Edu Falaschi faz show incrível em SP com sinergia entre público, orquestra e banda

Carisma de vocalista aliado a poderio técnico de instrumentistas e convidados especiais ofereceram entretenimento de qualidade no Tokio Marine Hall, encerrando a turnê “Vera Cruz”

O Tokio Marine Hall, em São Paulo, recebeu no último sábado (21) um show digno da grandeza do heavy metal brasileiro. A noite especial foi comandada por Edu Falaschi, acompanhado por sua banda formada por Aquiles Priester (bateria), Roberto Barros (guitarra), Diogo Mafra (guitarra), Fábio Laguna (teclados) e Raphael Dafras (baixo), além da Orquestra Sinfônica Jovem de Artur Nogueira, regida pelo maestro Ricardo Michelino, que abrilhantou o show e fez a noite mais que especial.

*Texto de Caio Maranho Maia, fotos de Jeff Marques / @mulekedoidomemo

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Edu Falaschi e banda com pé no acelerador

Com a casa quase totalmente lotada, Edu e banda começaram o show com o pé no acelerador ao mesclar canções do Angra com do álbum “Vera Cruz” (2021). A sequência “Nova Era”, “Fire with Fire”, “Acid Rain” e “Sea of Uncertainties” foi cantada a plenos pulmões pelos presentes, que estavam em sintonia com os músicos. Deve-se destacar como as faixas de “Vera Cruz” foram bem aceitas pelo público, que não se mostrou desanimado.

Após os músicos serem apresentados, uma surpresa entrou no repertório: “Caça e Caçador”, gema preciosa do Angra que adapta ao português “Hunters and Prey”, foi performada com direito a um solo de sanfona tocado por um dos integrantes da orquestra. “Crosses” e “Temple of Hate”, em seguida, ofereceram holofotes à cozinha com Dafras e Aquiles – este último demonstrando muita técnica e pegada mesmo em peças de batida tão rápida.

Os primeiros convidados da noite foram introduzidos: Tito Falaschi e Rodrigo Arjonas, ex-integrantes do Symbols, tocaram em violões junto do frontman duas músicas dos tempos de Edu pré-Angra: “What Can I Do” e “Hard Feelings”. Aqui, a performance de Fábio Laguna no acompanhamento se mostrou essencial.

Sequência de clássicos

“Heroes of Sand”, clássico do Angra, foi dedicada ao pai do vocalista Christan Passos (Wizards), falecido no sábado (21). Em função disso, Passos, um dos convidados anunciados, não pôde se apresentar. Para fechar aquela etapa do repertório, mais uma dobradinha entre presente e passado: “Mirror of Delusion”, oriunda de “Vera Cruz”, e “Ego Painted Grey”, surpresa vinda do álbum “Aurora Consurgens”.

O terço final do setlist foi destinado aos clássicos. A balada “Bleeding Heart” ganhou boa versão com o convidado Andria Busic (Dr. Sin). “Arising Thunder” colocou em evidência a orquestra, enquanto a cozinha de Dafras e Priester voltou a se mostrar sólida em “Angels and Demons”. “Pegasus Fantasy”, trilha de “Os Cavaleiros do Zodíaco”, fez o público delirar e cantar a plenos pulmões. Um cover de “The Wicker Man” (Iron Maiden), por sua vez, trouxe nova participação de Tito Falaschi. Para fechar de vez, rolaram “Rebirth”, acompanhada em uníssono pelo público, e “Spread Your Fire”.

Leia também:  Living Colour abre turnê brasileira com show para iniciados no Rio

Performance irrepreensível e capricho visual

A apresentação do último sábado (21) foi irrepreensível. Outrora criticado pela performance vocal na atualidade, Edu Falaschi não deixou a peteca cair em momento algum. O frontman aliou com êxito a interpretação com seu forte carisma – é raro ver, nos dias de hoje, uma conexão tão forte na música como a de Edu com seu público. A execução em tons mais baixos de canções como “Arising Thunder”, “Acid Rain” e “Spread Your Fire” também o favoreceu e se mostrou uma opção sábia.

Ao lado dele havia uma banda afiada e competente, com destaque a Aquiles Priester, Fábio Laguna e Raphael Dafras. Se não brilharam como seus companheiros, Roberto Barros e Diogo Mafra mostraram solidez e precisão técnica nas guitarras. Por sua vez, a Orquestra Sinfônica Jovem brilhou principalmente naos momentos de maior orquestração (“Nova Era”, “Caça e Caçador”, “Arising Thunder” e “Acid Rain”), com camadas devidamente adicionadas aos arranjos das músicas.

Como já amplamente comentado por quem assistiu a algum show da turnê “Vera Cruz”, a estrutura de palco também chamou muita atenção. Além do palco ter se transformado em uma verdadeira caravela, atrativos como fogos, luzes e fumaça surgiram nos momentos corretos, o que acrescentou impacto visual.

A tour se encerrou em grande estilo com este show. Falaschi voltou a provar que forma, junto de sua banda, um dos alicerces do heavy metal brasileiro na atualidade.

*Texto de Caio Maranho Maia, fotos de Jeff Marques / @mulekedoidomemo

Edu Falaschi – ao vivo em São Paulo

  • Local: Tokio Marine Hall
  • Data: 21 de janeiro de 2023
  • Turnê: Vera Cruz Tour

Repertório:

  1. Nova Era (Angra)
  2. Fire with Fire
  3. Acid Rain (Angra)
  4. Sea of Uncertainties
  5. Caça e Caçador (Angra)
  6. Crosses
  7. Temple of Hate (Angra)
  8. What Can I Do (Symbols, com Tito Falaschi e Rodrigo Arjonas)
  9. Hard Feelings (Symbols, com Tito Falaschi e Rodrigo Arjonas)
  10. Mirror of Delusion
  11. Ego Painted Grey (Angra)
  12. Bleeding Heart (Angra, com Andria Busic)
  13. Arising Thunder (Angra)
  14. Angels and Demons (Angra)
  15. Pegasus Fantasy (Os Cavaleiros do Zodíaco)
  16. The Wicker Man (Iron Maiden, com Tito Falaschi)
  17. Rebirth (Angra)
  18. Spread Your Fire (Angra)

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Caio Maranho Maia
Caio Maranho Maia
Caio Maranho Maia é formado em Publicidade e Propaganda e Gestão de Tecnologia da Informação pela Universidade de São Caetano do Sul (USCS). Foi colaborador do site Ilha do Metal, House of Bootleg, além de ter sido colaborador do canal Ibagenscast no YouTube. Amante de todo o tipo de música, desde que tenha qualidade.

2 COMENTÁRIOS

  1. Eu estava lá e realmente foi inesquecível! Quem foi teve o privilégio de ver como o Edu se preocupa com a produção dos seus shows. Palco, banda, orquestra, setlist, convidados especiais e surpresas, foi sensacional!

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O Tokio Marine Hall, em São Paulo, recebeu no último sábado (21) um show digno da grandeza do heavy metal brasileiro. A noite especial foi comandada por Edu Falaschi, acompanhado por sua banda formada por Aquiles Priester (bateria), Roberto Barros (guitarra), Diogo Mafra (guitarra), Fábio Laguna (teclados) e Raphael Dafras (baixo), além da Orquestra Sinfônica Jovem de Artur Nogueira, regida pelo maestro Ricardo Michelino, que abrilhantou o show e fez a noite mais que especial.

*Texto de Caio Maranho Maia, fotos de Jeff Marques / @mulekedoidomemo

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Com a casa quase totalmente lotada, Edu e banda começaram o show com o pé no acelerador ao mesclar canções do Angra com do álbum “Vera Cruz” (2021). A sequência “Nova Era”, “Fire with Fire”, “Acid Rain” e “Sea of Uncertainties” foi cantada a plenos pulmões pelos presentes, que estavam em sintonia com os músicos. Deve-se destacar como as faixas de “Vera Cruz” foram bem aceitas pelo público, que não se mostrou desanimado.

Após os músicos serem apresentados, uma surpresa entrou no repertório: “Caça e Caçador”, gema preciosa do Angra que adapta ao português “Hunters and Prey”, foi performada com direito a um solo de sanfona tocado por um dos integrantes da orquestra. “Crosses” e “Temple of Hate”, em seguida, ofereceram holofotes à cozinha com Dafras e Aquiles – este último demonstrando muita técnica e pegada mesmo em peças de batida tão rápida.

Os primeiros convidados da noite foram introduzidos: Tito Falaschi e Rodrigo Arjonas, ex-integrantes do Symbols, tocaram em violões junto do frontman duas músicas dos tempos de Edu pré-Angra: “What Can I Do” e “Hard Feelings”. Aqui, a performance de Fábio Laguna no acompanhamento se mostrou essencial.

Sequência de clássicos

“Heroes of Sand”, clássico do Angra, foi dedicada ao pai do vocalista Christan Passos (Wizards), falecido no sábado (21). Em função disso, Passos, um dos convidados anunciados, não pôde se apresentar. Para fechar aquela etapa do repertório, mais uma dobradinha entre presente e passado: “Mirror of Delusion”, oriunda de “Vera Cruz”, e “Ego Painted Grey”, surpresa vinda do álbum “Aurora Consurgens”.

O terço final do setlist foi destinado aos clássicos. A balada “Bleeding Heart” ganhou boa versão com o convidado Andria Busic (Dr. Sin). “Arising Thunder” colocou em evidência a orquestra, enquanto a cozinha de Dafras e Priester voltou a se mostrar sólida em “Angels and Demons”. “Pegasus Fantasy”, trilha de “Os Cavaleiros do Zodíaco”, fez o público delirar e cantar a plenos pulmões. Um cover de “The Wicker Man” (Iron Maiden), por sua vez, trouxe nova participação de Tito Falaschi. Para fechar de vez, rolaram “Rebirth”, acompanhada em uníssono pelo público, e “Spread Your Fire”.

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Performance irrepreensível e capricho visual

A apresentação do último sábado (21) foi irrepreensível. Outrora criticado pela performance vocal na atualidade, Edu Falaschi não deixou a peteca cair em momento algum. O frontman aliou com êxito a interpretação com seu forte carisma – é raro ver, nos dias de hoje, uma conexão tão forte na música como a de Edu com seu público. A execução em tons mais baixos de canções como “Arising Thunder”, “Acid Rain” e “Spread Your Fire” também o favoreceu e se mostrou uma opção sábia.

Ao lado dele havia uma banda afiada e competente, com destaque a Aquiles Priester, Fábio Laguna e Raphael Dafras. Se não brilharam como seus companheiros, Roberto Barros e Diogo Mafra mostraram solidez e precisão técnica nas guitarras. Por sua vez, a Orquestra Sinfônica Jovem brilhou principalmente naos momentos de maior orquestração (“Nova Era”, “Caça e Caçador”, “Arising Thunder” e “Acid Rain”), com camadas devidamente adicionadas aos arranjos das músicas.

Como já amplamente comentado por quem assistiu a algum show da turnê “Vera Cruz”, a estrutura de palco também chamou muita atenção. Além do palco ter se transformado em uma verdadeira caravela, atrativos como fogos, luzes e fumaça surgiram nos momentos corretos, o que acrescentou impacto visual.

A tour se encerrou em grande estilo com este show. Falaschi voltou a provar que forma, junto de sua banda, um dos alicerces do heavy metal brasileiro na atualidade.

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  • Local: Tokio Marine Hall
  • Data: 21 de janeiro de 2023
  • Turnê: Vera Cruz Tour

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  1. Nova Era (Angra)
  2. Fire with Fire
  3. Acid Rain (Angra)
  4. Sea of Uncertainties
  5. Caça e Caçador (Angra)
  6. Crosses
  7. Temple of Hate (Angra)
  8. What Can I Do (Symbols, com Tito Falaschi e Rodrigo Arjonas)
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  10. Mirror of Delusion
  11. Ego Painted Grey (Angra)
  12. Bleeding Heart (Angra, com Andria Busic)
  13. Arising Thunder (Angra)
  14. Angels and Demons (Angra)
  15. Pegasus Fantasy (Os Cavaleiros do Zodíaco)
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  1. Eu estava lá e realmente foi inesquecível! Quem foi teve o privilégio de ver como o Edu se preocupa com a produção dos seus shows. Palco, banda, orquestra, setlist, convidados especiais e surpresas, foi sensacional!

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