Criado no fim dos anos 1960, o Yes é um dos grandes nomes do rock progressivo. Entre idas e vindas e mudanças na formação, a banda continua ativa e disponibilizando novidades. Ao longo das décadas, saíram 23 álbuns de estúdio, sendo “Mirror to the Sky” (2023) o mais recente.
Steve Howe, que estreou no grupo em 1970, recebeu o desafio de selecionar o melhor disco do Yes. Ao responder a questão, o guitarrista logo destacou que “Close to the Edge” (1972) merece mais destaque em relação aos demais.
À Classic Rock, o músico explicou o motivo:
“Como o melhor, vou dizer ‘Close to the Edge’. É um disco e tanto. Quando você ouve a guitarra no começo de ‘And You And I’ …. é um disco com muita atmosfera. Também tinha muita atitude. Não estávamos para brincadeira e pensando no que poderíamos fazer, queríamos detonar. Naquele ponto, éramos uma banda muito animada.”
Já a respeito do pior projeto, o instrumentista brincou sobre ter mais opções de escolha. No fim das contas, porém, mencionou apenas “Tormato” (1978) por guardar certo arrependimento em relação a algumas músicas:
“Posso escolher alguns como piores? [risos]. Há algumas coisas que fiz no ‘Tormato’ das quais me arrependo. Isso dificulta quando tento ouvir esse álbum e só posso culpar a mim mesmo por isso. Mas consegui acertar algumas ao longo do caminho, né?”
As escolhas de Steve Howe sobre álbuns do Yes
“Close to the Edge” chegou a público em setembro de 1972 como o quinto álbum de estúdio do Yes. Até hoje, o material é lembrado pela faixa-título – a mais longa da banda, com mais de 18 minutos de duração. A capa traz a primeira aparição do logo que viraria marca registrada.
Já “Tormato”, nono de inéditas, saiu em setembro de 1978. Foi o último antes das saídas do vocalista Jon Anderson e o tecladista Rick Wakeman em 1980. Ambos retornariam no futuro.
Conversando com a Glide Magazine em 2012, Steve Howe já havia criticado o trabalho. À época, disse:
“Resumindo, é exagerado demais e mal produzido. Há muitas notas. E algumas delas deveriam ter sido melhoradas. Eu culpo a mim mesmo e a todos os outros na banda, porque todos tinham sua culpa. Ainda assim ‘Tormato’ tem seus momentos bons, mas não é satisfatório de ouvir, pelo menos para mim.”
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