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Os álbuns do Black Sabbath com a melhor produção, segundo Geezer Butler

Baixista escolheu discos que soam como "um show ao vivo", além de trabalhos produzidos por Martin Birch e pela própria banda

Geezer Butler já afirmou que a criação de “13” (2013), último álbum do Black Sabbath, envolveu problemas. Segundo o baixista, a criação do disco produzido por Rick Rubin foi uma “experiência estranha”, o que fez desaprová-lo o resultado de certas faixas. Por outro lado, produções anteriores agradaram muito o músico.

Primeiramente, conversando com a Brave Words, o artista explicou que uma das maiores questões do “13” ficou relacionada ao tempo que demoraram para concluir o material. Assim, o processo longo colaborou para que a sonoridade final não soasse do jeito que gostaria.

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Conforme transcrição da Ultimate Guitar, ele delclarou:

“Quando fizemos o álbum ’13’, demoramos demais. Foi ótimo criar certas faixas do disco, mas outras nem tanto. Não passava a mesma sensação de um álbum dos anos 70 ou até do álbum ‘Heaven and Hell’. Eu adorei fazer ‘Heaven and Hell’. Mas sim, acho que quanto mais você demora para fazer algo, isso se torna forçado no final, e você meio que perde a crueza inicial e o sentimento da música.”

Então, o baixista mencionou os discos do Sabbath que, diferentemente, possuem uma melhor produção na sua opinião. Black Sabbath (1970), Paranoid (1970) e Master of Reality (1971), comandados por Rodger Bain; Sabbath Bloody Sabbath (1973), produzido pela própria banda; e Heaven and Hell (1980) e Mob Rules (1981), de Martin Birch, figuraram entre as escolhas, justificadas da seguinte maneira:  

“Eu sempre gostei dos três primeiros álbuns porque são muito básicos e não dá para errar assim. Nós tocamos neles em estúdio como se fossem um show ao vivo. Então não havia overdubs ridículos e esse tipo de coisa. Então eu gosto dos três primeiros e também de ‘Heaven and Hell’ e ‘Mob Rules’, porque gosto de Martin Birch como produtor. E ‘Sabbath Bloody Sabbath’ é um bom álbum também, em termos de produção.”

Geezer Butler e “13”

O álbum “13”, último de inéditas do Black Sabbath, foi um sucesso estrondoso. Porém, nem por isso deixou de ter uma série de críticas, algumas feitas de dentro da própria banda. Ao Trunk Nation, Geezer Butler direcionou suas frustrações contra Rick Rubin.

“Algumas coisas eu gostei, outras não. Foi uma experiência estranha, especialmente quando disse para esquecer que éramos uma banda de heavy metal. Ele tocou nosso primeiro álbum para nós e falou: ‘lembrem-se de quando não havia heavy metal ou qualquer coisa assim, finjam que é o álbum seguinte a este’, o que é uma coisa ridícula de se pensar.”

O músico ainda deixou claro não saber qual foi a real contribuição do produtor ao disco.

“A verdade é que ainda não sei o que ele fez no disco. Houve um dia que Ozzy enlouqueceu porque ele fez, tipo, 10 vocais diferentes, e Rick continuou dizendo: ‘sim, isso é ótimo, mas faça outro’. E Ozzy disse: ‘se é ótimo, por que estou fazendo outro?’ Ele simplesmente pirou.”

A chateação se estendeu à forma como Rubin quis gravar as guitarras de Tony Iommi.

“Tony não estava feliz com algumas das coisas que Rick estava tentando fazê-lo tocar. Ele estava fazendo Tony pegar amplificadores de 1968 – como se isso fosse fazer com que soasse como em 1968. Foi uma loucura. Mas parecia bom para a publicidade e para a gravadora. ‘Se você tem Rick Rubin envolvido, então deve ser bom’, esse tipo de coisa.”

O álbum final do Black Sabbath

Na época em que chegou a público, “13” atingiu o primeiro lugar das paradas de nove países, incluindo Estados Unidos e Reino Unido, pela primeira e segunda vez na carreira, respectivamente. As músicas “God Is Dead?”, “End of the Beginning” e “Loner” foram promovidas como singles.

Só no ano de lançamento, o álbum vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo. Foi reconhecido com disco de ouro no Reino Unido e na Áustria e platina no Canadá, Polônia, Alemanha e Brasil, onde teve mais de 40 mil unidades comercializadas.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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