercado americano.

Dada à natureza conservadora de uma parcela dos fãs de metal, poderia ter sido um problema. Mas não chegou nem perto disso: a pista do Ice Stage ficou abarrotada de fãs empolgados para conferir a banda italiana.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Já que Gene Simmons se apresentou de cara limpa na véspera, coube ao trio de instrumentistas do Lacuna Coil — Marco Coti Zelati (baixo), Diego “Didi” Cavalotti (guitarra) e Richard Meiz (bateria) — subir ao palco com maquiagens de inspiração kabuki. Para completar a identidade visual, todos estavam uniformizados, incluindo nesse caso Scabbia e Andrea Ferro, este o responsável pelos vocais rasgados em contraponto ao agudo da cantora italiana.

O público parecia ganho já desde a introdução pré-gravada de “War Pigs”, do pai-de-todos Black Sabbath, confirmada pela resposta efusiva da plateia à primeira canção executada pelo Lacuna Coil, “Blood, Tears, Dust”, uma das duas faixas do álbum “Delirium” (2016) presentes nesta tarde de sábado.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Para mostrar que a fase era boa, a banda tocou seis músicas de seu disco mais recente, “Black Anima” (2019), cuja ilustração da capa figurava no tradicional pano de fundo do palco, que balançava ao inútil vento incapaz de minimizar o calor impiedoso. Confiante, o quinteto também apresentou um par de novas canções, de seu novo trabalho ainda inédito: uma delas, “In the Mean Time”, estreou no palco do Summer Breeze; a outra, “Never Dawn”, veio quase no fim da apresentação.

Mesmo com um repertório privilegiando canções de certa forma mais recentes em uma discografia de mais de vinte anos, o show não perdeu o pique. Obviamente, algumas músicas tiveram reações mais empolgadas, como “Trip the Darkness”, “Heaven’s a Lie” — em versão “renovada” na regravação do vigésimo aniversário de “Comalies” — e “Our Truth”, das composições mais populares de toda a carreira do grupo.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Ainda assim, para dar um clima maior de festa num festival de heavy metal, a banda tocou seu cover para “Enjoy the Silence”, do Depeche Mode. De certa forma, desnecessário, pois suas duas músicas finais do show, “Swamped”, também em versão recauchutada, e “Nothing Stands in Our Way”, despertaram empolgação ainda maior do público. Diz muito sobre quão vitorioso foi o show do Lacuna Coil no Summer Breeze.

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Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Lacuna Coil — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. War Pigs (Intro) + Blood, Tears, Dust
  2. Reckless
  3. Trip the Darkness
  4. Apocalypse
  5. Layers of Time
  6. Heaven’s a Lie XX
  7. Sword of Anger
  8. Our Truth
  9. Now or Never
  10. My Demons
  11. In the Mean Time
  12. Veneficium
  13. Enjoy the Silence (cover Depeche Mode)
  14. Never Dawn
  15. Swamped XX
  16. Nothing Stands in Our Way
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox
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Within Temptation faz show irretocável para público cansado no Summer Breeze

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Após o Within Temptation executar “In the Middle of the Night”, canção mais rápida do repertório apresentado pelos headliners de sábado (27) do Summer Breeze Brasil 2024, alguém passou mal na pista e a vocalista Sharon den Adel interrompeu o show por alguns minutos até que lhe fosse prestado o atendimento. Foi um resumo de um dia quente e que atraiu o maior público do festival em suas duas edições.

O sucesso mostrou ter funcionado a junção de nomes consagrados de power metal, como Gamma Ray, Angra e Hammerfall, com Lacuna Coil, Epica e Within Temptation, bandas de sonoridades diversas, mas que um dia receberam o infame e felizmente enterrado rótulo de “female-fronted metal” apenas pela coincidência de contarem com mulheres como vocalistas.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

A questão, no entanto, era se qualquer dessas seis bandas teria calibre para ser headliner de festival. A missão foi confiada ao grupo liderado por Sharon den Adel, em seu quarto retorno ao país, quase dez anos após sua última apresentação na Audio, em Sâo Paulo, que comporta pouco mais de três mil pessoas.

Não se trata apenas de uma competição de popularidade, mas que tipo de reação o show desperta no público em geral. O resultado? Apesar de ter realizado uma apresentação irretocável, com uma produção rebuscada na iluminação, com fogos e fumaças no palco, completada por vídeos caprichados no telão, o Within Temptation não se mostrou dono do tamanho necessário para a tarefa.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

As cornetas do início de “The Reckoning” soaram no Hot Stage pontualmente às 20h15. Se alguém ainda achava que o Within Temptation proporcionaria ao público uma noite de metal sinfônico, a batida quase sequenciada sobre efeitos sintetizados da faixa de “Resist” (2019) já mostrou que o show dos neerlandeses não seria nada do tipo.

A plateia se espremia no “front row” e enchia a pista quase inteira do Memorial da América Latina. Apesar disso, a reação às músicas era morna. “Faster”, do disco “The Unforgiving” (2011), seguiu na mesma toada, despertando alguns coros, nada que impressionasse como o Lacuna Coil fizera horas antes no Ice Stage.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Até porque, horas antes, talvez o público ainda não estivesse esgotado pelo calor e todo o perrengue típico de um festival lotado — como deve ter sido o caso da pessoa citada no início deste texto. Em posições invertidas, é possível que, à tarde, sob o comando da simpática Sharon, as pessoas cantassem de forma bem mais efusiva os cativantes refrãos de “Paradise (What About Us?)” e “What Have You Done”, que tiveram respectivamente as vozes de Tarja Turunen e Keith Caputo em reprodução pré-gravada, com suas imagens usadas no telão. Ou talvez as emotivas baladas “All I Need” e “The Cross” gerassem respostas catárticas.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

A natureza por vezes conservadora dos fãs de power metal também pesou na aceitação das tendências mais comerciais e modernas abordadas pelo Within Temptation nas quatro canções de seu mais recente álbum, “Bleed Out” (2023). É fácil apostar que, cansada, foi a maior parcela do público a abandonar o Summer Breeze na noite do sábado, deixando a pista um pouco mais esvaziada conforme o set dos neerlandeses se alongava.

Veja bem: quando o grupo voltou ao metal sinfônico de seu disco “Mother Earth” (2000), para executar de forma acústica “Never-Ending Story” e a faixa-título no término de sua apresentação, ainda havia mais gente no Memorial da América Latina do que quando Gene Simmons subiu ao palco na véspera. Mas, na saída aglomerada do festival, a sensação era de que apenas havia acabado mais um show. Não de que todos haviam presenciado algo especial.

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Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Within Temptation — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. The Reckoning
  2. Faster
  3. Bleed Out
  4. Paradise (What About Us?)
  5. Angels
  6. Raise Your Banner
  7. Wireless
  8. Entertain You
  9. Stand My Ground
  10. Supernova
  11. In the Middle of the Night
  12. All I Need
  13. Our Solemn Hour
  14. Don’t Pray for Me
  15. The Cross
  16. Mad World
  17. What Have You Done
  18. Never-Ending Story (acústica)
  19. Mother Earth
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox
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Slipknot faz 1º show grande com Eloy Casagrande; veja vídeos e setlist

Screenshot via YouTube

O Slipknot realizou sua primeira apresentação oficial com Eloy Casagrande. O baterista brasileiro havia tocado com a banda em um show intimista de aquecimento na última quinta-feira (25), no bar e restaurante Pappy + Harriet’s, localizado em Pioneertown, Califórnia, Estados Unidos. Agora, estreou de vez no festival Sick New World, em Las Vegas, no último sábado (27). Os mascarados estão entre os headliners, junto do System of a Down.

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O repertório trouxe quatro músicas do álbum homônimo de 1999, atualmente celebrado na estrada por seu 25º aniversário. A seleção restante buscou contemplar outros discos, especialmente os gravados nos anos 2000.

Como ocorrido com outros novos integrantes, Casagrande ainda não foi anunciado oficialmente como membro do Slipknot. No entanto, além dos boatos, o porte físico e as tatuagens do músico indicam mesmo que seria ele o escolhido para substituir Jay Weinberg. A CBN também afirma ter confirmado a informação com pessoas próximas ao instrumentista.

Veja o setlist (via Setlist.fm) e vídeos (compilados pelo site IgorMiranda.com.br) a seguir.

  1. People = Shit
  2. Eyeless
  3. Disasterpiece
  4. Before I Forget
  5. Custer
  6. Psychosocial
  7. The Heretic Anthem
  8. Unsainted
  9. Wait and Bleed
  10. Duality
  11. Spit It Out
  12. Surfacing

“The Heretic Anthem”:

“Disasterpiece”:

“Custer”:

“People + Shit”:

Nos últimos dias, um outdoor enigmático apareceu em Indio, Califórnia, perto do local dos festivais Coachella e Power Trip. O cartaz apresenta o logo do Slipknot, os dizeres “one night only, long may you die” e a URL youcantkillme.com.

No site em questão, há um vídeo desenvolvido com WordPress. Conforme observado por um internauta no fórum Reddit (via Whiplash), se você rodar o arquivo de filmagem com o navegador Mozilla Firefox e abrir o código-fonte, é possível descobrir que existe um arquivo de imagem “eloy.jpg” criado.

Cada integrante, aliás, conta com um arquivo próprio — incluindo um músico de nome apenas “Jeff”, de sobrenome não especificado, mas possivelmente substituto de Craig Jones, tecladista que saiu em junho do ano passado. Especulações apontam para Jeff Karnowski, que tocou baixo no Dirty Little Rabbits, projeto do percussionista M. Shawn “Clown” Crahan.

Outro indício recente

No último dia 9 de março, o Slipknot deu outra pista relacionada a seu novo baterista ao compartilhar sua primeira publicação em referência a ele. Por meio das redes sociais, a banda divulgou uma foto de uma baqueta quebrada, com a simples legenda: “Ensaio”.

Chama atenção, porém, a baqueta apresentada. Conforme observado pelo Whiplash e repercutido por diversos fãs nas redes sociais, trata-se de uma Promark modelo signature — termo usado para definir um instrumento, equipamento ou acessório feito justamente para aquele músico — de Eloy Casagrande. O acessório, inclusive, chegou a ser apresentado pelo instrumentista em um vídeo publicado recentemente nas redes.

Eloy Casagrande, Sepultura e Slipknot

A saída de Eloy Casagrande de sua banda anterior, o Sepultura, foi anunciada no fim do último mês de fevereiro. A banda se declarou surpresa com a decisão, comunicada internamente no início do mês, semanas antes de começar a turnê de despedida “Celebrating Life Through Death”. O rompimento ocorreu justamente para que o músico brasileiro se dedique a outro projeto, ainda não revelado.

O nome de Casagrande é especulado por fãs do Slipknot desde a demissão de Jay Weinberg, no fim do ano passado. Curiosamente, com sua entrada, um movimento de troca de bateristas entre três bandas ocorreru. A saber, em três atos:

  • Primeiro: Em novembro do ano passado, Jay foi demitido do Slipknot. Nenhuma razão clara foi apresentada pela banda no anúncio, apenas “decisões criativas”.
  • Segundo: No fim de fevereiro, a saída de Eloy Casagrande foi confirmada pelo Sepultura. A banda afirma que o baterista brasileiro se desligou “para seguir carreira em outro projeto”. Desde a dispensa de Weinberg, seu nome é especulado no Slipknot.
  • Terceiro: A vaga de Casagrande no Sepultura foi ocupada por Greyson Nekrutman, baterista do Suicidal Tendencies — que convocou justamente Weinberg para substitui-lo.

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Heaven & Hell lançou “The Devil You Know” há 15 anos; veja outros fatos da música em 28 de abril

Há 15 anos, em 28 de abril de 2009, o Heaven & Hell lançava “The Devil You Know”, seu único disco. Reuniu a formação rebatizada do Black Sabbath, com Ronnie James Dio (em seu último trabalho), Tony Iommi, Geezer Butler e Vinny Appice.

Confira outros acontecimentos no mundo da música, especialmente no rock, em dias 28 de abril de outros anos:

-> Há 26 anos, em 28 de abril de 1998, o Blind Guardian lançava “Nightfall in Middle-Earth”, seu 6º disco de estúdio. Primeiro em que o vocalista Hansi Kürsch não tocou baixo, aborda a história de “O Silmarillion”, de J.R.R. Tolkien. “Mirror Mirror” saiu como single.

-> Hoje, Kim Gordon faz 71 anos. A baixista, vocalista e guitarrista, que nasceu em 28 de abril de 1953, foi uma das fundadoras do Sonic Youth ao lado do então marido, Thurston Moore. Também trabalhou como produtora, atriz e artista visual.

-> Há 27 anos, em 28 de abril de 1997, o Stratovarius lançava “Visions”, seu 6º disco de estúdio. Foi um dos trabalhos mais importantes da banda, com boa repercussão na terra natal dos músicos, a Finlândia. Os singles foram “The Kiss of Judas” e “Black Diamond”.

-> Há 52 anos, em 28 de abril de 1972, o Wishbone Ash lançava “Argus”, seu 3º disco de estúdio. O álbum é lembrado por ser um dos primeiros a introduzir as chamadas guitarras gêmeas, recurso adotado posteriormente por bandas como Thin Lizzy e Iron Maiden.

-> Há 32 anos, em 28 de abril de 1992, o Hardline lançava “Double Eclipse”, seu disco de estreia. Foi o único com o guitarrista Neal Schon, do Journey, que fundou o projeto com os irmãos Johnny e Joey Gioeli. Apesar das boas músicas, não fez o sucesso esperado.

-> Há 16 anos, em 28 de abril de 2008, o H.E.A.T. lançava “H.E.A.T”, seu disco de estreia. Gravado ainda com Kenny Leckremo no vocal, obteve boa repercussão e quase garantiu uma participação da banda no Eurovision. “1000 Miles” e “Keep On Dreaming” saíram como singles.

-> Hoje, Göran Edman faz 68 anos. O vocalista, que nasceu em 28 de abril de 1956, construiu um currículo extenso, mas ficou conhecido especialmente pelas parcerias com Yngwie Malmsteen e John Norum, além das participações em trabalhos do Talisman, Swedish Erotica e mais.

-> Há 32 anos, em 28 de abril de 1992, o Lynch Mob lançou “Lynch Mob”, seu 2º disco de estúdio. Foi o primeiro da banda com o vocalista Robert Mason, que substituiu Oni Logan. Conta com um cover de “Tie Your Mother Down”, do Queen.

-> Há 26 anos, em 28 de abril de 1998, a Dave Matthews Band lançava “Before These Crowded Streets”, seu 3º disco de estúdio. Último produzido por Steve Lillywhite até 2012, traz músicas como “Don’t Drink the Water”, “Stay (Wasting Time)” e “Crush”.

-> Há 15 anos, em 28 de abril de 2009, o Halestorm lançava “Halestorm”, seu disco de estreia. Não chegou a fazer sucesso como os seguintes, embora o single “I Get Off” tenha obtido certo destaque. “Innocence” foi composta em parceria com Ben Moody, do Evanescence.

-> Há 44 anos, em 28 de abril de 1980, Alice Cooper lançava “Flush the Fashion”, seu 12º disco de estúdio. O álbum representa uma mudança drástica na carreira do cantor – tanto musicalmente, agora mais próximo da new wave, como também no aspecto visual.

-> Há 24 anos, em 28 de abril de 2000, o Apocalyptica lançava “Cult”, seu 3º disco de estúdio. Foi o primeiro trabalho da banda a focar mais nas composições autorais, em vez dos célebres covers dos álbuns anteriores. A música “Path” saiu como single.

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No Summer Breeze, Mr. Big faz de sua despedida uma linda celebração

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Em 2011, o Mr. Big veio ao Brasil pela segunda vez. A visita inaugural havia ocorrido em 1994, exclusivamente para um festival em Santos. Nas duas apresentações realizadas 13 anos atrás, em São Paulo e Porto Alegre, havia um sentimento celebratório provocado pelo retorno do grupo — sacramentado em 2009, sete anos depois de um encerramento nada amigável.

A empolgação era inevitável. Tais eventos marcariam o início de uma bela história de retomada. Não era nada absurdo sonhar com novas turnês nacionais, já que a banda desenvolveu incomum popularidade por aqui; não como no Japão, é verdade, mas sempre tiveram bastante público no Brasil.

Elas até aconteceram, em 2015 e 2017, mas sob um contexto nada agradável: o baterista Pat Torpey, imprescindível para a sonoridade do quarteto, ocupava apenas uma função figurativa, na percussão, devido a um diagnóstico de Parkinson. Matt Starr (Ace Frehley, Joe Lynn Turner, Beautiful Creatures, etc) assumiu as baquetas principais e, competência técnica à parte, não encaixou tão bem. Os próprios colegas — Eric Martin (voz), Paul Gilbert (guitarra) e Billy Sheehan (baixo) — admitiriam isso futuramente, alegando que o instrumentista não contribuía devidamente com as harmonias vocais.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Complicações provocadas por sua doença levaram Torpey à morte em 2018. Antes disso, claro, já se sabia: depois de 2011, nunca mais os fãs brasileiros veriam o Mr. Big original ao vivo novamente. Extraoficialmente, a banda, tomada pelo luto, foi encerrada mais uma vez. As atividades só foram retomadas ano passado, para uma turnê de despedida — a segunda da carreira —, com Nick D’Virgilio (Big Big Train, Spock’s Beard) no posto que antes era de Starr.

Esta tour chegou ao Brasil em duas datas: em São Paulo, no primeiro dia do festival Summer Breeze 2024, última sexta-feira (26); e no Rio de Janeiro, em performance conjunta com Sebastian Bach no Vivo Rio, domingo (28) — ingressos aqui. E a melhor forma de iniciar a crônica deste show é: se você pode ir à apresentação na capital fluminense, vá. Faça este favor a si mesmo.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Um grand finale de classe

Quem pôde assistir a Martin, Gilbert, Sheehan e D’Virgilio na megalópole paulista, testemunhou uma despedida digna do nome da atual turnê: “The Big Finish”, o grand finale. Incrível, como praticamente tudo feito por esta banda que nasceu como um supergrupo montado por músicos que sequer eram amigos, mas, de alguma forma, desenvolveram um forte vínculo.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Fica fácil perceber a química entre os envolvidos, especialmente os três originais, já nos primeiros segundos da música que abre o repertório, “Addicted to That Rush”. Especialmente nesta canção, primeiro single do álbum de estreia homônimo (1989), Paul e Billy transformam virtuose em algo divertido, nada exibicionista. Eric, carisma em pessoa, reforça ainda mais o tom leve. É entretenimento puro, a ponto de você não saber para quem olha no palco. Precisa-se de uma conexão muito além de meros objetivos artísticos ou de trabalho para chegar a tal resultado.

Como não poderia deixar de ser, o público também não demora a perceber que está diante de senhores. Martin, 63 anos, é cantor e naturalmente foi quem mais sofreu com os efeitos da idade. Mas tudo é feito com tamanho bom gosto que somos lembrados, também, de que envelhecer também pode ser algo belo. Não apenas pertence ao processo da vida: ganhar idade é uma conquista. Só é necessário se adaptar — e seria estranhíssimo se um grupo tão talentoso não o fizesse da melhor forma possível.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Para tal, Sheehan (que tem 71 anos, mas a disposição de um garoto) e especialmente Gilbert adotaram timbragens menos agudas e alteraram a tonalidade de praticamente todo o repertório, mas não de modo uniforme. Há canções reduzidas em meio tom, um tom e até mais do que isso — depende da voz do frontman. Exemplos residem nas complexas “Never Say Never” e “CDFF: Lucky This Time” (original de Jeff Paris), ambas bem mais graves do que nas versões de 33 anos atrás. Paul troca de guitarra diversas vezes, enquanto Billy, para facilitar a dinâmica de palco, utiliza em boa parte da noite um baixo doubleneck com duas afinações diferentes. Um envolvimento completo de todos os integrantes, tal qual sugerido pelo título traduzido de seu álbum mais famoso, “Lean Into It” (1991).

Foto: André Tedim @andretedimphotography

O substituto e o repertório

Se há um grande esforço por parte de Eric Martin, Paul Gilbert e Billy Sheehan para rearranjar seu trabalho de modo a condicionar os vocais principais da melhor forma possível, Nick D’Virgilio tem missão oposta, mas igualmente complexa: reproduzir fielmente as linhas de bateria — e de apoio vocal — de Pat Torpey. A conquista é obtida com êxito. O músico, que fez carreira no rock progressivo, oferece exatamente aquilo que o levou a entrar na banda, sem tirar nem pôr.

E diferentemente de Matt Starr, não parece ter sentido dificuldades para se integrar. Não apenas por executar o trabalho conforme solicitado, mas também por deixar a impressão de que tem a mesma origem artística dos colegas. Fora que o habilidoso multi-instrumentista passava a sensação de estar se divertindo. A tal química outrora destacada. Até a camiseta do The Who usada por ele fez sentido, já que o Mr. Big toca há anos uma versão de “Baba O’Riley” — presente no repertório de sexta (26) — no encerramento dos shows.

Foto: André Tedim @andretedimphotography

Por falar em setlist, sabe-se que a tour atual promete a execução integral do já mencionado disco “Lean Into It”. Por conta do tempo ligeiramente reduzido para sua apresentação no Summer Breeze, três canções foram cortadas: “Voodoo Kiss”, “A Little Too Loose” e “Road to Ruin”. Não fizeram falta e daria até para tirar “Never Say Never”, talvez a mais afetada pelos rearranjos, para privilegiar alguma faixa de outro álbum. “Price You Gotta Pay”, tocada em outros países e sacrificada neste contexto, poderia ter aparecido. A gaita de Sheehan estava até pendurada em seu pedestal.

Mas as escolhas de repertório não comprometeram em nada. “Take Cover”, tocada entre “Addicted” e a performance quase integral de “Lean Into It”, foi dedicada a Pat Torpey e representou um dos momentos mais emocionantes do set. Do album de 1991, não dá para deixar de destacar:

  • a eletrizante “Daddy, Brother, Lover, Little Boy (The Electric Drill Song)”, com o indispensável uso de furadeiras durante o solo;
  • a pulsante “Alive and Kickin’”, uma das que melhor mostra como a presença de D’Virgilio fez a diferença nos backing vocals;
  • a grudenta “Green-Tinted Sixties Mind”, com direito a uma pequenina confusão de tempo na intro — Mr. Big errando é algo tão raro que vira notícia;
  • as baladas “Just Take My Heart” e “To Be With You”, tomadas respectivamente por melancolia e felicidade, mas igualmente recebidas com inúmeros celulares para o alto.
Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

A etapa final do set tem apenas quatro músicas — a também power ballad “Wild World”, original de Cat Stevens e regravada no Brasil por Pepê & Neném; o jazz-metal furioso “Colorado Bulldog”; a frenética versão para “Shy Boy” (Talas, banda original de Billy Sheehan) e o já citado cover de “Baba O’Riley” —, além de incríveis momentos solo de Gilbert e Sheehan. O primeiro, aliás, merece menção à parte: o nerd mais carismático do segmento musical fritou incansavelmente ao mesmo tempo em que incluiu referências ao riff de “The Whole World’s Gonna Know”, melodia de “Stay Together” e solo de “Nothing But Love”. Esquentou o coração de todo fã mais dedicado ali presente.

O único problema deste show foi o fim. Não apenas porque queríamos mais: é que realmente dava para tocar mais, pois foi encerrado 13 minutos antes do previsto. Caberiam pelo menos outras duas canções sem comprometer o discurso final de Sheehan, onde o criador da p*rra toda comete perdoável confusão ao afirmar que a primeira visita do Mr. Big ao país ocorreu em 1992 — sendo que na verdade foi em 1994, como dito lá no começo do texto —, expressa enorme gratidão pela devoção do público ao longo de tanto tempo e diz que jamais se esquecerá daquela noite de 26 de abril de 2024. Você não é o único.

Foto: André Tedim @andretedimphotography

**Este conteúdo faz parte da cobertura Summer Breeze Brasil 2024. Algumas atrações terão resenhas + fotos publicadas primeiro. A cobertura completa, de (quase) todas as atrações, sairá nos próximos dias.

Mr. Big — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. Addicted to That Rush
  2. Take Cover
  3. Daddy, Brother, Lover, Little Boy (The Electric Drill Song)
  4. Alive and Kickin’
  5. Green-Tinted Sixties Mind
  6. CDFF-Lucky This Time (original de Jeff Paris)
  7. Never Say Never
  8. Just Take My Heart
  9. My Kinda Woman
  10. To Be With You
  11. Wild World (original de Cat Stevens)
  12. Solo de guitarra + Colorado Bulldog
  13. Solo de baixo + Shy Boy (original do Talas)
  14. Baba O’Riley (solo do The Who)
Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show
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Greyson Nekrutman sofre lesão nos dedos e termina show do Sepultura ensanguentado

Ninguém pode dizer que Greyson Nekrutman não está dando o sangue na turnê de despedida do Sepultura. O baterista que assumiu a função após a saída de Eloy Casagrande finalizou um show recente se esvaindo, após sofrer uma lesão logo no início do setlist.

O momento aconteceu dia 12 de abril, durante apresentação no Centro De Convenciones Vasco Nuñez De Balboa, em Cidade do Panamá, capital do Panamá. Foi a primeira data da segunda perna da Celebrating Life Through Death Tour, destinada à América Latina.

Em seu Instagram, junto a um vídeo da performance em “Roots Bloody Roots” (mais apropriado impossível), o instrumentista publicou a seguinte mensagem:

“Para todos vocês que estão se perguntando por que tive que terminar a turnê usando uma luva. Após três músicas do nosso primeiro show da turnê, eu cortei meus dedos em minhas porcelanas. Estou usando dois Pratos China neste kit e, sendo estúpido, mudei minha pegada no último segundo e cortei um bom pedaço da parte interna dos meus dedos. Este foi o fim do set quase 2 horas mais tarde. Obrigado @brunosantin @leandroazeitona @gabweinberg por me salvarem depois haha.”

Greyson Nekrutman e a despedida do Sepultura

Em entrevista a Felipe Ernani para o Tenho Mais Discos Que Amigos, Nekrutman falou sobre a “correria” dos últimos tempos. Ele afirmou que precisou aprender o set da turnê “Celebrating Life Through Death” em cerca de uma semana, procurando sempre respeitar o trabalho dos bateristas anteriores do Sepultura — Casagrande, Jean Dolabella e o membro fundador Iggor Cavalera.

Perguntado sobre a dificuldade das músicas, o músico citou algumas das mais fáceis e também das mais difíceis. Começando pelas “tranquilas”, ele destacou:

“Acho que, pra mim, as mais fáceis foram ‘False’, ‘Mind War’ e ‘Territory’. Tipo, as que eram um pouco mais ‘retas’ na minha cabeça e que eu podia lembrar das partes. ‘Choke’ também.”

Em seguida, as desafiadoras — oriundas dos dois álbuns mais recentes — foram mencionadas. O músico declarou:

“As mais complicadas foram ‘Phantom Self’ e ‘Means to an End’. Simplesmente porque têm tantas partes! São tantas mudanças dentro da música e eu fico tipo: ‘Espera aí, essa é aquela parte ou outra?’. E, novamente, tive pouco mais de uma semana pra decorar isso e a ordem me deixou mentalmente frito! (risos)”

Greyson Nekrutman nasceu em 2002, sendo, portanto, mais novo do que boa parte da discografia do Sepultura. Antes de ser chamado para integrar o grupo brasileiro, fez parte do Suicidal Tendencies. Sua formação como baterista vem do jazz, priorizando muito a técnica e o groove, o que provavelmente lhe ajudou a conseguir o emprego atual.

A partir de setembro, o quarteto faz mais algumas datas pelo Brasil antes de seguir para a Europa, onde fica até o fim de novembro. A turnê de despedida deve durar cerca de um ano e meio, com mais datas a serem anunciadas em breve.

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O álbum que melhor representa o The Doors, segundo Robby Krieger

O The Doors gravou nove álbuns de estúdio durante a carreira. Os seis primeiros contavam com Jim Morrison nos vocais.

Após a morte do cantor, os remanescentes ainda disponibilizaram um par de trabalhos quase “secretos”. Com o encerramento das atividades, ainda houve espaço para o póstumo “An American Prayer”, em 1978.

No total, o grupo vendeu mais de 100 milhões de cópias em todo o mundo. Ainda assim, sempre há alguém se aventurando pela primeira vez na discografia de um artista.

Em entrevista ao site IgorMiranda.com.br, o guitarrista Robby Krieger foi questionado sobre qual registro indicaria para ouvintes de primeira viagem.

Após titubear entre “The Doors” (1967) e “L.A. Woman” (1971), o instrumentista se decidiu pela estreia homônima. Ele disse:

“Acho que são os melhores. São os meus favoritos. Mas para alguém que nunca nos ouviu, provavelmente o primeiro álbum, porque trabalhamos nessas músicas por dois anos antes de gravá-las. Elas realmente incorporam o espírito do The Doors.”

Simples e direto

Em depoimento ao episódio do disco para a série “Classic Albums”, o tecladista Ray Manzarek também destacou o fato de o registro ter sido feito de forma simples e direta, representando o que a banda era nos palcos.

“O primeiro álbum era basicamente o The Doors ao vivo. Pouquíssimos overdubs foram feitos. É como ‘The Doors ao vivo no Whisky a Go Go’… exceto que era em um estúdio de gravação.”

O produtor Paul A. Rothchild e o engenheiro de som Bruce Botnick ajudaram o grupo no processo. O baixo, instrumento ausente na formação, foi registrado por Larry Knechtel, da Wrecking Crew, que não recebeu créditos no encarte original.

“The Doors”, o álbum

Disponibilizado em 4 de janeiro de 1967, o trabalho homônimo do The Doors vendeu mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo. Emplacou os singles “Break On Through (To the Other Side)” e “Light My Fire”. A segunda se tornou uma das únicas do grupo a alcançar o topo nos Estados Unidos – a outra foi “Hello, I Love You”, de “Waiting for the Sun” (1968).

As sessões aconteceram em apenas seis dias do ano anterior ao lançamento no Sunset Sound Recorders, estúdio em Hollywood. Em 2015, o disco foi selecionado pela Livraria do Congresso Norte-Americano para inclusão nos registros nacionais, baseado em seu valor artístico, histórico e cultural.

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Quem é a Mama de “Mama I’m Coming Home”, segundo Ozzy Osbourne

Presente no álbum “No More Tears” (1991), a balada “Mama, I’m Coming Home” é o maior sucesso solo de Ozzy Osbourne nos Estados Unidos. Escrita em parceria com Lemmy Kilmister (Motörhead) e Zakk Wylde, a música alcançou o 28º lugar no Billboard Hot 100, principal chart de singles do país.

Mas quem seria Mama? A expressão pode ser uma alusão à mãe, mas também a uma pessoa querida de modo geral. A resposta é a mais simples possível e não surpreende ninguém. A figura celebrada na letra é Sharon, esposa e empresária do Madman.

A despeito de críticas por parte dos fãs, ninguém aguentou tanto de Ozzy quanto a manager. De traições a agressões, chegando até mesmo a uma tentativa de assassinato, Sharon suportou de tudo. Ciente disso, Ozzy estava em mais uma das várias tentativas de desintoxicação quando escreveu a faixa.

Nas notas de rodapé da coletânea “The Ozzman Cometh”, disponibilizada em 1997, Osbourne entrou em maiores detalhes. Conforme resgate do American Songwriter (via RockBizz), ele enfatizou:

“Eu andava por aí com a melodia na cabeça há alguns anos, mas nunca tive a chance de terminá-la até trabalhar com Zakk no álbum ‘No More Tears’. Naquela época, compúnhamos muito ao piano. ‘Mama, I’m Coming Home’ era algo que sempre dizia à minha esposa no telefone quando estava se aproximando o final de uma turnê.”

A importância de Lemmy

Em 2017, durante entrevista ao Jonesy’s Jukebox, da rádio americana 95.5 KLOS, Ozzy falou sobre como Lemmy contribuiu diretamente para o sucesso da música – que também foi seu maior hit comercial de longe.

“Lemmy sempre me dava ótimas letras. Eu estava gravando um dos meus álbuns, fui até a casa dele e perguntei: ‘Você gostaria de fazer algumas letras?’ Ele respondeu: ‘Sim, volte em algumas horas’. E eu voltei e ele disse: ‘Gosta disso?’ Ele me deu cinco conjuntos diferentes de letras e todas eram ótimas!”

Lemmy ainda assinaria mais três músicas em “No More Tears”: “I Don’t Want to Change the World”, “Desire” e “Hellraiser” – esta última também registrada pelo Motörhead. Em “Ozzmosis” (1995) escreveu “See You on the Other Side”.

Ozzy Osbourne e “No More Tears”

Sexto álbum solo de estúdio de Ozzy Osbourne, “No More Tears” marcou a retomada da carreira do Madman após momentos polêmicos, incluindo uma prisão por tentativa de assassinato de sua esposa. O cantor vendia a imagem de uma pessoa sóbria, embora a realidade fosse outra nos bastidores.

Foi o último a contar com o baixista Bob Daisley – Mike Inez aparece no material promocional como membro da banda – e o baterista Randy Castillo. Vendeu mais de 6 milhões de cópias em todo o planeta.

A turnê de divulgação, apropriadamente chamada de “No More Tours”, marcou a primeira despedida dos palcos do cantor. Obviamente, não demorou muito para ele mudar de ideia.

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