Kiss não faz arte intelectual, reconhece Paul Stanley

Frontman não concorda com ideia de que a banda se destacou apenas pelo espetáculo visual de suas performances

A principal argumentação de detratores do Kiss desde os anos 1970 reside na ideia de que a banda não passa de um mero espetáculo teatral, com maquiagens e efeitos especiais, onde a música ficaria em segundo plano. A história já provou mil vezes o contrário – basta ver o sem número de artistas que já exaltaram os discos do grupo como fatores preponderantes em suas vidas e carreiras.

Mesmo assim, os haters insistem. E Paul Stanley possui a contra argumentação na ponta da língua. Em entrevista ao Gulf News, o vocalista e guitarrista destacou que se não fosse pela qualidade sonora, sua criação junto a Gene Simmons não teria perdurado por meio século.

“Eu sempre digo: uma banda ruim com um grande show ainda é uma banda ruim. Não começamos com tudo que oferecemos. Fazíamos músicas influenciadas pelas que ouvíamos. Quando eu era jovem, vi shows do Led Zeppelin, vi Jimi Hendrix duas vezes, todos os grandes nomes. Eles me inspiraram. E nunca se tratou de fazer parte de uma banda com maquiagem e fogos de artifício.”

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Porém, o Starchild também destacou outro ponto, que pode ser um fator que leva às críticas: o fato de a obra do Kiss ser de apelo popular.

“Nossa música não precisa de intelectualização ou filosofia. Não fazemos arte intelectual, mas emocional… É por isso que as pessoas se lembram do primeiro show do Kiss a que foram, da primeira música do Kiss que ouviram ou quando nos escutaram pela primeira vez no rádio. É uma conexão poderosa. Sei que há artistas que atualmente conseguem atrair multidões maiores, mas não sei se ainda estarão por aqui nos próximos 50 anos. Nós fizemos isso. Nossa devotada base de fãs é quase como uma tribo.”

Sobre o Kiss

Formado em 1973, o Kiss vendeu mais de 100 milhões de álbuns em toda a carreira. É a banda americana de rock com o maior número de discos de ouro e platina de todos os tempos.

A formação original do grupo trouxe Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo), Ace Frehley (guitarra solo e voz) e Peter Criss (voz e bateria). Conquistaram fama em 1975, com o álbum ao vivo “Alive!”, e permaneceram com esta formação até 1980, ano em que a saída de Criss foi oficializada. Frehley, por sua vez, seguiu até 1982.

Stanley e Simmons optaram por dar continuidade ao grupo com substitutos. O baterista Eric Carr ocupou a vaga de Peter até 1991, quando morreu, aos 41 anos, vítima de um câncer no coração. A guitarra solo passou pelas mãos de Vinnie Vnicent e Mark St. John até se firmar com Bruce Kulick, a partir de 1984.

Com o falecimento de Carr, Eric Singer foi trazido para o grupo. Em 1996, tanto Singer quanto Kulick foram dispensados para as voltas de Criss e Frehley.

No ano 2000, o Kiss anunciou uma turnê de despedida que durou até o ano seguinte. Porém, a banda optou por continuar suas atividades, novamente sem Peter e Ace. Eric Singer retornou e Tommy Thayer assumiu a guitarra solo.

Nesta configuração final, o grupo anunciou em 2018 sua segunda turnê de despedida, “End of the Road”. Iniciada no ano seguinte, a excursão já teve mais de 200 shows distribuídos pelas Américas, Europa, Oceania e Ásia. O encerramento definitivo está marcado para dezembro, no Madison Square Garden, em Nova York.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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