Iron Maiden fez Blaze Bayley descobrir lado de sua voz que não conhecia

Músico passou a utilizar outras regiões de seu registro, já que antes sua performance explorava uma sonoridade específica

Quem conheceu Blaze Bayley por sua banda antes do Iron Maiden, o Wolfsbane, estranhou a abordagem usada sob a batuta de Steve Harris. O cantor festeiro, com influência de nomes como David Lee Roth, deu lugar a um intérprete um tanto quanto sombrio, também de acordo com a proposta do álbum “The X Factor”, o primeiro dos dois que gravou com o gigante do metal britânico.

Em entrevista ao Vinyl Writer Music, o vocalista analisou as mudanças e adaptações às quais se submeteu no período.

“Com o Iron Maiden encontrei essa outra região da minha voz que nunca usei no Wolfsbane. Eu realmente não sabia que estava lá, era como outro terço do meu alcance. Muitas das minhas coisas do Wolfsbane eram excitantes e enérgicas. Dei realce a essa outra parte mais sombria da minha voz nos discos do Maiden e lentamente mantive, me acostumei. Então, meu alcance vocal agora é forte em todas essas áreas.”

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A experiência, ressalta Bayley, também contribui na hora de escolher o timbre a usar.

“Pegue um álbum como ‘War Within Me’, por exemplo. Penso: ‘Ok, que som de vogal e que pressão eu quero colocar nessa letra em particular, nesta parte da música, o que vai atrair o ouvinte?’. Isso é algo que eu não fazia antes. Nos últimos discos consegui usar certas texturas aqui, um certo som de vogal ali; não deve ser apenas suave e alto; deve ser emocional ou forte? Isso me dá muito mais cores que eu posso usar para pintar aquela imagem de áudio. É algo que entra pelos ouvidos e chega ao coração de quem está escutando.”

Blaze Bayley atualmente

Atualmente, além do trabalho próprio, Blaze Bayley está novamente à frente do Wolfsbane. O grupo lançou seu sexto álbum de estúdio, “Genius”, mês passado. “War Within Me”, registro solo de inéditas mais recente do cantor, saiu em 2021.

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No início deste ano, o vocalista preocupou milhares de fãs em todo o planeta ao sofrer um infarto. O artista passou mais de um mês internado entre março e abril, tendo passado por um procedimento invasivo que inseriu 4 pontes de safena em suas artérias.

Em recente entrevista ao Blabbermouth, o cantor falou sobre como está atualmente.

“Estou me sentindo muito positivo. Começo minha fisioterapia monitorada amanhã. Tenho caminhado e feito o máximo que posso. Eles me aconselharam a permanecer ativo. Apenas não devo levantar coisas pesadas ou sobrecarregar meu peito. Por sete semanas, não usei meus braços. Não conseguia levantar nada mais pesado do que uma caixa de leite e mesmo algo assim era difícil no começo. Agora estou recuperando minhas forças.”

Ao comentar o que aconteceu no dia em que precisou ser levado ao hospital, Blaze ressaltou a agilidade no atendimento como fator decisivo para que tenha sido tratado de forma correta.

“Era um sábado à tarde, estava me preparando para sair e jantar com minha noiva. De repente, senti algo parecido com uma indigestão. Parecia que um Blackie Lawless (W.A.S.P.) invisível tinha se sentado sobre mim e não se mexia. Moro a cinco minutos da estação de ambulâncias da região. Os paramédicos estavam indo para o intervalo, ouviram a ligação e disseram: ‘Vamos atender essa.’ Chegaram na minha casa em dois minutos. Eu moro perto de Birmingham. Há quatro hospitais em 15 minutos. Fui tratado na ala cardíaca.

Na segunda-feira seguinte, eu estava agendado para começar uma turnê pela Europa. Quem sabe o que teria acontecido? Eu poderia estar sozinho no hotel, ou em alguma estrada como o Eurotúnel ou a Autobahn – qualquer coisa. Se havia um lugar onde era melhor ter um ataque cardíaco, era em casa. Foi incrível. Tive muita sorte. Eles disseram à minha noiva: ‘Ele vai conseguir. Ele vai ficar bem, mas se estivéssemos dez minutos depois, acho que não estaríamos aqui agora. Foi muito perto’.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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