Os bastidores do primeiro filme “Homem de Ferro”, que deu início ao UCM

Longa passou pelas mãos de alguns estúdios antes de retornar para a Marvel – que o fez ser um grande sucesso

O Universo Cinematográfico Marvel já pode ser considerado a franquia cinematográfica mais poderosa e rentável dos cinemas. Afinal de contas, seus filmes arrecadam bilhões de dólares em bilheteria e fazem grande sucesso entre o público. Se você é fã desses longas estrelados pelos personagens da Casa das Ideias, tem que agradecer e muito ao primeiro “Homem de Ferro”.

Afinal, o longa lançado em 2008 foi o primeiro da franquia cinematográfica – e já deixou bem claro o que os fãs poderiam esperar a partir dali. Só que antes de fazer parte deste universo compartilhado, vários estúdios tiveram os direitos de fazer um filme baseado no personagem, mas não conseguiram tirar a ideia do papel.

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Abaixo, vamos abordar toda a história e contexto por trás do primeiro “Homem de Ferro”, desde as ideias para o filme que não viram a luz do dia até curiosidades de suas filmagens. As informações são da Wikipédia, Good Morning America, E! News, Deadline e Pajiba.

Os estúdios que não gravaram o primeiro “Homem de Ferro”

Em abril de 1990, o estúdio Universal comprou da Marvel os direitos para fazer um filme do herói – lembre-se que a Marvel Studios ainda não existia na época –, mas em fevereiro de 1996, eles passaram para as mãos da Fox.

O roteirista Jeff Vintar juntou forças com Stan Lee, cocriador do personagem, e os dois escreveram um roteiro para o longa, em que Tony Stark teria sua origem modificada e o grande vilão seria M.O.D.O.K.

Neste meio tempo, dois atores de renome expressaram seu desejo de interpretar o personagem nas telonas: Nicolas Cage e Tom Cruise. Enquanto isso, Quentin Tarantino chegou a ser procurado para a direção.

Em dezembro de 1999, ocorreu uma nova mudança nos planos, já que a Fox vendeu os direitos do Homem de Ferro para a New Line. Ao longo do início dos anos 2000, o filme ganhou diferentes roteiros.

Um deles, por exemplo, teria uma participação especial de Nick Fury – como acabou acontecendo no primeiro filme do herói. Outro teria o Mandarim como vilão e Pepper Potts como interesse amoroso de Tony Stark. E em uma terceira versão, o herói teria de enfrentar o próprio pai, Howard Stark, que se tornaria o Máquina de Combate.

Como sabemos, nenhumas destas ideias saiu do papel. Em 2005, Tom Cruise revelou que estas indefinições o fizeram desistir de interpretar o personagem.

“Não vai acontecer. Não comigo. Até me procuraram em um momento, e vocês sabem, quando faço algo, quero fazer certo. Se eu me comprometo a algo, precisa ser feito de um jeito que faça parecer especial. Não pareceu para mim que ia dar certo.”

No final das contas, os direitos do personagem retornaram para as mãos da Marvel.

Em novembro de 2005, a Casa das Ideias anunciou que “Homem de Ferro” seria o primeiro filme lançado de forma independente pela Marvel Studios, sem o envolvimento de qualquer outro estúdio.

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A Marvel escolheu o personagem por um simples motivo: era o único personagem de destaque da empresa que ainda não havia aparecido em um filme live-action.

“Homem de Ferro”, enfim, sai do papel

O projeto começou a ganhar forma em abril de 2006, com a contratação de Jon Favreau – que interpretou o personagem Happy Hogan no filme.

Duas duplas de roteiristas (Art Marcum/Matt Hollway e Mark Fergus/Hawk Ostby) escreveram duas histórias distintas para o filme. Favreau gostou tanto delas que se tornaram apenas uma.

Para viver o herói, o diretor queria, inicialmente, um ator relativamente desconhecido para o papel de Tony Stark. Depois, procurou Sam Rockwell e quase fechou com ele.

No entanto, Favreau mudou de ideia justamente após ver o teste de Robert Downey Jr. Para o Deadline, o astro revelou que se preparou intensamente para garantir que ninguém tomasse o papel de suas mãos.

“Me preparei para o teste tão fervorosamente que, literalmente, ficou impossível para qualquer um fazer um trabalho melhor. Nunca havia trabalhado desse jeito anteriormente. Em um momento do teste, fiquei tão ansioso que quase desmaiei.”

Para o jornal USA Today, Jon Favreau afirmou que escolheu Downey Jr. por conta dos problemas que o ator enfrentou no passado.

“Os melhores e piores momentos da vida de Robert foram expostos ao público. Ele teve de encontrar um balanço para ultrapassar os obstáculos que iam além de sua carreira. Esse é o Tony Stark.”

Caso não se lembre, entre o final dos anos 1990 e o início dos 2000, Robert Downey Jr. teve muitos problemas por conta do seu vício em drogas, o que até lhe rendeu um período na prisão.

Justamente por conta deste passado turbulento, muitos executivos da Marvel torceram o nariz para a escolha de Downey Jr., mas Favreau conseguiu convencê-los de que era a melhor opção.

Com o passar dos meses, o filme foi ganhando forma com a escolha dos demais nomes do elenco: Terrence Howard e Gwyneth Paltrow foram escalados para viver James Rhodes e Pepper Potts, respectivamente.

Favreau e a produção apenas tiveram dificuldade em escolher o vilão do filme. O Mandarim, considerado o maior antagonista do herói nos quadrinhos, foi a escolha inicial, mas no final das contas, o posto ficou a cargo de Obadiah Stane, que foi interpretado por Jeff Bridges.

As filmagens de “Homem de Ferro”

O primeiro filme independente da Marvel foi gravado entre março e junho de 2007 e esteve cercado de várias curiosidades.

Uma delas, por exemplo, foi a decisão de “Homem de Ferro” se passar em Los Angeles – mais precisamente, na famosa vizinha Malibu. Afinal, os filmes recentes do gênero praticamente apresentavam heróis que atuavam em Nova York ou cidades baseadas na Big Apple, como é o caso de Gotham.

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Outra curiosidade que vale ser mencionada é que a maior parte dos diálogos do filme foram improvisados. O motivo é que a produção focou em uma história que fizesse sentido e tivesse ação ao invés de desenvolver as falas dos personagens.

Esta decisão também abriu espaço para a criatividade. Por exemplo, a cena em que Tony Stark decide se sentar no chão para uma coletiva de imprensa, após fugir do cativeiro, a ideia veio do próprio Robert Downey Jr.

No entanto, esta opção também teve seus contratempos: muitos executivos da Marvel não a aprovaram durante visitas que fizeram aos sets de filmagens.

Em entrevista para a ABC News, Jeff Bridges confirmou o fato, além de ter gostado da experiência.

“Foi uma ótima experiência. Chegávamos pela manhã, nos encontrávamos em nossos trailers e tentávamos descobrir o que seria gravado naquele dia. Nós ensaiamos por algumas semanas antes de gravarmos o filme. Tentamos melhorar o roteiro com Robert e o Favreau, mas a Marvel nos disse: ‘não, assim está bom’. Então, eu dizia: ‘o que vamos fazer?’. Então, começávamos a escrever cada uma das cenas pela manhã!”

Por fim, outra decisão tomada por Robert Downey Jr. deu início a costume dos filmes do Universo Cinematográfico Marvel: de que seus heróis não escondem suas identidades reais do público.

Foi do ator a ideia de fazê-lo dizer “eu sou o Homem de Ferro” na cena final do filme. Para o Deadline, Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, revelou que esta foi uma decisão pra lá de corajosa e arriscada – afinal, nos quadrinhos da Marvel, os personagens faziam o possível para proteger suas identidades -, mas que a produção topou bancá-la.

“Foi uma ótima fala. Se você muda algo sem ter uma razão, é uma coisa, mas mudar algo por você querer redobrar o espírito do personagem? É uma mudança que vamos fazer. Tony Stark deixa de ler aquele cartão sem ter uma história fixa? Ele apenas dizendo ‘eu sou o Homem de Ferro’? Me pareceu adequada para quem o personagem é.”

O primeiro filme do “Homem de Ferro”, como sabemos, foi um grande sucesso: ele possui 94% de aprovação no Rotten Tomatoes e arrecadou US$ 585,5 milhões em bilheteria, com um orçamento de US$ 140 milhões.

Além disso, o longa fez Robert Downey Jr. retomar o estrelato, por conta dos problemas que teve no passado, e pavimentou o caminho para poderoso Universo Cinematográfico Marvel, que conta com inúmeros filmes e séries lançados desde então.

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Augusto Ikeda
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Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atua no mercado desde 2013 e já realizou trabalhos como assessor de imprensa, redator, repórter web e analista de marketing. É fã de esportes, tecnologia, música e cultura pop, mas sempre aberto a adquirir qualquer tipo de conhecimento.

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