Por que Steve Harris se arrepende do cover de Jethro Tull feito pelo Iron Maiden

Música foi regravada durante as sessões do álbum “Piece of Mind”, aparecendo originalmente como lado B do single “The Trooper”

Uma das características do Iron Maiden nos anos 1980 e início dos 90 era a de registrar uma série de covers para os lados B de singles dos seus álbuns. Foi através dessas regravações que muitos fãs tiveram acesso a bandas que jamais teriam conhecido de outras formas – além de terem ajudado a reforçar o caixa de quem não alcançou o mesmo sucesso e se beneficiou da atitude.

Uma versão muito conhecida é a de “Cross Eyed-Mary”, do Jethro Tull. A segunda faixa do disco “Aqualung” (1971) apareceu no b-side do compacto “The Trooper”, promovendo “Piece of Mind” (1983). Porém, o baixista e líder da Donzela de Ferro não ficou satisfeito com o resultado obtido.

- Advertisement -

Em entrevista de 2015 à revista Prog, Steve Harris destacou:

“Fiquei um pouco envergonhado com ela, na verdade. Quando gravamos o instrumental, Bruce (Dickinson, vocalista) não estava no estúdio. Não me lembro onde estava, mas falei com ele e disse: ‘Você está bem com o tom dessa música?’ e ele respondeu ‘Sim, sim, sim…’ Então, é claro, quando chegou a hora de gravar os vocais ele se deu conta… ‘Oh, m*rda.’ Não era realmente o tom certo. Ele podia cantar bem baixo ou bem alto, então optou pela mais alta e ficou um pouco alta demais, até para ele. Não ficou 100% feliz.”

A opinião de Ian Anderson

Quem concorda com Steve Harris é o compositor e cantor original. Em 2022, Ian Anderson analisou o take do Maiden para a revista canadense BraveWords e disse:

Leia também:  Até Tony Martin era alvo das pegadinhas de Tony Iommi; conheça uma delas

“Uma versão espirituosa de um jovem Bruce testando seu alcance vocal em um tom que não combina muito com ele!”

Apesar disso, o frontman do Tull e Dickinson se tornaram colaboradores, tendo realizado alguns shows e eventos juntos.

Jethro Tull e “Aqualung”

Quarto álbum de estúdio do Jethro Tull, “Aqualung” é conceitual, abordando “a distinção entre Deus e religião”. É o disco mais popular do grupo, tendo vendido mais de 7 milhões de cópias em todo o mundo.

Marcou as estreias do baixista Jeffrey Hammond e do pianista John Evan, além de ter sido o último com o baterista Clive Bunker.

Foi um dos primeiros álbuns gravados nos estúdios da Island Records em Basing Street, Londres, Inglaterra. Ao mesmo tempo, o Led Zeppelin registrava “Led Zeppelin IV” no local.

Leia também:  Biohazard levanta Circo Voador em noite de clássicos, set curto e abertura de luxo

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioCuriosidadesPor que Steve Harris se arrepende do cover de Jethro Tull feito...
João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades