Roger Waters diz que Ucrânia o colocou em lista de pessoas a serem mortas

Músico afirmou estar marcado para ser assassinado sem oferecer qualquer prova concreta em meio a acusações contra o governo ucraniano

Roger Waters afirmou, sem oferecer provas, que está em uma lista de pessoas a serem mortas apoiada pelo governo ucraniano. A acusação foi feita durante uma entrevista à Rolling Stone na qual o músico discute as polêmicas que tem colecionado pelas críticas feitas à Ucrânia durante a invasão russa.

Após o jornalista James Ball mencionar relatos de repórteres independentes e pessoas na Ucrânia de crimes de guerra cometidos pelo exército russo, o músico falou:

“Talvez… Não esqueça, eu estou numa lista de morte apoiada pelo governo ucraniano. Eu estou na maldita lista e eles têm matado pessoas recentemente… mas quando eles matam você, eles escrevem ‘liquidado’ na sua foto. Bem, eu sou uma dessas fotos.”

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Ball menciona na entrevista que a lista à qual Waters pode estar se referindo é mantida por uma organização de extrema-direita ucraniana sem laços com o governo. O levantamento apresenta, segundo a reportagem, “centenas de milhares” de nomes daqueles vistos como inimigos da nação. 

A organização, contudo, afirma não se tratar de uma lista de pessoas a serem mortas, apenas uma fonte de informação para autoridades e serviços especiais. Ainda assim, a comunidade internacional condenou os dados ali contidos por não serem confiáveis.

Apesar de estarem havendo mortes suspeitas ligadas ao conflito, são todas de figuras na Rússia críticas à invasão e ao presidente Vladimir Putin.

Roger Waters, Rússia e OTAN

No resto da entrevista, Roger Waters reiterou sua opinião de que a origem do conflito foi que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) forçou a mão da Rússia ao aceitar países do antigo bloco socialista, sem levar em conta a vontade das nações de se protegerem contra interferência política de Moscou.

“É uma guerra desnecessária. E essas pessoas não deveriam estar morrendo. E a Rússia não deveria ter sido encorajada a invadir a Ucrânia depois de tentar evitar isso por 20 anos, sugerindo medidas diplomáticas aos governos ocidentais.”

Em outras declarações, o ex-integrante do Pink Floyd repudiou a invasão à Ucrânia, mas tem sido alvo de críticas desde que fez comentários polêmicos defendendo a Rússia. Tais posicionamentos fizeram com que dois shows do artista marcados na Polônia para 2023 fossem cancelados.

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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