Passados mais de 20 anos, ainda há quem não entenda a manobra artística do Metallica durante os anos 90, quando saíram os “discos gêmeos” “Load” (1996) e “Reload” (1997).
Bob Rock, que produziu esses álbuns e outros da banda, explicou o que James Hetfield e Lars Ulrich tinham em mente quando escolheram seguir tal caminho.
Em conversa com a Metal Hammer, o profissional de estúdio disse acreditar que a banda se sentia presa pelas “regras não-escritas” do metal. A tendência natural do Metallica foi, portanto, ir contra essa cultura de dogmas que acabou se criando em torno do gênero. Daí o choque visual e musical resultante.
“Acho que eles viram que a cultura estava mudando. E as regras do metal restringem muito. O som da bateria tem que ser de uma certa forma, você não pode fazer harmonias… isso não é divertido. Uma das coisas mais admiráveis sobre a banda é que eles não pensam na reação das pessoas. Eles só fazem o que eles sentem ser o certo para eles. Não levam em conta o que as pessoas pensam. Quando vão em uma direção e se comprometem a fazer alguma coisa, eles apenas fazem. E não voltam atrás.”
Metallica e “Load” / “Reload”
Ainda na visão de Bob Rock, não havia uma intenção em “chocar” ou “fazer diferente” quando o Metallica começou a trabalhar no que se tornou “Load” e “Reload”.
Segundo o produtor, eles apenas perceberam que podiam ir até os limites impostos e superá-los. Limites esses que foram estabelecidos, em parte, pelo próprio Metallica em seu “Black Album” (1991), que Rock também conduziu as gravações.
Bob ainda trabalharia com o grupo no álbum de covers “Garage Inc.” (1998), no ao vivo “S&M” (1999) e no criticado “St. Anger” (2003), onde acumulou a função de baixista.
Seu currículo ainda conta com nomes como Mötley Crüe, Bon Jovi, The Cult, The Offspring, Joan Jett, Black Veil Brides, Bryan Adams, Bush e Michael Bublé.
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