Crítica: “Star Wars: Visions” retorna ainda melhor em 2ª temporada

Mais diversa, nova leva de episódios consegue ser criativa mesmo sem fugir tanto da base original da franquia

Antologia animada de “Star Wars”, “Star Wars: Visions” retorna para sua segunda temporada mais diversa, criativa e, sinceramente, linda.

Nova estrutura

Quando foi lançada em 2021, “Star Wars: Visions” apresentou nove curtas animados produzidos por alguns dos maiores estúdios do Japão. Foi um sucesso, ainda que apenas o primeiro episódio tenha sido excepcional, com os outros variando entre fracos e médios. O que não dava para discordar é que o visual era impressionante em todos eles.

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Solta das amarras cronológicas do universo criado por George Lucas, “Visions” apresenta novos mundos inspirados na versão original, dando total liberdade para os novos criadores. Na primeira temporada isso resultou em visões drasticamente diferentes. A segunda vai por novos caminhos.

Em primeiro lugar, desta vez o Japão ficou com apena um episódio. O resto da temporada foi produzida por estúdios dos mais variados países, até alguns inesperados, como Chile e Irlanda.

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Por outro lado, essa nova leva cria narrativas que não fogem tanto da base original de “Star Wars”. E isso torna tudo mais interessante.

Fazer o que quiser facilita muito a vida dos animadores e roteiristas, mas ter parte da estrutura já pronta para seguir torna mais desafiador ser realmente criativo, se sobressair. Coisa que todos os curtas conseguem com louvor.

As histórias apresentadas desta vez despertam mais identificação com o fã da franquia, praticamente eliminando a possibilidade de estranhamento, mas sem nunca deixar de lado a originalidade, num equilíbrio bonito de se ver. E põe bonito nisso. A diversidade de países garante visuais diversos e nova sensibilidades, com fortes influências culturais.

Identidade própria

Os novos episódios de “Star Wars: Visions” alternam entre contos de esperança, outros com mais ação, um que pende para o terror e até alguns mais fofinhos – caso principalmente de “Eu Sou Sua Mãe”, o quarto episódio, produzido pela inglesa Aardman. Já a influência cultural é mais destacada no sétimo episódio, “Os Ladrões de Golak”, fruto do indiano 88 Pictures.

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A diversidade se estende também pelas vozes. O primeiro episódio, “Sith”, é do espanhol El Guiri Studios, tendo como protagonista a também espanhola Úrsula Corberó, mundialmente conhecida pela série “La Casa de Papel”.

Diferente da primeira temporada, dominada por uma incômoda inconsistência, desta vez temos nove episódios muito bons. Cada um encanta ao seu próprio modo.

Fica a torcida por mais e mais temporadas. Afinal, ainda temos muito estúdios e muitos países que merecem sua chance de compartilhar sua visão particular de “Star Wars”.

*“Star Wars: Visions” está disponível no Disney+.

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Leonardo Vicente Di Sessa
Leonardo Vicente Di Sessahttps://falaanimal.com.br/
Formado em Propaganda & Marketing, Leonardo Vicente acabou tragado pelo mundo dos quadrinhos e assuntos nerds, atuando como jornalista especializado na área desde 2001. Também revisor e editor, mantém o site Fala, Animal! e o podcast de mesmo nome, participando ainda da equipe da revista Mundo dos Super-Heróis e do podcast Mansão Wayne. É autor de livros como Os Cavaleiros das Trevas, O Homem que Ri e Prodígio: 80 Anos do Robin.

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