As razões que explicam o sucesso do Ghost, segundo Tobias Forge

Líder do grupo entende que sua postura centralizadora foi fator determinante, mas citou mais fatores: "tudo combinado meio que criou a soma de nossa carreira"

A despeito do desgosto de alguns detratores, o fato é que o Ghost é uma das bandas mais bem-sucedidas dos últimos anos quando o assunto é o rock pesado em suas variadas vertentes. Com 5 álbuns lançados, o grupo sueco já alcançou status de headliner em arenas americanas, além de atração principal nos mais variados festivais europeus de verão – dois dos principais parâmetros de popularidade na indústria.

O Alabama Life entrevistou Tobias Forge, a mente por trás da obra. E questionou o segredo para ter alcançado tamanho sucesso em uma era dominada pela música pop em seus segmentos menos desafiadores aos ouvidos.

“Eu acho que há várias razões. E tudo combinado, em alinhamento, meio que criou a soma de nossa carreira. Penso que ajudou o fato de não escrevermos o mesmo disco todas as vezes e, ainda assim, ter um DNA de assinatura nas músicas. Também tentamos consistentemente oferecer um show atrativo para as pessoas.”

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Atualmente incorporando a figura do Papa Emeritus IV, o músico também entende que sua forma centralizadora de administrar o grupo se tornou um diferencial.

“Desafia a lógica para muitas bandas, eu acho, tentar expandir além de suas possibilidades. Mas isso foi ajudado pelo fato de eu ser o único que investiu e todos os outros foram pagos. Se tivéssemos pessoas votando democraticamente em tudo, não teria acontecido dessa maneira. Porque eu estava determinado a ser o que o Metallica foi nos anos 80, na turnê ‘…And Justice For All’ ou o Iron Maiden em ‘Powerslave’… Esse tipo de atração de teatro e arenas.

Ao mesmo tempo, sempre fui muito, muito influenciado por Pink Floyd e Rolling Stones. Por mais que eu seja um otário e tenha crescido ouvindo death metal muito obscuro e extremo, também tenho um grande alinhamento e amor de infância com o rock de arena. E hoje em dia, especialmente quando o rock não é o sabor do dia, acho que nos convém que tenhamos nos movido contra o bando.”

Tobias ainda destaca que o fato de outros astros do rock terem abraçado e divulgado o Ghost colaborou.

“Preciso dar créditos a caras como Duff McKagan, James Hetfield, Phil Anselmo, Jerry Cantrell e Dave Grohl. Todos esses caras nos levaram em turnês, divulgaram o nome e nos colocaram na frente de muitas pessoas. Sem isso nada teria acontecido.”

Ghost e “Impera”

Atualmente, o Ghost excursiona pelos Estados Unidos tendo Mastodon e Spiritbox como atrações de abertura. “Impera”, álbum mais recente da banda, chegou ao 2º lugar na Billboard 200, principal parada norte-americana. Só na semana de lançamento, mais de 60 mil cópias foram vendidas no país.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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