Pesado e com mais guitarra: como soará novo álbum do Pearl Jam, segundo Mike McCready

Disco produzido por Andrew Watt (Rolling Stones, Ozzy Osbourne, Paul McCartney) sucede “Gigaton” (2020) e deve sair no ano que vem

Desde o início de 2022, o Pearl Jam está idealizando o álbum sucessor de “Gigaton” (2020). Com produção de Andrew Watt — que já colaborou com nomes como Rolling Stones, Paul McCartney e Ozzy Osbourne —, o disco inédito encontra-se masterizado e mixado e deve sair no ano que vem, segundo os próprios músicos.

Em entrevista para a edição de janeiro de 2024 da revista Classic Rock, Mike McCready deu ainda outros detalhes a respeito do registro. A respeito da sonoridade, o guitarrista afirmou que o material é pesado, com a guitarra solo bem marcada, referências aos trabalhos iniciais e elementos na bateria à la Soundgarden — banda com a qual compartilham o baterista, Matt Cameron.

- Advertisement -

“É muito mais pesado do que você esperaria. Tem a melodia e a energia dos primeiros discos. Andrew nos incentivou a tocar de forma forte, melódica e cuidadosa como viemos fazendo em muito tempo. Sinto que a bateria de Matt Cameron tem elementos do que ele fez no Soundgarden. Para o bem ou para o mal, você vai ouvir muito mais da minha guitarra solo, coisas que eu não faço há muito tempo. Fiquei louco, como com Chris Cornell e o Temple of the Dog na música ‘Reach Down’ [1991], de tantos anos atrás.”

Diferentemente do antecessor, o processo de criação ocorreu de maneira mais rápida. A expectativa é de que, realmente, o álbum chegue em breve.

“Espero que seja lançado no próximo ano. Temos um monte de músicas gravadas. Trabalhamos com Andrew Watt, que é um cara mais jovem, um produtor pop, mas que no fundo é um cara do rock. Se não me engano, somos a banda favorita dele. Quando estávamos no estúdio com ele no ano passado, ele realmente nos levou ao limite, nos deixando focados e tocando música após música. Demorou muito para fazer o ‘Gigaton’, mas o mesmo não aconteceu agora.”

Mike McCready e longevidade

Na mesma entrevista, Mike McCready comentou sobre a longevidade do Pearl Jam. Formada em 1990, a banda permanece unida devido à tudo que os músicos passaram juntos ao longo de tantos anos, apesar das dificuldades para reunir os colegas. O guitarrista ainda que citou uma frase do saudoso Chris Cornell (Soundgarden, Audioslave) para exemplificar. 

“Antes de Chris Cornell falecer, fizemos um show com o Mad Season junto da Seattle Symphony e ele disse ‘você pode fazer oitenta músicos de uma orquestra aparecerem no horário, mas você nunca pode fazer o mesmo com cinco caras de uma banda’. Quando nos reunimos no Pearl Jam, a música é a prioridade, mas todos temos nossas próprias vidas. Mas ainda tocamos, como uma unidade, de um jeito que nenhum outros cinco caras fazem. É porque passamos por muitas coisas nos últimos trinta anos. A história, as dinâmicas, as piadas estúpidas, todas essas coisas voltam.”

Pearl Jam e “Gigaton”

“Gigaton”, álbum mais recente do grupo, saiu em 27 de março de 2020. Chegou ao top 10 em 23 paradas internacionais, sendo número 1 na Espanha, Portugal, Grécia, Croácia, Áustria e Itália.

Fundado em Seattle, Washington, Estados Unidos no ano de 1990, o Pearl Jam vendeu mais de 85 milhões de cópias dos seus 11 discos de estúdio em todo o mundo. Desde 2017, a banda faz parte do Rock and Roll Hall of Fame.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioNotíciasPesado e com mais guitarra: como soará novo álbum do Pearl Jam,...
Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades