A melhor música do Judas Priest na opinião de Ian Hill

Canção rendeu o único Grammy para os britânicos até o momento, além de ter recebido versão do Slayer

O baixista Ian Hill foi o único músico presente em todas as formações do Judas Priest. Sendo assim, ele tem uma intimidade com o material da banda que ninguém mais tem. Isso o deixa em situação confortável para responder uma difícil pergunta: qual seria a melhor música da carreira do grupo?

A escolha recaiu pela faixa de encerramento de “Sin After Sin” (1977). Terceiro álbum de inéditas, foi o primeiro a sair por uma gravadora major, a Columbia. Roger Glover, então ex-baixista do Deep Purple, o produziu. Acabou agraciado com disco de ouro nos Estados Unidos.

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Disse o instrumentista ao podcast The Break Down With Nath & Johnny, conforme transcrição do Blabbermouth, ao ser questionado sobre qual canção gostaria de resgatar ao setlist:

“Ah, tem uma que não tocamos há algum tempo e é ‘Dissident Aggressor’. Ainda digo que essa é provavelmente minha música favorita de todos os tempos. É tão crua – é puro rock, na verdade. É uma daquelas músicas que, mesmo em estúdio, lembro que era apenas duas guitarras, baixo, bateria e voz. Pode haver uma guitarra extra durante o intervalo principal. Fora isso, é totalmente crua, exatamente como seria no palco. E eu amo essa música.”

A seguir, Hill falou sobre outras que poderiam ser resgatadas futuramente.

“Nós nunca tocamos ‘Before The Dawn’, que poderia entrar de outro ponto de vista, do outro lado do espectro, se houver uma parte tranquila no show. Hoje em dia as pessoas tendem a preferir as músicas mais animadas do que as mais calmas. Mas seria legal tocar essa também. De qualquer forma, tem apenas cerca de dois minutos e meio, três minutos de duração, então não levaria muito tempo. ‘Sinner’ seria ótima para tocar de novo. Faz um tempo que não rola. Mas veremos.”

Após a entrevista, no último dia 15 de março, “Sinner” voltou ao repertório após cinco anos. Ela foi executada durante show em Dublin, Irlanda.

Judas Priest e “Dissident Aggressor”

Composta por Rob Halford, Glenn Tipton e K.K. Downing, “Dissident Aggressor” é considerada uma das composições que serviria como base para o que viria a ser o metal extremo e suas variações a partir da década seguinte. Ganhou regravação do Slayer em 1988, no álbum “South of Heaven”.

A versão presente no álbum ao vivo “A Touch of Evil Live” faturou o Grammy de Melhor Performance de Metal em 2010. Curiosamente, um dos outros concorrentes era justamente o Slayer, com “Hate Worldwide”. Três anos mais tarde, recebeu outro cover, desta vez do Halestorm no EP “ReAnimate 2.0”.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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