Paul Stanley e Gene Simmons tinham “nariz empinado” desde início do Kiss, segundo Ace Frehley

Guitarrista não consegue deixar a mágoa de lado, mesmo após a banda que o consagrou ter acabado

O Kiss pendurou as guitarras, mas Ace Frehley não parece disposto a deixar as mágoas no passado. Em mais uma entrevista, o integrante da formação original se mostrou disposto a culpar os líderes da banda por tudo de ruim que levou aos rompimentos em duas oportunidades.

Ao Guitar Tales Podcast, o Spaceman relembrou as agruras dos primeiros anos, quando o grupo ameaçou não dar certo com o insucesso dos primeiros trabalhos. Apesar disso, ele entende que aquele foi o período de maior união entre os envolvidos – compreensível, já que a adversidade nos une.

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Disse o músico, conforme transcrição do Ultimate Guitar:

“No começo, eu e Gene [Simmons] costumávamos dividir um quarto no Holiday Inn. Depois que ‘Alive!’ estourou, cada um passou a ter sua própria suíte. Todo mundo estava indo em sua própria direção, foi meio que o começo do fim. Eu vi isso acontecendo.”

A “virada de chave” definitiva no pensamento, de acordo com o próprio, se deu três anos mais tarde.

“Com o sucesso do meu disco solo [‘Ace Frehley’ de 1978], percebi que era muito mais criativo longe de Paul [Stanley], Gene e Peter [Criss] do que perto deles.”

Ace Frehley do povão, Paul Stanley e Gene Simmons elitistas

A seguir, Ace vai além e diz que os “patrões” da banda tinham complexo de Caco Antibes. Ele diz:

“Quando eu estava no Kiss, por exemplo, Paul e Gene não se relacionavam com os roadies ou os caminhoneiros. Eles tinham o nariz empinado. Eu costumava sentar e jogar pôquer com os caminhoneiros. Saía com meus roadies e íamos a lojas de penhores juntos. Eu era acessível. Porque eu cresci nas ruas, sei como é não ter dinheiro. Então eu não julgo as pessoas por quanto dinheiro elas têm. É sobre seu caráter e sua personalidade e se elas são ou não boas pessoas.”

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Ace Frehley segue realizando shows na América do Norte – único território onde pode se apresentar devido a problemas com o passaporte. “10,000 Volts”, seu disco solo mais recente, foi lançado no início de 2024.

O futuro do Kiss

No dia 2 de dezembro do ano passado, em seu último show, o Kiss anunciou que a história da marca será prosseguida através de avatares. As representações virtuais de Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo), Tommy Thayer (guitarra) e Eric Singer (bateria) assumirão a linha de frente em espetáculos que ainda serão devidamente explicados.

A “New Era” do Kiss contempla outras iniciativas um pouco mais convencionais — e, em maioria, já conhecidas do público. A banda dará sequência a seu museu em Las Vegas, inaugurado em 2022, bem como ao cruzeiro Kiss Kruise.

A cinebiografia “Shout it Out Loud” segue em produção e a ideia é lançá-la em 2024. A história do grupo será contada em seus primeiros anos, até o estouro com o álbum “Alive!”, em 1975.

A obra é uma parceria com a Netflix, que se encarregará da promoção e distribuição. O norueguês Joachim Rønning (“Malévola: Dona do Mal”, “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”, “A Aventura de Kon-Tiki”) é o diretor. O roteiro é assinado por Ole Sanders.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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