Def Leppard e Mötley Crüe fazem espetáculo hard em SP que merecia mais fãs

Shows competentes das bandas ocorreram em um Allianz Parque com capacidade reduzida e ainda assim com lugares sobrando, o que é uma pena

Ao fim de seus shows, tanto Def Leppard quanto Mötley Crüe disseram que vão voltar ao Brasil. Não colocaram um prazo e pode até ser aquele tipo de conversa para agradar fã. Mas disseram.

Diante do que se viu no Allianz Parque, em São Paulo, na última terça-feira (7), é difícil imaginar que os grupos retornem. Se ocorrer, deve ser em algum contexto de festival. E definitivamente não é por culpa das bandas, que entregaram bons shows, cada uma a seu modo.

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*Fotos registradas de celular devido ao não-credenciamento de fotógrafo para as apresentações.

O dilema do público

Respeitado jornalista da área musical, André Barcinski costuma dizer que o rock brasileiro dos anos 1980 não era dono do sucesso que diziam fazer. As paradas da época mostram que outros gêneros sempre estiveram à frente do segmento. Dá para estender a análise para o rock como um todo: na década de 1980, o gênero não bombava no país.

A situação mudou na década seguinte com a possibilidade de criação de nichos de público. MTV, surgimento ou crescimento de rádios rock, frequência maior de shows internacionais… tudo isso ajudou o estilo a florescer. Não à toa, há bandas dos anos 1990 que até hoje fazem grande sucesso por aqui.

No caso dos grupos da década de 1980, salvo raras exceções, ficaram limitados a uma exposição em massa por intermédio de trilhas sonoras de novelas. Nem isso Def Leppard e Mötley Crüe tiveram. O primeiro grupo citado até ganhou uma versão brasileira para a música “Love Bites” feita pelo Yahoo, rebatizada “Mordidas de Amor” e inserida na trilha sonora de “Bebê a Bordo”. Mas parou por aí.

Isso fez Leppard e Crüe demorarem a vir ao Brasil. A primeira mencionada estreou por aqui em 1997, com shows vazios no Rio (relembrado pelo guitarrista Phil Collen em entrevista ao site) e São Paulo (originalmente com duas datas, mas uma foi cancelada pela baixa venda de ingressos). Voltaram em 2017, para tocar no Rock in Rio (do qual fariam parte em 1985, mas cancelaram devido ao atraso nas gravações do álbum “Hysteria”) e em minifestivais em SP (com Aerosmith) e Porto Alegre (com The Who). Apresentações lotadas, mas não por causa do grupo britânico. Já no caso do Mötley, o debut em território nacional ocorreu em 2011, no antigo Credicard Hall, para cerca de oito mil pessoas. Retornaram em 2015, com sua turnê de despedida, para um show no Rock in Rio onde a gigantesca maioria do público estava presente para ver o Metallica.

Pulamos para 2023, quando as bandas de hard rock anunciaram três shows no Brasil como parte da “The World Tour”, desdobramento da “The Stadium Tour” – que, como indicado, era uma turnê de estádios, com estrutura e logística para tal. Duas datas, em Curitiba e Porto Alegre, foram canceladas por “problemas logísticos” – leia-se baixa procura. O compromisso em São Paulo foi mantido, mas com diversas promoções de ingressos na tentativa de acelerar as vendas.

Em vão. A apresentação precisou ser realizada com seu palco montado quase ao meio do estádio, com a pista premium ocupando um espaço bem maior que a comum. E mesmo assim havia espaços vazios bem nítidos. A organização do evento ainda não divulgou estimativa de público, mas não é exagero pensar que houve ocupação de menos de 50% da capacidade máxima para mais de 40 mil pessoas.

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É culpa de quem? Das bandas, que não vieram ao país em seu momento de auge – embora apresentações internacionais de rock no Brasil fossem raros nesse período? Da produção, que colocou o evento em uma terça-feira – embora o Imagine Dragons também tenha sido numa terça, no mesmo local, mas com casa cheia? Do público, que não comprou a ideia – ainda que tivesse desculpas como excesso de shows gringos no calendário atual e ingressos em valores altos? Difícil saber. Porém, é fácil deduzir que talvez esses grupos não retornem. O que é uma pena.

Edu Falaschi, peixe fora d’água

Antes dos shows principais, o evento contou com abertura de Edu Falaschi e sua banda, formada por Raphael Dafras (baixo), Roberto Barros e Diogo Mafra (guitarras), Jean Gardinalli (bateria), Raissa Ramos e Fabio Caldeira (backing vocals) e Fabio Laguna (teclados). O ex-vocalista do Angra apresentou um set curto, de apenas cinco músicas, sendo quatro de sua antiga banda (“Acid Rain”, “Heroes of Sand”, “Bleeding Heart” e “Nova Era”) e uma do álbum solo “Vera Cruz” (“Fire with Fire”). Na correria, nem deu para atender ao sonoro pedido de “Saint Seiya” em referência a “Pegasus Fantasy”, canção de abertura de “Os Cavaleiros do Zodíaco” interpretada pelo artista.

Houve quem questionasse a escalação de Falaschi, nome consagrado no power metal, para anteceder duas bandas de hard rock. Logo ao fim da primeira canção do set, “Acid Rain”, ele tratou de garantir: “meu coração é mega hard rock”. Não é mentira, já que o cantor trouxe tal influência para algumas de suas composições no Angra. Além disso, era preciso ter um nome experiente no palco naquele momento. Não é qualquer um que faz show em estádio.

Por outro lado, a sensação era de que Edu e sua afiadíssima banda eram peixes fora d’água. O público demorou a se convencer pelo show do cantor. Quando as reações começaram a ser mais efusivas, já estava na hora de acabar. Nesse ponto, a montagem do setlist e a fluidez da apresentação não foram bem pensadas. Eram 30 minutos, então dava para tocar mais músicas se fossem curtas, considerar medleys, puxar o público “à força” sem deixar ninguém respirar. Os diálogos e interações entre as canções tomaram um tempo precioso.

Além disso, Falaschi não parecia estar em um bom dia. Como no show que cobrimos no último mês de agosto, oscilou em sua performance. Caprichou nos agudos, mas falhou ao cantar em passagens mais graves. Por vezes, foi ofuscado pela própria banda, que mandou muito bem do início ao fim – com destaque a Jean Gardinalli, que tem substituído Aquiles Priester com excelência, e ao apoio de Raissa Ramos e Fabio Caldeira, que em determinadas ocasiões se tornam vocalistas principais.

  1. Acid Rain (Angra)
  2. Fire with Fire
  3. Heroes of Sand (Angra)
  4. Bleeding Heart (Angra)
  5. Nova Era (Angra)

Mötley Crüe 2.0 enhanced

A versão 2023 do Mötley Crüe é bem melhor que a de 2015, trazida ao Brasil para show no Rock in Rio. Pronto, falei. E não é só pela presença do guitarrista John 5 na vaga de Mick Mars, aposentado em função do avanço dos problemas de saúde que o debilitam há décadas. O grupo completo por Vince Neil (voz), Nikki Sixx (baixo) e Tommy Lee (bateria) parece ter encontrado a maturidade musical necessária para encarar grandes shows, depois de tantos anos fazendo apresentações contestadas até mesmo pelos fãs.

Foto: Igor Miranda

Cinco minutos antes do horário previsto para o início do set, a missa fúnebre “Requiém em ré menor”, de Wolfgang Amadeus Mozart, começou a ser tocada nas caixas de som. Foram cinco minutos ouvindo a obra, que só aumentou ainda mais a expectativa de um público que começava a se aglomerar no Allianz Parque. Pontualmente às 19h30, um vídeo simulando uma reportagem de jornal hackeada chega a citar o nome de São Paulo, mas deixou muita gente boiando por ter textos relativamente longos em inglês.

O vídeo ao menos indicou que pelas próximas duas horas (na verdade, uma hora e meia), a comunicação seria apenas musical. E ninguém precisava de palavras quando se tinha o riff de “Wild Side” na sequência. Neste clássico, perfeito para abrir o show de uma banda como o Mötley Crüe, percebe-se um dos grandes trunfos da banda atualmente: desacelerar a performance. Os integrantes enfim perceberam que Vince Neil – que nunca foi lá um grande vocalista, mas funciona incontestavelmente nessa banda – tinha problemas de fôlego. Desse modo, tanto a abertura quanto todas as faixas seguintes foram tocadas em um ritmo mais lento. Deu certo.

Foto: Igor Miranda

“Shout at the Devil”, na versão de 1997, destacou elementos de palco como a iluminação dos pedestais de microfone, em formato de caixão com crucifixo invertido, e as artes no telão. “Too Fast for Love” marcou a primeira ocasião em que os músicos utilizaram a área estendida do palco, que se esticava e levava até o meio da plateia. Com a presença e a mobilidade de John 5, toda a banda ganhou em dinâmica visual – o que também é importante em um espetáculo desse porte.

Na sequência, o set oscilou entre momentos muito e não tão celebrados. “Don’t Go Away Mad (Just Go Away)”, com Vince Neil recebendo seu violão de uma das backing vocals do Nasty Habits – duo formado por Bailey Swift e Hannah Sutton – em figurino ousado, esteve entre as canções melhor recebidas pelo público. “Saints of Los Angeles”, ainda que tenha oferecido a melhor intepretação do vocalista na noite – apesar dos backing vocals e alguns outros trechos aparentemente pré-gravados –, já não empolgou tanto.

Funcionou da mesma forma com a intensa “Live Wire” (tendo como destaque à parte lenta em seu miolo) e a audaciosa “Looks That Kill” (com telões tendo mais Nasty Habits sensualizando do que os próprios integrantes principais) antecedendo a morna “The Dirt (Est. 1981)”, cuja execução embolada pareceu ter entregue novamente o uso de vozes pré-gravadas até nas principais. Mas o melhor estava para a segunda metade da noite.

A partir daqui, o Mötley ganhou até seu maior hater na base do carisma, seja nos momentos de diálogo ou de música. Começou com Nikki Sixx, que foi à frente do palco com uma bandeira do Brasil, agachou-se tampando o rosto (como se estivesse chorando), fez competições do tipo “Colômbia ou Brasil?” e “México ou Brasil?” e chamou uma jovem fã para o palco com o intuito de destacar seu orgulho pela renovação do público. Ao perguntar se a admiradora queria dizer algo, ouviu um pedido: “você pode me dar seu baixo?”.

O baixista então apresentou John 5, que fez um solo de guitarra que foi de “Eruption” (Van Halen) a “Jordan” (Buckethead) e com técnicas trafegando do country, com a palhetada híbrida, ao heavy metal, via sweep picking. Em seguida, um medley bem pensado reuniu versões parciais ou completas de “Rock and Roll Pt. 2” (Gary Glitter), “Smokin’ in the Boys Room” (Brownsville Station), “Helter Skelter” (Beatles), “Anarchy in the U.K.” (Sex Pistols) e “Blitzkrieg Bop” (Ramones).

Foto: Igor Miranda

Antes da balada ponto-alto “Home Sweet Home”, que ganhou uma bela interpretação com parte inicial mesclando piano e violão, o baterista e pianista Tommy Lee surgiu diante do palco para dizer que adoraria morar no Brasil (“pela natureza e pelas mulheres”) e pedir que as mulheres subissem nos ombros dos rapazes para mostrar os seios. Muitas atenderam somente a primeira parte da solicitação, mas Lee garantiu que havia visto as melhores “ta-tas” da América Latina.

“Dr. Feelgood” talvez tenha sido a que mais sofreu pela transformação para andamento mais lento, enquanto “Same Ol’ Situation (S.O.S.)” trouxe uma performance vocal abaixo do esperado de Vince. Ambas foram bem recebidas pelo público, que ainda se mostrou empolgado para a clássica “Girls, Girls, Girls” e suas bonecas infláveis gigantescas erguidas nas laterais do palco. O detalhista John 5 tocou até mesmo o fraseado final da canção, algo que Mick Mars não fazia.

Bem que Nikki Sixx tentou, mas “Primal Scream” não levantou o público como esperado. Uma pena, pois foi uma das melhores do show e contou com execução irretocável. John 5 usou um arco de violino para introduzir a faixa final “Kickstart My Heart”, que encerrou a noite em ótimos termos com o público brasileiro a ponto de apagar a má impressão deixada em 2015.

Foto: Igor Miranda
  1. Wild Side
  2. Shout at the Devil
  3. Too Fast for Love
  4. Don’t Go Away Mad (Just Go Away)
  5. Saints of Los Angeles
  6. Live Wire
  7. Looks That Kill
  8. The Dirt (Est. 1981)
  9. Solo de guitarra de John 5
  10. Medley: Rock and Roll, Part 2 (Gary Glitter) / Smokin’ in the Boys Room (Brownsville Station) / Helter Skelter (Beatles) / Anarchy in the U.K. (Sex Pistols) / Blitzkrieg Bop (Ramones)
  11. Home Sweet Home
  12. Dr. Feelgood
  13. Same Ol’ Situation (S.O.S.)
  14. Girls, Girls, Girls
  15. Primal Scream
  16. Kickstart My Heart

Def Leppard, melhor ao vivo

Ainda que tenha sido uma das bandas mais copiadas da década de 1980, o Def Leppard é bem 8 ou 80 entre o público. Quem gosta, ama. Quem não gosta, odeia. Mas o show feito no Allianz Parque mostrou que há mais motivos para adorar do que repudiar o grupo formado por Joe Elliott (voz), Phil Collen e Vivian Campbell (guitarras), Rick Savage (baixo) e Rick Allen (bateria).

Um deles reside no fato de que mesmo após décadas de carreira, o Leppard soa melhor ao vivo do que em estúdio. É bem verdade que mesmo em cima do palco as opções de timbres são em demasia pasteurizadas, mas há uma dose extra de “punch” que faz tudo soar mais interessante no face a face.

Foto: Igor Miranda

A escolha por “Take What You Want” para a abertura foi ousada. Ter a primeira das três faixas do novo álbum “Diamond Star Halos” logo no início do show poderia deixar ainda mais morno um público já cansado pela maratona anterior. Curiosamente, funcionou bem, até por ser uma das melhores canções do disco. E mesmo se caísse mal, seria sucedida por “Let’s Get Rocked”, hino cativante do álbum “Adrenalize” (1992).

“Animal”, a primeira do disco “Hysteria” (1987) a surgir, impressiona pela exatidão na reprodução dos timbres. Soa como no álbum, só que ainda melhor. Limada do show de 2017, “Foolin’” voltou e foi muito bem recebida, assim como o hit “Armageddon It”, que enfim pôs holofotes em Vivian Campbell – muito mais contido aqui do que em seus outros projetos, do passado com Dio e Whitesnake ao presente com o Last in Line.

Sabe-se lá por qual motivo “Kick”, outra faixa do novo álbum, trouxe os escritos “wall of death” no palco. Foi mais divertido pensar em um wall of death rolando num show do Def Leppard do que acompanhar a genérica canção. “Love Bites”, porém, retomou a atenção do público – inclusive dos engraçadinhos que resolveram cantar a letra de “Mordida de Amor”.

Foto: Igor Miranda

A grudenta “Promises” representou com louvor o esquecido álbum “Euphoria” (1999) e antecedeu o belo momento acústico com “This Guitar”, indicando que não há playback em nenhuma das vozes do Def Leppard, e “When Love and Hate Collide”, com entrada da banda após o primeiro refrão. A chatinha “Rocket”, felizmente, não sugou o ânimo da ótima “Bringin’ On the Heartbreak”, surpreendentemente bem recebida pelo público – será que por conta da versão de Mariah Carey?

A instrumental “Switch 625” serviu como descanso a Elliott, com solos de guitarra por Phil Collen e de bateria por Rick Allen, e ao público antes da sequência matadora formada por “Hysteria” (uma das melhores do set), “Pour Some Sugar on Me”, “Rock of Ages” e “Photograph” (exibindo até fotos de fãs tiradas horas antes do show, já dentro do estádio). Quem saiu reclamando dessas quatro músicas não tem coração.

Quando entrevistei Collen, o guitarrista disse que o Def Leppard, tecnicamente, era melhor ao vivo do que nomes como Led Zeppelin, Rolling Stones e Queen. Uma declaração ousada, é claro. Mas com um show tão redondo, dos vocais e backing vocals afiados às performances instrumentais irretocáveis, fica difícil para o músico não se empolgar.

Foto: Igor Miranda
  1. Take What You Want
  2. Let’s Get Rocked
  3. Animal
  4. Foolin’
  5. Armageddon It
  6. Kick
  7. Love Bites
  8. Promises
  9. This Guitar
  10. When Love and Hate Collide (parcialmente acústica)
  11. Rocket
  12. Bringin’ On the Heartbreak
  13. Switch 625 – solos de guitarra e bateria
  14. Hysteria
  15. Pour Some Sugar on Me
  16. Rock of Ages
  17. Photograph

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Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

6 COMENTÁRIOS

  1. Sinceramente, eu não consigo entender qual a surpresa com o fracasso de público desse show. São duas bandas que nunca fizeram sucesso no Brasil. Não estou dizendo que não tem fãs e que não têm seu valor. Muito pelo contrário. São duas bandas que marcaram seu nome na história do rock. Mas, no Brasil não tiveram o sucesso do Kiss e Bon Jovi, por exemplo. Motley Crue e Def Leppard são bandas para tocarem em ginásios ou casas de shows, nada mais que isso. É frustrante para as bandas e um enorme prejuízo para os contratantes.

  2. O sistema de vendas de ingressos pela internet é uma farsa. Eles abrem a venda e em dez minutos acabam os ingressos. Não sei qual é essa mágica que deixa tanta gente de fora, sendo que nos anos 80 ninguém deixaria um show desse passar, fosse a hora que fosse, o dia que fosse. A unica dificuldade em comum até hoje é a grana, mas nem tanto: hoje em dia os ingressos estão muito mais caros.

  3. Uma curiosidade aleatória para os fans de Def Leppard : Tem representação brasileira no video novo! eu e meu marido fizemos o vídeo clipe da nova música Kick 🙂
    Somos o casal do clipe!
    Surreal para mim, pois sempre amei a banda e depois de mais velha ter essa oportunidade foi bem louco de acreditar.

  4. Uns 10 anos atras era mais viável viajar, por exemplo de BSB onde eu moro, para ver shows de banda do porte de Def Leppard e Motley Crue. E ainda tinha mais show em BSB tb.

    Gostaria de ter ido, mas a combinação de ingresso caro, taxa de inconveniencia absurda, passagem e estadia absurdas, e até o taxi/uber/99 da volta começando a ficar proibitivos, eu desisti (desisti do The Cure e Helloween do ano passado por exemplo).

    Fico guardando meu dinheiro para bandas que eu gosto mais (Iron Maiden, talvez Manowar este ano). Nesses show grandes de SP tem muita gente de fora, e tenho certeza que muitos deixaram de ter tanta grana sobrando para ir em vários show por ano.

    Ainda, se o público já foi pequeno em Sampa, imagina alguma empresa de evento querer trazer esse tipo de show para BSB? Nem pensar…

    Uma pena.

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