Por que James Hetfield não enjoa de tocar “Nothing Else Matters”, do Metallica

Banda já executou a faixa ao vivo mais de 1,2 mil vezes desde seu lançamento, em 1991; ainda assim, frontman enxerga algo especial em tocá-la

Uma das músicas mais famosas do Metallica é “Nothing Else Matters”. Presente no disco homônimo, também conhecido como “Black Album”, lançado em 1991, a balada é quase sempre presença garantida nas apresentações da banda devido ao sucesso.

De acordo com o site Setlist.fm, a canção já foi executada ao vivo mais de 1,2 mil vezes ao longo dos anos. Provavelmente, o número real é ainda maior. 

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Mesmo a performando copiosamente nas últimas décadas, James Hetfield não enjoa de tocá-la. Durante o podcast The Metallica Report, conforme transcrição da Ultimate Guitar, o vocalista e guitarrista explicou o motivo: 

“‘Nothing Else Matters’ é sempre uma música que gosto de tocar. Você vê as pessoas se abraçando e chorando. É uma emoção muito diferente do resto do show, que envolve perder a cabeça, fazer mosh pits e enlouquecer. É tipo isso, mas atinge de forma profunda e interna. Adoro ver a vulnerabilidade das pessoas e a emoção durante essa música.”

Curiosamente, o músico ficou receoso de gravar “Nothing Else Matters”. Isso porque, como contou para a revista Classic Rock em 2021, achava que a composição – inspirada pela saudade que tinha da então namorada Kristen Martinez – denotava fraqueza.

“Por que não compor uma canção de amor? Simples, é um enorme sinal de fraqueza. Você está no Metallica. É pra ser pesado. Mas essa música foi feita para mim. É sobre estar na estrada, sentir falta de alguém em casa. Foi composta de uma forma que se conectou com muitas pessoas. Não se tratava apenas de duas pessoas. Era sobre uma conexão com seu poder superior, muitas coisas diferentes.”

Sobre o “Black Album”

Lançado em 12 de agosto de 1991, o “Black Album” mostrava a banda explorando novas sonoridades, dando início à parceria com o produtor Bob Rock. Pela primeira vez os músicos usaram três tipos de afinações diferentes: a tradicional em mi, mi bemol e ré.

A atmosfera mais dark e reflexiva das músicas não era apenas uma mudança de abordagem superficial. Além do amadurecimento natural que a idade traz, três dos quatro integrantes passaram por divórcios no período – James Hetfield era a exceção.

Ao contrário do que faziam até então, Hetfield e Lars Ulrich incluíram Kirk Hammett e Jason Newsted no processo de desenvolvimento das canções, visando dar um clima mais próximo do que faziam ao vivo.

O álbum “Metallica” vendeu até hoje cerca de 31 milhões de cópias em todo o mundo, sendo o disco mais comercializado das últimas três décadas em qualquer gênero musical.

Metallica atualmente

O Metallica encerrou a primeira etapa europeia da turnê “M72” em junho, divulgando o álbum “72 Seasons”. Em agosto, a banda deu início à parte norte-americana. O Brasil deve receber o quarteto novamente no segundo semestre do ano que vem, de acordo com informações do jornalista José Norberto Flesch.

A proposta da atual excursão é realizar dois shows em cada cidade, alterando totalmente o repertório entre uma noite e a outra. As atrações de abertura também são diferentes a cada data.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

1 COMENTÁRIO

  1. Aí está a maior razão pela qual eu não gosto do Metallica desde o Black Album pra frente… Na minha opinião, “Nothing Else Matters” envelheceu muito mal porque quase todo mundo “tirou uma casquinha” da canção para chamar de sua. Isso infelizmente a própria banda não percebe e se vê na obrigação de toca-la ao vivo, ignorando a realidade por trás desta história. Para mim “Nothing Else Matters” não soa (ou não se encaixa) dentro do perfil geral do Metallica, soa como um esboço de um futuro projeto solo do Hetfield que não se concretizou na época…

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