João Gordo e Brutal Brega, diversão aos trancos e barrancos
*Por Igor Miranda
O palco Sun foi aberto pelo Brutal Brega, projeto capitaneado por João Gordo (Ratos de Porão) e pelo guitarrista Val Santos (Toyshop, Viper) que transforma hits da música brega em pauladas punk/hardcore. Completam a formação Rogerio Wecko (Laboratori, Nem Liminha Ouviu, Hostiland) na guitarra, Daniel Giometti no baixo e Guilherme Martin (Viper, Toyshop) na bateria.
O repertório gira em torno das várias versões presentes no álbum de estreia do projeto, como “Fuscão Preto” (Trio Parada Dura), “Sandra Rosa Madalena” (Sidney Magal) e “Tô Doidão” (Reginaldo Rossi). Também sobra espaço para músicas que não entraram no disco, como “Pavão Misterioso” (Ednardo), “Tropicana” (Alceu Valença) e “Atrás do Trio Elétrico” (Caetano Veloso).
Parece ousado, mas funciona e entretém, especialmente porque a sonoridade é bem mais orientada ao punk/HC clássico do que ao crossover thrash que consagrou Gordo no Ratos. Isso torna possível manter as melodias que tornam as canções identificáveis. A execução instrumental é perfeita, mas o show se torna atrativo devido ao carisma magnético de João – que, mesmo quase imóvel e lendo as letras a partir de uma pasta, consegue puxar a atenção do público com seu vocal característico e suas interações divertidas nos intervalos.
Gordo, aliás, estava claramente indignado – de uma forma divertida, é claro – por apresentar-se tão cedo. Reclamou, também na brincadeira, de tocar tantas músicas de Sidney Magal (três no total) e deixou claro que o Brutal Brega era apenas algo para ocupar sua mente durante a pandemia, mas ganhou corpo e tem rendido shows. A depender da reação do público, que até armou rodas punk ainda tímidas ao som dos hits adulterados, o projeto terá vida longa, ainda que aos trancos e barrancos pelas limitações atuais de seu frontman.
Repertório – Brutal Brega:
1. Fuscão Preto (sucesso com Almir Rogério e Trio Parada Dura)
2. Tenho (sucesso com Sidney Magal)
3. Ciganinha (sucesso com Carlos Alexandre)
4. Pavão Misterioso (Ednardo)
5. Amante Latino (sucesso com Sidney Magal)
6. Domingo Feliz (sucesso com Ângelo Máximo)
7. Pepino (Jacó & Jacozinho)
8. Feiticeira (Lindomar Castilho)
9. A Namorada Que Sonhei (sucesso com Nilton César)
10. Atrás do Trio Elétrico (Caetano Veloso e Moraes Moreira)
11. Sandra Rosa Madalena (sucesso com Sidney Magal)
12. Tô Doidão (sucesso com Reginaldo Rossi)
13. Pombo Correio (Moraes Moreira)
14. Tropicana (Alceu Valença)
Guia:
Voodoo Kiss – página 02
Brutal Brega – página 03
Benediction – página 04
Marc Martel – página 05
Crypta – página 06
Tributo a Andre Matos – página 07
Tuatha de Danann – página 08
Lord of the Lost – página 09
Skid Row – página 10
Bruce Dickinson (palestra) – página 11
Sepultura – página 12
Perturbator – página 13
Lamb of God – página 14
Stone Temple Pilots – página 15
Accept – página 16
Blind Guardian – página 17
Apocalyptica – página 18
Velvet Chains (início do segundo dia) – página 19
Krisiun – página 20
Grave Digger – página 21
Project46 – página 22
H.E.A.T – página 23
Bury Tomorrow – página 24
Vixen – página 25
Finntroll – página 26
Testament – página 27
The Winery Dogs – página 28
Beast in Black – página 29
Kreator – página 30
Electric Gypsy – página 31
Napalm Death – página 32
Avantasia – página 33
Sinistra – página 34
Parkway Drive – página 35
Stratovarius – página 36
Evergrey – página 37
Na verdade, eu fui pra ver o Marc Martel. Não só ele, claro. Mas ele era minha prioridade… E fiquei encantada com show. Amo o Queen e honestamente não gosto de outros cantores interpretando. Só o Marc.
Excelente festival para uma primeira edição no Brasil, organização e estrutura nota 9/10, local agradável, espaçoso e de fácil acesso.
Eu li no site do evento que a água seria potável, então imaginei que a água daquelas torneiras era potável e bebi várias vez. Inclusive vi muita gente bebendo. Acho que vou comprar um Annita, só por precaução.
O cartão de alimentação deveria ser gratuito e entregue na entrada, ganharam 7,00 de cada um.
O som estava realmente alto e isso afeta a audição, eu usei protetor de ouvidos de silicone, não atrapalha em nada e protege.
Soube que a vizinhança reclamou do volume, mas pelo menos ouviram 40 bandas de graça.
Notei algumas pessoas em cadeira de rodas e essas tiveram dificuldade de locomoção pelo evento.
Colocaram o Stratovarius no palco errado, o Ice Stage foi pequeno para o tamanho da banda e houve congestionamento na passarela. Muita gente teve que assistir ao lado dos banheiros e atrás das palmeiras.
Em relação aos banheiros, houve descaso da organização. Não tinha manutenção, nenhum funcionário colocando desinfetante ou lavando com água sanitária. Eu entrei com máscara, deixei a porta aberta e mesmo assim o mau cheiro de urina estava insuportável. As mulheres sofreram mais .
Gostaria de ver bandas de black metal no Summer Breeze 2024.
Minhas sugestões: Vader, And Oceans, Skyclad, Borknagar, In Flames, Amon Amarth, Rotting Christ, Acherontas, Dark Funeral, Melechesh, Dark Tranquility, Iced Earth, Solstafir, Anathema, Uganga, Arandu Arakuaa, Appalachian Winter, Eisregen, Enslaved, Satyricon, Taake, Ulver, Amorphis, Brujeria, Insomnium, Moonsorrow, Equilibrium, Einherjer, Possessed, Marauder, Iron Savior, Morgana Lefay, Arkona, Orphaned Land, Stille Volk, Sabaton, Arcturus, In Extremo, Agalloch, Mgla, Withim Temptation, Ad Infinitum, Pain Of Salvation, Vanden Plas, Royal Hunt, Limbonic Art, Rammstein.
Behemoth, Dimmu Borgir, Cradle of Filth e Cannibal Corpse sempre tocam em SP, mas seria bom ver novamente.
Creio que não teve mais gente por causa do Monsters, que foi uma semana antes e arrebenta o bolso do cidadão. Eu mesmo escolhi ir no Monsters, mas com grande vontade de ter ido ao Summer. No ano que vem, quem sabe.
Rapaz tenho a mesma opinião!! Difícil pensar que os organizadores não pensaram nessa questão de datas entre os festivais.
Acho que os dois festivais já estavam com data definida quando foram anunciados. Não daria para um mudar por conta do outro. Os dois se beneficiaram por ter feriado próximo (Monsters na sexta, Summer na segunda), o que facilita para quem vem de fora.