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Mike Shinoda queria Linkin Park bem-sucedido sem ser reconhecível

Banda foi um dos últimos grandes fenômenos de vendas na história da indústria musical

Álbum de estreia do Linkin Park, “Hybrid Theory” (2000) é quase uma coletânea de grandes hits por si só. O trabalho vendeu mais de 30 milhões de cópias, catapultando o desconhecido grupo a um sucesso quase inimaginável para os padrões atuais da indústria.

Refletindo sobre o período, Mike Shinoda admite ter se sentido estranho com a repercussão alcançada. O multi-instrumentista, vocalista e produtor reconhece que desejava fazer a diferença. Porém, talvez preferisse não ser tão reconhecido.

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Ele confessou ao jornal britânico The Guardian:

“O Linkin Park ser bem conhecido ou conceituado foi uma bênção. Mas eu teria preferido que a banda fizesse sucesso sem ser reconhecível? Provavelmente.”

Para exemplificar, o artista usou um exemplo do que fez paralelamente ao trabalho principal.

“O aspecto da fama na minha carreira sempre pareceu estranho – a ponto de fazer uma série de arte em 2008 e 2009 chamada ‘Glorious Excess’, onde pintei sobre a cultura das celebridades, reality shows, Michael Jackson e Diana, Princesa de Gales. Na época, eu estava muito presente nos tapetes vermelhos com celebridades e pensava: ‘Uau, isso é tão estranho. Que fenômeno estranho’. Parecia fascinante e antinatural ser tratado de uma certa maneira apenas porque nossa música era popular.”

A validação dos fãs e a reação ao luto

Ainda assim, Shinoda reconhece os lados positivos do status que alcançou. Especialmente por conta da relação criada com o público.

“Isso não quer dizer que não gostei do sucesso, especialmente por se tratar de algo que muitas pessoas nos disseram que não iria funcionar. Sentimo-nos validados, especialmente pela ligação que tínhamos com os nossos fãs.”

Mike também discutiu como compor músicas o ajuda a lidar com a dor. No ano seguinte à perda de Chester Bennington, o músico lançou um álbum chamado “Post Traumatic”, que narrava seus sentimentos no período.

“Raramente há um período em que não consigo encontrar uma ideia criativa para seguir em frente. Estou sempre escrevendo músicas, trabalhando com a banda, fazendo trilha para um filme ou pintando para me divertir. Eu simplesmente continuo. Pessoas diferentes lidam com o luto de maneiras diferentes. Meu estilo de lidar com a situação era permanecer em movimento, por meio da música e da arte.”

Sobre o Linkin Park

Fundado em 1996 – inicialmente se chamando Xero, depois Hybrid Theory, até chegar ao nome definitivo – em Agoura Hills, Califórnia, o Linkin Park se tornou uma das bandas de rock mais bem-sucedidas do século atual.

Seus 7 álbuns de estúdio venderam mais de 100 milhões de cópias em todo o planeta até hoje. Desde a morte do vocalista Chester Bennington, ocorrida em 2017, o grupo suspendeu atividades sem previsão de retorno.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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