Monsters of Rock 2023 reúne Kiss em despedida, Scorpions, Deep Purple e mais

Marcado por pontualidade e poderio de seu lineup completo por Helloween, Candlemass, Symphony X e Doro, festival volta a acontecer no Brasil após 8 anos de hiato

Doro abre os trabalhos no Monsters of Rock

*Por Thiago Zuma

A honra de abrir a sétima edição do Monsters of Rock paulistano coube à rainha do metal, a alemã Doro Pesch, e sua banda solo, formada pelo baterista americano e seu fiel escudeiro Johnny Dee – que já a acompanha desde os anos 1990 – além do guitarrista holandês Bas Maas, também longevo companheiro da vocalista de mais de uma década.

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Completando o time para sua apresentação, estavam o baixista também alemão Stefan Herkenhoff e, como principal destaque para a quarta passagem de Doro pelo país, o guitarrista brasileiro Bill Hudson (talvez conhecido como Niuton Filho apenas pelos seus pais), de tantos outros projetos que, quando entrevistado sobre eles em pleno palco minutos antes de a banda começar sua apresentação, temeu-se pelo atraso no início do show caso ele nomeasse um por um.

Foto: Gustavo Diakov

Mas pontualidade foi a marca do Monsters of Rock e cerca de cinco minutos antes do horário agendado, já começou a tocar no sistema de som do Allianz Parque o tema de introdução para um público ainda pequeno, sob céu azul e o típico sol forte, mas não muito quente, do outono paulistano.

Doro Pesch subiu ao palco e não perdeu muito tempo, enfileirando de cara três clássicos de sua ex-banda Warlock, “I Rule the Ruins”, “Earthshaker Rock” e “Burning the Witches”. Quem chegou cedo provavelmente já estava predisposto a se empolgar assim como os músicos correndo o palco todo ao lado da animada cantora de 58 anos de idade.

Como Doro Pesch nunca escondeu que sua carreira solo é basicamente continuação do grupo alemão do qual fez parte entre 1983 e 1989, o repertório quase todo foi baseado em músicas do Warlock. Em certo momento parecia que a balada “Fur Immer” seria executada, com o brasileiro Bill Hudson posicionado para tocar teclado no palco, mas a vocalista chamou pela rápida “Hellbound”, ambas de sua ex-banda, e o show seguiu.

Apenas três músicas vieram de carreira solo da alemã, duas delas tiradas do álbum “Raise Your Fist” (2012): a quase faixa-título “Raise Your Fist in the Air” e “Revenge”, tocadas em momentos intermediários da apresentação e sem despertar reações muito animadas. A terceira, “All for Metal”, de seu trabalho mais recente, o duplo “Forever Warriors, Forever United” (2018) – cuja capa foi o pano de fundo do palco da apresentação da alemã –, veio como uma espécie de bis em contraclima para fechar o seu show.

Antes, “All We Are”, faixa de abertura de “Triumph and Agony” (1987), último disco do Warlock que chegou ao top 100 da Billboard, teve introdução com a bateria recitando “For Whom the Bell Tolls”, do Metallica, e colocou quem chegou cedo para cantar em coro o contagiante refrão junto com Doro. A música rendeu ainda coros à capella do público, sem acompanhamento instrumental mas sob os olhares felizes dos músicos, como se tornaria outra das marcas de apresentações futuras da edição do Monsters of Rock que apenas se iniciava.

*Fotos de Gustavo Diakov / @xchicanox. Role para o lado para visualizar todas. Caso as imagens apareçam pequenas, atualize a página.

Repertório – Doro:

  1. I Rule the Ruins (cover de Warlock)
  2. Earthshaker Rock (cover de Warlock)
  3. Burning the Witches (cover de Warlock)
  4. Fight for Rock (cover de Warlock)
  5. Raise Your Fist in the Air
  6. Metal Racer (cover de Warlock)
  7. Hellbound (cover de Warlock)
  8. Revenge
  9. All We Are (cover de Warlock)

Bis:

  1. All for Metal

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

3 COMENTÁRIOS

  1. Fui ontem ver o Deep Purple aqui em Curitiba.
    Na minha opinião o comentário ao qual vc escreve que foi um show fraco, palha, pueril (fui atrás do significado) , ou é de maldade, ou não curte, ou não viu.
    DEEP PURPLE É SELO DE GARANTIA!!!
    É LENDA!! É QUALIDADE!!!
    … ficar comparando com esse ou aquele é coisa de menininha ingrata, insatisfeita …de piazinho de prédio q nunca vai na rua jogar bola pois tem medo
    RESPEITA AS COISA DO ROCK … poser
    caso n tenha sido vc quem escreveu .. azar

    • Fabio, em nenhum momento qualquer pessoa neste site disse que o Deep Purple fez um show “fraco”, “palha” ou “pueril”. Nem eu, nem qualquer outro colaborador. Recomendo releitura atenta dos textos antes de publicar comentários.

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