De grana a igualdade, as maiores mentiras da história segundo Gene Simmons

Um dos proprietários da marca Kiss, baixista e vocalista realizou defesa apaixonada dos valores financeiros

Não é novidade que Gene Simmons ama dinheiro. Em anos recentes, o baixista e vocalista do agora finado Kiss vem se mostrando uma figura cada vez mais humanista e apoiador de causas as quais não se afiliaria no passado. No entanto, isso não significa que suas convicções quanto às finanças se alteraram.

Durante recente entrevista à revista Forbes, o músico e empresário reafirmou suas convicções. Uma longa e ela borada resposta veio quando o jornalista perguntou: “Você acabou de fazer 75 anos. O Kiss fez seu último show no Madison Square Garden ano passado. Obviamente, não é sobre dinheiro neste momento. Não é sobre provar nada. Por que você está de volta à estrada tão cedo?”

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Foi o gatilho para que ele dissesse:

“Não gosto dessa frase: ‘Não é sobre dinheiro’. O dinheiro foi vilipendiado e eu me ofendo com isso como ser humano compartilhando o planeta com o resto das pessoas. Já ouvi essa frase: ‘Dinheiro não compra felicidade’. Essa é uma das maiores mentiras de todos os tempos.”

Gene Simmons e a mentira da igualdade

E não parou por aí. Nascido em Israel, filha de uma judia que foi aprisionada em um campo de concentração e teve a família dizimada pelos nazistas, Chaim Witz – seu nome de batismo – prosseguiu:

“A maior mentira de todos os tempos é: ‘Somos todos criados iguais’. Isso é besteira! Algumas pessoas são mais altas, só porque sim. Algumas pessoas são mais gordas, mais magras. Algumas pessoas são literalmente mais inteligentes porque nascem mais inteligentes. A vida é injusta. Somos todos criados desiguais. Nenhum de nós é igual em todos os aspectos a outra pessoa. Ninguém.”

O colega de negócios de Paul Stanley voltou a falar sobre dinheiro na sequência do raciocínio.

“Dizer que dinheiro é a raiz de todo mal é uma mentira. A falta de dinheiro é a raiz de todo mal. Se eu tenho centenas de milhões de dólares, estou sorrindo [sorri], por que eu iria querer entrar em um 7/11 e rendê-lo por US$ 14,95? Por que eu faria isso? Se você está no fundo do poço, você pode fazer algo desesperado.”

O alvo seguinte foi um movimento que viveu seu auge na contracultura pouco antes de o Kiss entrar em cena.

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“Eu nunca tolerei o movimento hippie. Isso também é uma mentira patente. ‘Vamos sair da rede!’ ou ‘Vamos ligar, sintonizar, cair fora!’ [um mantra popularizado pelo experimentador de LSD, professor de Harvard e amigo do Grateful Dead, Timothy Leary] Ok, tudo bem, mas como a civilização funciona? Como você constrói um arranha-céu? Como você fornece comida? ‘Ah, eu não me importo com isso. Eu só quero viver da terra!’ É a maior porcaria de todas!”

“Não sou fã de socialismo ou comunismo”

Para Simmons, a questão tem totalmente a ver com a lógica de que alguém precisa arregaçar as mangas para que as coisas aconteçam.

“Eles não entendem, você tem que ser capaz de produzir algo e ser pago por isso, seja capitalismo, eu não sou fã de socialismo ou comunismo, mas em algum lugar, de alguma forma, alguém tem que fazer algo porque você não pode fazer tudo. Então o comércio começa, quer você use dinheiro ou criptomoedas e assim por diante. É assim que a vida é. Coloque isso no título: ‘Se você vai ser um filho da p**** miserável, ainda é muito melhor ser um filho da p**** rico e miserável!’.”

A explanação é finalizada voltando ao ponto de partida.

“Se você não gosta de dinheiro, seja lá o que isso signifique, eu chamo isso de ‘mentira’. Todo mundo adora. Se você ganhar na loteria, não consigo imaginar um ser humano são ficando deprimido com isso. Mesmo se você doar o dinheiro, você cria empregos! Você pode comprar para sua mãe a operação de quadril de que ela precisa, dinheiro é bom. E mais é melhor. E nunca é o suficiente. Novamente, mesmo que você doe tudo, é melhor do que, bem, deixe-me colocar desta forma: uma pessoa pobre nunca me deu um emprego.”

Novo grupo e turnê solo

Gene Simmons Band finalizou recentemente uma turnê por festivais europeus. Foi a primeira excursão da formação atual. O Brasil foi o único país fora do Velho Continente a receber o grupo, que se apresentou no Summer Breeze Festival – agora renomeado Bangers Open Air. Uma resenha do show pode ser lida clicando aqui.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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