A sincera reação de Bruce Dickinson ao assistir Iron Maiden pela 1ª vez

Steve Harris e seus comandados abriram para o Samson, então banda do vocalista - a admiração foi mútua desde o início

Mesmo nos primórdios, o Iron Maiden impressionava nos palcos. Até mesmo Bruce Dickinson, então vocalista do Samson, ficou interessado no grupo que abriu sua apresentação em um memorável 8 de maio de 1979 — data de abertura de uma turnê chamada “The Heavy Metal Crusade”, que contava ainda com o Angel Witch.

A tour foi relembrada em uma edição especial da revista Classic Rock sobre o Maiden, que conta com depoimentos de diversos envolvidos na história do grupo. O jornalista Geoff Barton era um dos presentes no dia do show inaugural.

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Inicialmente, ele falou sobre a apresentação do Angel Witch, que soava, para ele, como um Black Sabbath “tunado”.

“Me lembrei do primeiro álbum do Black Sabbath sendo tocado em uma betoneira. A banda, vestida com camisas brancas e calças compridas, jogava seus longos cabelos, fazia beicinho, posava e socava o ar após cada agonizante solo de guitarra.”

Iron Maiden, o Deep Purple dos anos 1980

O jogo mudou quando o Iron Maiden tomou o palco, ainda antes do Samson, segundo Barton. Ele disse:

“O Maiden, resplandecente em roupas de couro justas, parecia equilibrado e confiante, e a música de abertura ‘Wrathchild’ era um hino de rock adequado.”

Enquanto isso, assistindo ao show, estava uma das estrelas da noite: o vocalista Bruce Bruce. Era assim que Dickinson era chamado em seus tempos de Samson.

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A entrada do Maiden no palco pegou o frontman de surpresa, levando a comparações com o Deep Purple, que sempre foi sua banda favorita. Ele contou:

“Era óbvio para mim que eles estavam muito à frente de todos os outros participantes do evento. Fiquei arrepiado ao vê-los, me deu a mesma sensação que tive quando criança ouvindo ‘Deep Purple In Rock’ (1970) pela primeira vez. Lembro de ter pensado: ‘uau, isso é como o Purple dos anos 80’.”

Admiração recíproca

Apesar da boa impressão causada pelo Iron Maiden, ainda havia o Samson, a banda principal da noite. Geoff Barton conta que, por ser o headliner, o grupo do guitarrista Paul Samson trazia mais efeitos de palco e elementos cenográficos do que os dois anteriores.

“Durante a apresentação do Samson, teve gelo seco, bombas flash, gelo seco, chuvas de confete, gelo seco, fogos de artifício, gelo seco, nuvens de fumaça multicolorida… e até um pouco de gelo seco.”

Porém, é o roadie Steve “Loopy” Newhouse, na época trabalhando para o Maiden, quem traz o insight mais interessante. Assim como Bruce ficou admirado com a banda de Steve Harris, o baixista também pareceu ter se interessado muito pela performance do vocalista ao vivo.

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“Bruce Dickinson, um jovem com grandes ideias, foi o destaque do set do Samson. Nós o vimos subir por todo o PA, pular e fazer manobras. Ele era o frontman mais elétrico que já havíamos visto. O resto da banda também percebeu. Fiquei ao lado de Steve Harris, que tinha Dave Murray à sua direita, e os dois conversaram durante o set de Samson. Em retrospectiva, acho que todos podemos presumir o quê.”

Mais tarde, no mesmo ano de 1979, o Iron Maiden conseguiria o sonhado contrato com a gravadora EMI. No disco de estreia, homônimo (1980), e no segundo, “Killers” (1981), a banda contou com o vocalista Paul Di’Anno, mas quando ele saiu, Steve Harris já tinha um nome em mente: o tal Bruce Bruce, do Samson.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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