Como a filha de Dee Snider o fez entender e respeitar o metal extremo

Para vocalista do Twisted Sister, headbangers mais velhos precisam de alguém que os "pegue pela mão" para apresentar novos sons

Ao lado do Twisted Sister, Dee Snider conquistou o status de ícone do hard rock oitentista, mas mostrou por meio de sua carreira solo que não está engessado neste subgênero. Com seus trabalhos mais recentes, aproximou-se do heavy metal. Em “Leave a Scar”, álbum de 2021, entregou até vocais guturais com a colaboração de George “Corpsegrinder” Fisher (Cannibal Corpse) na faixa “Time to Choose”.

Inicialmente resistente ao som mais pesado, Snider revelou em entrevista ao Loudwire como se aproximou do metal extremo graças aos filhos e qual o elemento necessário para popularizar as músicas pesadas.  O frontman trouxe à tona que considerou o som de Cannibal Corpse “um lixo” no primeiro contato que teve com a banda. 

“Um novo disco chegou – Cannibal Corpse – e eu coloquei para tocar e estava lendo a letra. Eu estava mortificado. Isso não é uma metáfora, não é um sonho como era o “The Number of the Beast” [do Iron Maiden]. […] Achei um lixo. Como fã de metal, fiquei horrorizado. Levei um tempo para me adaptar a esse som vocal. Meus filhos são headbangers e me educaram, agora entendo as palavras. Mas foi um choque, sem dúvida.”

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Snider apontou sua filha, Cheyenne, como responsável por ajudá-lo a se adaptar ao som do metal extremo.

“Eu realmente tenho que dar crédito à minha filha, Cheyenne. Meus filhos são todos headbangers e as novas bandas de que gostavam ainda eram bandas melódicas, em sua maioria. […] Foi aí que comecei a entender o que estava acontecendo e então Cheyenne, minha filha, a mais brutal da família, me levava a todos esses shows. De repente estou ouvindo a música no carro com ela e começo a entender o que está acontecendo e ela está me ensinando. Talvez seja disso que os fãs mais velhos precisam, alguém que os pegue pela mão e os mostre.”

Dee Snider e Bring Me the Horizon

Por fim, Dee Snider citou a evolução da banda Bring Me the Horizon para apontar os refrões melódicos como elementos essenciais para o som pesado atingir públicos maiores. 

“Algumas das maiores bandas de hardcore realmente chegam lá quando trazem alguma melodia. Olhe para Bring Me the Horizon – seu primeiro álbum não tinha nenhuma melodia de Oli Sykes. Também sou amigo desses caras, por causa da minha filha. Mas agora eles tiveram um avanço quando adicionaram um refrão que é melódico com os vocais rosnados.

Encontrar esse equilíbrio ajuda a educar as pessoas e os leva a um público maior.”

Cheyenne Snider

Em março de 2020, o nome de Cheyenne Snider ganhou destaque após a jovem ficar presa no Peru por conta do lockdown decretado pelo avanço da pandemia do covid-19. A quarentena obrigatória atingiu centenas de turistas que visitavam países sul-americanos como Argentina e Honduras. 

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Por meio das redes sociais, Dee Snider se manifestou e trouxe a público a situação da filha isolada em uma região remota do país. Cheyenne retornou para os Estado Unidos semanas após o fechamento das fronteiras peruanas, ainda em março daquele ano.

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Tairine Martins
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Tairine Martins é estudante de jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Administra o canal do YouTube Rock N' Roll TV desde abril de 2021. Instagram: @tairine.m

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