O Ghost veio ao Brasil pela última vez com a “Re-Imperatour” em setembro de 2023. Na ocasião, a banda realizou apenas duas apresentações em São Paulo. Com ingressos esgotados e alta demanda, ambos os shows aconteceram no Espaço Unimed, casa para cerca de 8 mil pessoas.
À época, diante da quantidade de público interessado em assistir ao espetáculo e da estrutura utilizada na turnê, os fãs reclamaram do espaço nas redes sociais, alegando que o grupo merecia performar em um lugar maior. E, de fato, era o que estava planejado.
Conversando com o jornalista Igor Miranda para a Rolling Stone Brasil, o líder Tobias Forge revelou que, na verdade, a ideia era que tocassem no Ibirapuera. Sem especificar se no Ginásio Ibirapuera ou em algum espaço aberto do Parque Ibirapuera, o cantor disse:
“A única coisa que foi um pouco lamentável [na nossa última passagem pelo Brasil] foi que acabamos tocando em um local que essencialmente não comportava nossa produção. Nossa produção era muito grande. E quando os shows foram anunciados, era tarde demais para mudar. Deveríamos ter mudado o show. Deveríamos ter tocado no Ibirapuera ou algo assim. Mas não conseguimos, era impossível. Não deu. Então é o que é. E é por isso que estamos tentando compensar dizendo que, da próxima vez que estivermos no Brasil, será maior e será apenas um cenário diferente.”
Vale destacar que, em entrevista ao podcast argentino Un Dinamo Podcast em 2023, o vocalista e multi-instrumentista já havia abordado o assunto. Conforme transcrição do site, ele comparou o tamanho do Espaço Unimed ao da Movistar Arena — onde cantaria na sequência em Buenos Aires —, que tem capacidade para 15 mil pessoas, e revelou a vontade de voltar ao Brasil para “consertar o erro”.
“No Brasil, o lugar era meio pequeno, gostaria que tivéssemos tocado em um lugar maior como esse, porque teria sido melhor. Mas isso acrescenta uma coisa na minha lista, que é ‘vamos voltar ao Brasil e fazer um pouco melhor’.”
O artista adiantou que o Ghost deve colocar a América do Sul em sua agenda do ano que vem. Até o momento, a “Skeletour”, que divulgará o vindouro disco “Skeletá” (2025), tem datas marcadas na Europa e na América do Norte entre abril e setembro.
Ghost e os problemas no Brasil
O Ghost enfrentou uma série de problemas envolvendo sua estrutura quando veio ao Brasil em 2023. Tanto é que a Crypta, escalada para abrir as duas apresentações no Espaço Unimed, não conseguiu realizar o primeiro dos shows, no dia 20 de setembro.
Em vlog compartilhado no YouTube pela ex-guitarrista Jéssica di Falchi, toda a situação acabou explicada com alguns detalhes. Logo no início do registro, gravado pela manhã daquele dia, a integrante conta para a câmera que o equipamento do Ghost ficou preso no México — destino anterior ao Brasil —, o que poderia suspender a performance da Crypta.
Mais adiante, aparece em cena Estevam Romera, fotógrafo do grupo, que confirma o cancelamento. Segundo o profissional, a questão da montagem era tão delicada que o próprio Ghost não sabia se conseguiria subir ao palco com a “Re-Imperatour”.
“Não vai ter Crypta. Não chegou nada. Falaram para nem levar nossos equipamentos para lá, para não atrapalhar quando chegar, porque está tudo vazio. Está tudo pela metade e está correndo risco de não ter Ghost também.”
Diante de todos os desafios, os portões abriram para o público somente por volta das 19h, uma hora mais tarde do que o previsto. Como mostra o vlog, com tantos atrasos, a passagem de show ainda acontecia às 18h49.
Ao vivo, naquela noite, Tobias Forge abriu o jogo. O frontman agradeceu às pessoas que trabalharam para aquele show acontecer “contra todas as probabilidades, pois tivemos problemas com nossas coisas”. Ainda mandou um “salve” para o grupo brasileiro de death metal — “nossas amigas que não puderam estar aqui”.
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