The Edge (U2) é um cientista da guitarra, segundo Max Cavalera

Músico mencionou um álbum da banda irlandesa que foi essencial para o disco que projetou o Sepultura internacionalmente

Por muitos anos o U2 foi o alvo preferido dos headbangers. O sucesso dos irlandeses e consequentes experimentos com sonoridades afastadas do rock tradicional transformaram os irlandeses na banda mais facilmente detestável por conservadores musicais – o que a galera do metal se considera com bastante orgulho.

O tempo passou, artistas vieram a público defendê-los, ajudando a derrubar certas barreiras. Mesmo no metal extremo, o valor de Bono e companhia veio a ser reconhecido.

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Em recente matéria da Guitar World, Max Cavalera mencionou The Edge como um dos guitarristas que moldou seu som.

Disse o músico brasileiro à revista:

“The Edge é um cientista quando se trata de tocar guitarra. Sou um grande fã há muito tempo. Na verdade, muitas das letras do álbum ‘Beneath the Remains’ do Sepultura foram influenciadas pelo disco ‘War’ do U2. Lembro-me de ter lido todas as letras traduzidas e de me sentir muito inspirado – então as músicas antiguerra como ‘Stronger Than Hate’ e a faixa-título vieram das letras de Bono.”

Ainda sobre o titular das seis cordas, o irmão de Iggor ressalta:

“The Edge é um ótimo exemplo de guitarrista que não tem medo de usar tecnologia. Ele usa e abusa dos pedais. Às vezes não há nem mesmo um solo ou melodia real e às vezes há uma parte real. Acho que ‘The Fly’ tem um de seus melhores solos. Muitas das coisas que ele faz com uma guitarra limpa, como a introdução de ‘Where The Streets Have No Name’, são alucinantes para mim. Lembro-me de ouvi-la pela primeira vez e pensar: ‘P*rra, isso é tão legal!’ Ele é definitivamente um dos guitarristas mais inventivos de todos os tempos.”

Sepultura e U2

Curiosamente, entre os vários nomes do metal que regravaram o U2 está o Sepultura. Em um período posterior ao de seu frontman original, a banda registrou uma versão para “Bullet the Blue Sky”. A faixa do álbum “The Joshua Tree” (1987) apareceu no EP “Revolusongs” (2003), ganhando elogios efusivos dos próprios autores.

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O videoclipe liderou a lista de indicações do Video Music Brasil do ano de lançamento, tradicional premiação da MTV. Foram 5 nominações: melhor fotografia, melhor edição, melhor direção de arte, melhor videoclipe de rock e melhor videoclipe segundo a audiência. A vitória veio apenas na primeira.

Entre 2003 e 2007, a música foi presença garantida nos setlists das turnês. A mais recente execução ao vivo aconteceu em 2015, justamente durante um show em Dublin, terra natal do U2. A canção também ganhou regravações de outros artistas ligados ao lado mais pesado do rock, como P.O.D. e Queensrÿche. Mas nenhuma versão teve o mesmo brilho e repercussão.

Sobre Max Cavalera

Massimiliano Antonio Cavalera nasceu em Belo Horizonte. Com seu irmão, Igor, formou o Sepultura, banda de heavy metal mais bem-sucedida da história do Brasil. Saiu em 1996, após séria crise interna.

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Atualmente, toca guitarra e canta no Cavalera Conspiracy, Soulfly, Go Ahead and Die e Killer Be Killed, além de fazer shows com o irmão relembrando o repertório do antigo grupo. Também teve o projeto Nailbomb, em parceria com Alex Newport.

Participou de discos do Probot, Five Finger Death Punch, Deftones, Apocalyptica e Body Count, entre outros. No filme “O Rei Escorpião” (2002), registrou os gritos guturais do ator Dwayne Johnson.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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