Como projetos do Iron Maiden levaram Bruce Dickinson a lançar álbum solo com HQ

Vocalista apontou semelhanças entre o mundo dos quadrinhos e da música, além de citar seus heróis favoritos na infância

Alguns fãs ficaram surpresos quando Bruce Dickinson anunciou que o álbum “The Mandrake Project”, a ser lançado em 1º de março do ano que vem, seria mais do que um mero disco solo.

Além da parte musical, a obra será acompanhada por uma graphic novel, cujo preview já saiu junto com o primeiro single, “Afterglow of Ragnarok”. Contando com 12 capítulos, a história foi roteirizada por Tony Lee e ilustrada por Stan Johnson. A promoção ficará a cargo da editora Z2 Comics.

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Durante entrevista na CCXP23, acompanhada pelo IgorMiranda.com.br, o cantor do Iron Maiden ressaltou que HQ e música “são coisas que andam juntas, assim como videogames”. Ele também revelou que a ideia de trabalhar com quadrinhos surgiu naturalmente e por causa de sua banda de origem.

“Anos atrás, o Iron Maiden estava fazendo algumas capas de singles (em provável menção aos singles de ‘The Final Frontier’, álbum de 2010). Eu pensei: ‘por que não fazer uma história em quadrinhos como eu lia na infância?’”

Foi a deixa para que Bruce falasse sobre seus heróis preferidos na infância.

“Eu era um grande fã do Surfista Prateado e do Tocha. Eu queria ser o Tocha Humana quando criança: ele sempre ficava pistola e colocava fogo em tudo.”

Prosseguindo com a relação entre a nova empreitada e seu trabalho principal, Dickinson ressaltou:

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“Quando sugeri fazer capas de HQs, fizemos algumas capas para o Iron Maiden. Foi muito legal. Depois, o Maiden lançou um videogame, ‘Legacy of the Beast’. E alguém produziu uma série de HQs relacionada ao game. Achei visualmente fantástico, mas faltava uma história. Então, pensei: ‘e se um álbum tivesse uma HQ conectada?’. Mas isso se separou. Em 2014, seria uma história em quadrinhos junto do álbum e é isso. Mas aí outras coisas aconteceram, a Covid veio, sete anos se passaram. Eu tinha uma HQ de 12 episódios, mas não quis restringir o álbum a isso. Essas duas coisas existem separadamente, mas elas se ‘informam’, estão relacionadas.”

Bruce Dickinson e “The Mandrake Project”

As gravações de “The Mandrake Project” aconteceram, em sua maior parte, no estúdio Doom Room, em Los Angeles, Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Roy Z, parceiro de longa data do vocalista, que também gravou guitarras e baixo – o segundo será assumido por Tanya O’Callaghan (Whitesnake) na turnê. Mistheria registrou os teclados e Dave Moreno (Puddle of Mudd) a bateria. Os dois já haviam participado de “Tyranny of Souls” (2005), mas recente disco solo de Bruce.

Entre as faixas, pode chamar atenção dos fãs a sexta, denominada “Eternity Has Failed”. Ela é uma versão retrabalhada de “If Eternity Should Fail”, presente em “The Book of Souls” (2015), do Iron Maiden. A demo original, ainda com o nome anterior, entrou no compacto “Afterglow of Ragnarok”.

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Assim como “The Chemical Wedding” (1998), conceituado trabalho de Dickinson, “The Mandrake Project” contará com referências à obra do escritor e alquimista William Blake. Segundo o release oficial, a temática será “obscura e adulta, sobre poder, abuso e uma luta por identidade, em um cenário genial de ciência e ocultismo”.

Shows no Brasil

Para divulgar a obra, Bruce Dickinson realizará uma turnê, a primeira desde 2002. Além da América Latina, foram confirmados compromissos na Europa. As datas para o Brasil são as seguintes:

  • dia 24 de abril em Curitiba, na Live Curitiba;
  • dia 25 de abril no Pepsi On Stage, em Porto Alegre;
  • dia 27 de abril na Opera Hall, em Brasília;
  • dia 28 de abril na Arena Hall, em Belo Horizonte;
  • dia 30 de abril no Rio de Janeiro, no Qualistage;
  • dia 02 de maio na Quinta Linda, em Ribeirão Preto;
  • e no dia 04 de maio em São Paulo, na Vibra São Paulo.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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