O Semisonic fez uma crítica ao governo do presidente americano Donald Trump. Após o uso do hit “Closing Time” em um vídeo oficial sobre deportação sem autorização dos autores, a banda resolveu se pronunciar.
Uma postagem realizada pela Casa Branca na última segunda-feira (17) mostrou um homem algemado, enquanto era revistado em um aeroporto. No registro, o perfil utilizou uma versão mais lenta da música mencionada e, na legenda, colocou o seguinte trecho: “you don’t have to go home, but you can’t stay here” (em português, “você não precisa ir para casa, mas não pode ficar aqui”).
Veja abaixo.
Em declaração à Associated Press (via Hollywood Reporter), o Semisonic deixou claro que não compactua com a publicação em questão. Na nota, os músicos afirmaram que “Closing Time” é sobre “alegria, possibilidades e esperança” e acabou sendo deturpada na ocasião:
“Não autorizamos ou toleramos o uso da nossa música pela Casa Branca de forma alguma. E não, eles não pediram. A música é sobre alegria, possibilidades e esperança, e eles não entenderam o sentido.”
Questionada a respeito, Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, disse que “todo o governo está claramente adotando a mensagem do presidente”. Conforme o jornal O Globo, Trump recentemente invocou a Lei do Inimigo Estrangeiro que “permite monitorar, prender e deportar cidadãos de ‘países inimigos’ de forma rápida”, visando a deportação em massa.
Semisonic e “Closing Time”
“Closing Time” faz parte do álbum “Feeling Strangely Fine” (1998) e é a música mais popular do Semisonic nas plataformas digitais. Só no Spotify, acumula mais de 489 milhões de reproduções. Segundo o Songfacts, o vocalista Dan Wilson compôs a canção quando sua esposa estava grávida da primeira filha do casal, o que inspirou parte da letra.
Artistas vs. Donald Trump
Inúmeros artistas alegaram o uso indevido de músicas por parte de Donald Trump. É o caso de nomes como Abba, Céline Dion, White Stripes, Beyoncé e Foo Fighters.
Desde a primeira vez que entrou em uma campanha presidencial, ainda em 2016, Trump sofre resistência de artistas que o proíbem de usar suas obras. Nomes como Aerosmith, Neil Young, Beatles, Bruce Springsteen, Queen, Elton John e Rolling Stones, além dos espólios de Prince, David Bowie e Tom Petty se manifestaram contra o político e o que ele representa.
De acordo com a Billboard, as organizações de direitos autorais Broadcast Music, Inc (BMI) e American Society of Composers, Authors and Publishers (ASCAP) exigem que campanhas políticas obtenham licenças para veicular músicas em seus catálogos, com uma ressalva na licença que permite que compositores se oponham ao uso. No entanto, isso não impede que a canção seja tocada em um comício.
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