No último dia 26 de maio, durante show do tributo ao Pantera em Sofia, Bulgária, o vocalista Phil Anselmo protestou contra a presença de uma bandeira em meio à plateia. Inicialmente, a imprensa internacional noticiou (e repercutimos por aqui) se tratar da bandeira dos Confederados.
Associada à imagem da banda, o pavilhão é também ligado aos movimentos sulistas dos Estados Unidos, que foram contrários à abolição da escravidão na Guerra de Secessão, entre 1861 e 1865 Atualmente, ela é frequentemente usada por grupos racistas e supremacistas brancos.
Conforme transcrição do Blabbermouth, o frontman declarou:
“Sofia, eu tenho que dizer isso: plateia incrível. Mais uma coisa: tem uma pessoa aqui segurando esta bandeira, tentando arruinar a p*rra do show. Eu desautorizo, eu desautorizo a p*rra da bandeira. Me desculpe. É ridículo, cara. Mantenha a política fora. É chato.”
Porém, de acordo com novas informações, o protesto de Phil foi contra uma bandeira “white power” erguida por alguns fãs. O que torna a situação ainda mais grave, pois não se trata de mero manifesto político, como ele tentou fazer parecer.
Novas filmagens atestam a situação, ocorrida antes de a banda tocar a última música da noite, “Cowboys from Hell”.
Phil Anselmo e supremaci abranca
As polêmicas envolvendo Phil Anselmo com a supremacia branca são de longa data. Desde os anos 1990, alguns registros em vídeo mostram o cantor realizando discursos em shows onde exaltava posturas explicitamente racistas.
Porém, a polêmica só estourou pra valer em 2016, quando o artista fez a saudação nazista e gritou “poder branco” durante o Dimebash, evento em homenagem ao falecido guitarrista Dimebag Darrell. Inicialmente, o cantor disse que não iria se retratar e ainda satirizou o episódio ao dizer que havia consumido muito “vinho branco”. Depois, pediu desculpas e afirmou ter feito algo “feio e desnecessário”.
Tributo ao Pantera
Atualmente, Phil e o baixista Rex Brown excursionam pela Europa com o tributo ao Pantera – que conta com Zakk Wylde (Ozzy Osbourne, Black Label Society) na guitarra e Charlie Benante (Anthrax) na bateria.
Por conta do histórico do vocalista, o grupo chegou a ter apresentações canceladas no continente.
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