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A opinião de Robert Plant sobre “Achilles Last Stand”, do Led Zeppelin

Faixa do álbum “Presence” teve influências da mitologia e da música oriental em sua composição

O Led Zeppelin possui várias letras com influências mitológicas. Mas nenhuma delas é mais forte que a de “Achilles Last Stand”. Quem tem essa opinião é ninguém menos que o vocalista Robert Plant.

Em entrevista à revista Vulture, o cantor falou sobre a música do álbum “Presence” (1976) ao ser questionado sobre qual carregaria esse simbolismo de maneira mais contundente.

“Pode não ser imediatamente reconhecível como tal, mas eu escolheria ‘Achilles Last Stand’. Grande parte da minha contribuição lírica e melódica se faz presente nessas canções de jornada. Pense em ‘No Quarter’, ‘The Song Remains the Same’, ‘Kashmir’ ou ‘Ramble On’. Quando adolescente, fui atraído pelo trabalho de C.S. Lewis e Lewis Spence, além das obras então desconhecidas, ou quase esquecidas, de J. R. R. Tolkien. Mais tarde, na adolescência, comecei a ler Beowulf e as sagas, que refletiam uma espécie de conexão mais profunda com as ilhas, que são minha casa. Sou um sujeito do Black Country, de Staffordshire.”

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Apesar de toda a grandiosidade épica, Plant destaca que a analogia foi feita a partir de um problema pessoal que enfrentava à época.

“No caso de ‘Achilles Last Stand’, passei algum tempo na Grécia, provavelmente cerca de seis ou sete meses, depois de um acidente de carro em 1975. Não conseguia andar. A letra dessa música em particular refere-se à necessidade absolutamente desesperada de sair da prisão, da cadeira de rodas ou de toda a síndrome de estar preso onde quer que eu esteja. Eu ansiava por voltar para as montanhas do Atlas, para o lugar onde havia consolo e alegria, mas ao mesmo tempo, intriga e aventura.”

Led Zeppelin e o álbum “Presence”

Todas as faixas de “Presence” são creditadas a Robert Plant e Jimmy Page, exceção a “Royal Orleans”, atribuída à banda toda. O grupo não se valeu de teclados durante as sessões, além de ter limitado bastante o uso de violões.

O álbum chegou ao primeiro lugar nos Estados Unidos e Inglaterra. Vendeu mais de 7 milhões de cópias em todo o mundo. Não houve turnê de divulgação. Apenas duas canções foram tocadas ao vivo pela banda: a própria “Achilles Last Stand” e “Nobody’s Fault But Mine”. Posteriormente, Page e Plant executariam “Tea For One” em seus shows como duo.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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