Mike Portnoy nega que volta ao Dream Theater tenha prejudicado Sons of Apollo

Baterista rebateu declaração do guitarrista Ron “Bumblefoot” Thal o colocando como um dos responsáveis pelo fim da banda

O baterista Mike Portnoy veio a público esclarecer que seu retorno ao Dream Theater não teve influência no encerramento do Sons of Apollo. Apesar de a postagem nas redes sociais ter sido feita em um tom de esclarecimento, ele deixou claro não ter qualquer animosidade com os agora ex-colegas.

A manifestação ocorreu após a divulgação de uma entrevista de Ron “Bumblefoot” Thal. Nela, o guitarrista deixa claro que a banda não seguiu em frente apesar de seus desejos, assim como do tecladista Derek Sherinian e do vocalista Jeff Scott Soto.

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Disse o instrumentista ao The Metal Voice, conforme transcrito pelo Blabbermouth:

“Estávamos em turnê, tínhamos dobrado o público dos shows. Tudo apontava para um crescimento. Até que fizemos quatro apresentações em uma turnê pela Europa que deveria ter sido de vinte. Então, tivemos que parar por conta da chegada da pandemia e voltar para casa. Derek, eu e Jeff queríamos começar a trabalhar no álbum número três, já que teríamos bastante tempo disponível. Mas nem todos estavam dispostos a fazer isso. Algumas pessoas tinham seus próprios planos e coisas que queriam fazer, o que fizeram.”

Como todos sabem, Mike e o baixista Billy Sheehan seguiram tocando juntos no The Winery Dogs, junto a Richie Kotzen. Não à toa, Bumblefoot ressalta:

“A banda se dividiu em duas. Jeff se ofereceu para ser o vocalista de um grupo que eu tinha com velhos amigos chamado Art of Anarchy. E ele sabia que, durante a pandemia, iríamos apenas nos reunir para gravar músicas. Ele disse: ‘Vocês tiveram todos esses cantores problemáticos, deveriam ter trabalhado comigo desde o início e tudo teria ficado bem’, o que concordo.

Então, agora tenho o Art of Anarchy com Jeff e sigo trabalhando com Derek. Percebemos que, com alguns membros não mais interessados, não poderíamos realmente continuar com o Sons of Apollo. Quero dizer, Jeff estava interessado, ele adoraria ter feito um terceiro álbum. Mas encontramos novos músicos e surgiu o Whom Gods Destroy, que realmente é algo vindo das cinzas do Sons of Apollo.”

Ron ainda foi questionado se considera ser difícil manter um supergrupo unido. Ele respondeu:

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“Nada é fácil. Pode ser caso todos calem a boca e façam seu trabalho. Também é preciso que as pessoas pensem na colmeia e não apenas em si mesmas. Se você tiver a mentalidade de trabalhar em equipe e não apenas uma cabeça egoísta, então uma banda pode facilmente funcionar e durar décadas. Não estou chamando ninguém em particular de idiota egoísta. Só estou dizendo que em qualquer grupo você terá o narcisista, geralmente viciado em drogas; o idiota conspirador e ganancioso, além daquele que está mergulhado na depressão e pensa que cada nota é a coisa mais importante que aconteceu.

E também há pessoas que esquecem que se você tiver quatro ou cinco pessoas na banda, deveria estar realizando apenas 25 ou 20 por cento de suas ideias. Se monopolizar tudo, estará tirando proveito de todos os outros. Não é um cenário justo e alguém vai se sentir deixado de fora, sem ser ouvido e não se sentindo igual aos demais. Então eu sempre digo: em uma banda de cinco caras disfuncionais e desempregados, se apenas uma em cada cinco de suas ideias for aprovada, então tudo é justo e você tem que ser capaz de aceitar isso. 20 por cento vezes cinco – é assim que deveria ser. Você tem que aceitar essa mentalidade, e qualquer coisa além disso, pensar como um bônus ao invés de ver como um problema.”

A resposta de Mike Portnoy

Horas após a divulgação do conteúdo, Mike Portnoy foi às redes sociais e apresentou sua versão dos fatos.

“Obviamente, Ron está (discretamente) apontando o dedo para mim (e possivelmente para Billy também?). Mas devo esmagar publicamente essa retórica que implica que a morte de Sons of Apollo teve algo a ver com meu retorno ao Dream Theater, que só aconteceu em outubro de 2023… A realidade é que quando a turnê do SOA foi cancelada por causa da Covid em 2020, quando se falou em escrever coisas novas e um possível terceiro álbum, eu já tinha compromissos com Transatlantic, NMB [Neal Morse Band] e The Winery Dogs (com Billy também).

Posso entender a frustração de Ron, Derek e Jeff com isso, mas a realidade é que a ÚNICA maneira que consegui conciliar e equilibrar todas as minhas bandas todos esses anos foi bloquear certas janelas na minha agenda para cada banda ou projeto para ter tempo para um ciclo de álbum/turnê. Infelizmente, a janela do ciclo de álbum/turnê do SOA foi interrompida pela Covid e quando o mundo reabriu novamente, eu já estava agendado com minhas outras bandas e projetos.”

Finalizando, o músico deixa claro não possuir qualquer mágoa ou rancor.

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“De qualquer forma, estou feliz por esses caras terem conseguido continuar trabalhando juntos em outras atividades musicais… mas não se enganem, na época, não teve nada a ver com o meu retorno ao DT!”

A carreira do Sons of Apollo

Os dois discos de estúdio do Sons of Apollo foram “Psychotic Symphony” (2017) e “MMXX” (2020). O outro lançamento foi o ao vivo em áudio e vídeo “Live with the Plovdiv Psychotic Symphony” (2019), gravado no Ancient Roman Theatre em Plovdiv, Bulgária, ao lado de uma orquestra e coral completos.

O grupo veio ao Brasil duas vezes, nos anos de 2018 e 2022. A segunda visita não contou com a presença de Billy Sheehan, que teve a entrada negada por não ter se vacinado. Ele foi substituído por Felipe Andreoli (Angra).

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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