Geezer Butler ficou tenso com neta tocando Black Sabbath em escola católica

Apesar de ser o letrista de uma banda com fama de satanista, o baixista/vovô é religioso a ponto de sequer falar palavrão

Lendas do metal também são gente – e no caso de Geezer Butler, avô coruja. O baixista do Black Sabbath está com 74 anos de idade e aproveitando a aposentadoria. Parte disso significa ver os netos crescerem, com direito a alguns já carregarem a tocha do metal.

Em entrevista ao programa de rádio Full Metal Jackie, Geezer contou:

“Minha neta mais velha, Lena, fez uma versão de ‘Iron Man’ na escola dela, porque ela toca guitarra e canta… E calhou que as pessoas gostaram bastante quando ela participou de um show da escola.”

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Apesar de ser o letrista de uma banda conhecida por suas canções ocultistas, o baixista é um católico devoto, a ponto de nunca falar palavrão. Essa dicotomia fez Butler ficar preocupado com o tipo de recepção que o show da neta teria.

“Eu estava meio apreensivo no começo porque pensei que os outros pais poderiam se opor a ter uma música do Black Sabbath numa escola católica. Mas eles foram ótimos. Todo mundo amou.”

Vale destacar outra fala recente de Geezer, agora ao jornalista Eddie Trunk, sobre o significado de “Iron Man”:

“Ela foi baseada em Jesus Cristo. Fala sobre esse cara que faz o bem a todos, mas quando tenta espalhar a palavra acaba sendo crucificado por dizer a verdade. A diferença é que o Homem de Ferro volta e realiza uma vingança contra a humanidade.”

Netos e autobiografia

Atualmente, Geezer Butler promove seu livro de memórias “Into the Void: From Birth to Black Sabbath and Beyond”. De volta à entrevista ao Full Metal Jackie, o baixista contou que o objetivo original do projeto era passar a história de sua vida para seus netos. Entretanto, ele contou de maneira bem humorada sobre como o foco mudou – por isso, os pequenos vão precisar esperar alguns anos para ler:

“Bem, obviamente virou bem rápido um caso de ‘agora os netos não podem ler até completarem 18 anos’ (risos) Originalmente eram apenas memórias para eles. E então Gloria [Butler, esposa e empresária] leu o que eu tinha escrito e disse: ‘ah, você precisa fazer isso como livro’. Obviamente, quando fiz como livro, botei todas as coisas do Sabbath e as coisas mais safadas. Então, eles não leram ainda e não vão ver até fazerem 18.”

Sobre Geezer Butler

Terence Michael Joseph Butler, mais conhecido como Geezer Butler (Birmingham, Inglaterra, 17 de julho de 1949), fez história como baixista do Black Sabbath. Além de ter sido um dos membros fundadores da banda e revolucionado a forma de se tocar seu instrumento dentro do rock, foi ele quem escreveu a maioria das letras do grupo durante a era Ozzy Osbourne. Inspirava-se fortemente em sua fascinação por religião, ficção científica, fantasia e horror, bem como seus pensamentos sobre o lado negro da humanidade e a constante ameaça de aniquilação global que este representa.

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Começou como guitarrista na banda Rare Breed, que fundou em 1967 e que mais tarde contaria com Ozzy Osbourne como vocalista. Mudou para o baixo quando, com o Black Sabbath (anteriormente chamado The Polka Tulk Blues Band e Earth) formado, decidiu-se que a banda teria apenas Tony Iommi como guitarrista.

Butler foi um dos primeiros baixistas a usar pedal wah-wah em seu instrumento e a usar uma afinação um tom abaixo; no caso, D (Ré), que se tornou muito comum em bandas de heavy metal.

Além de seu trabalho com o Black Sabbath, participou também da banda solo de Ozzy Osbourne (com a qual gravou um álbum de estúdio e dois ao vivo), fundou o projeto solo GZR e participou do supergrupo Deadland Ritual. Após o fim deste último, em meados de 2020, declarou-se aposentado das atividades musicais.

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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