Ao final da última apresentação da turnê de despedida “End of the Road” em dezembro de 2023, no Madison Square Garden, em Nova York, nos Estados Unidos, o Kiss anunciou que continuaria na estrada por meio de avatares. As representações virtuais de Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo), Tommy Thayer (guitarra) e Eric Singer (bateria) assumirão a linha de frente em espetáculos que devem estrear em 2027.
As versões digitais do grupo foram desenvolvidas pela Industrial Light & Magic (ILM) e tiveram financiamento e produção da Pophouse Entertainment — a empresa sueca responsável pelo espetáculo de mesmo estilo “Abba Voyage”.
Já estava claro que a proposta é mostrar os músicos como verdadeiros super-heróis, preservando ao máximo seus trejeitos característicos. Entretanto, durante o evento “Kiss Kruise: Landlocked In Vegas”, realizado no último fim de semana, o diretor criativo responsável Thierry Coup trouxe novos detalhes a respeito do projeto.
Segundo o profissional, os avatares ainda seguem em desenvolvimento e estão sendo aprimorados. Conforme transcrito pela Blabbermouth, a previsão é de que sejam totalmente concluídos num período de dois anos:
“Quando fizemos a revelação no final do show no Madison Square Garden, foi realmente para acender a ideia do que viria no futuro e para deixar claro a todos que o Kiss só terminou o primeiro capítulo, os seus primeiros 50 anos. Os próximos 50 anos estão prestes a começar. Agora, estamos exatamente no meio do desenvolvimento dos avatares, o que leva cerca de dois anos. Estamos desenvolvendo o palco e levando essa energia e essa teatralidade explosiva incrível do Kiss para o futuro.”
A ideia é que o espetáculo de avatares reproduza de maneira realista a tradicional performance do Kiss e que não pareça apenas uma “animação ou recriação”. Para isso, as apresentações, que retratarão os mascarados um pouco mais jovens do que atualmente, contarão com muita pirotecnia e com material de arquivo como base da criação:
“Quando a Pophouse apareceu há alguns anos me perguntando: ‘você quer criar a maior e mais incrível turnê do mundo e explodir tudo com pirotecnia?’, eu disse: ‘sim, claro, tô dentro, pode contar comigo’ […]. A banda vai ser tão real quanto sempre foi. Eles serão um pouco mais jovens do que são hoje. Chegar no resultado envolve reunir tudo o que sabemos sobre o Kiss, sobre os membros da banda, analisar arquivos, trabalhar com eles para entender quem eles realmente são e quem eram, e trazer tudo isso à vida. Assim, quando você os vir, não será apenas animação ou recriação, vai ser o Kiss [de verdade].”
Meta do Kiss Avatar
Tanto Paul quanto Gene estão trabalhando de maneira próxima à equipe. Thierry já adiantou que a meta conjunta é “explorar coisas que antes não eram possíveis”, ainda não especificadas:
“A banda vai voltar, mas maior. O que estamos fazendo é levar o palco para outra dimensão, podendo explorar coisas que antes não eram possíveis. Com a tecnologia de hoje, conseguimos fazer muito mais, mas de maneira fiel ao que o Kiss era. Estamos trabalhando com Paul [Stanley] e Gene [Simmons], então sabemos quais eram seus sonhos. Eles conseguiram realizar muito disso, mas agora podemos levar tudo a um novo nível.”
Outros projetos do Kiss
A “New Era” do Kiss contempla outras iniciativas um pouco mais convencionais — e, em maioria, já conhecidas do público. A banda dará sequência a seu museu em Las Vegas, inaugurado em 2022, bem como ao cruzeiro Kiss Kruise. A cinebiografia “Shout it Out Loud” também segue em produção.
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