Por que o Rush se aposentou mesmo podendo continuar, segundo Alex Lifeson

“Estávamos tocando muito bem na última turnê, os shows eram fantásticos. [...] (Mas) Continuar por qual propósito? É dinheiro? É algum impulso egoísta? Melhor deixar para lá”, reflete o guitarrista

Em anos recentes, os membros remanescentes do Rush sempre fizeram questão de deixar claro que a opção de encerrar atividades partiu do baterista Neil Peart.

O último show do trio aconteceu dia 1º de agosto de 2015. Só depois o músico seria diagnosticado com o câncer que o vitimou em 7 de janeiro de 2020. Mesmo assim, ele já mostrava sinais de esgotamento, tanto físico quanto mental. Os colegas optaram por compreender e respeitar a decisão.

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Em entrevista ao Ultimate Guitar, o guitarrista Alex Lifeson ressaltou entender que a aposentadoria pode ser ótima para muitas pessoas. Mas, como músico, não se sente pronto para encarar essa realidade.

“Se tivéssemos força, acredito que o Rush poderia ter continuado. Estávamos tocando muito bem na última turnê, os shows eram fantásticos.”

Mesmo assim, o músico conclui ser melhor parar deixando a melhor última impressão possível.

“A lembrança final é a que fica. Continuar por qual propósito? É dinheiro? É algum impulso egoísta? Melhor deixar para lá.”

Alex Lifeson, Rush e Envy of None

Hoje, Alex Lifeson segue com o Envy of None. E reconhece sentir a necessidade de se expressar artisticamente.

“Prefiro ser produtivo e continuar trabalhando. Não vou tocar músicas do Rush, não vou tentar ser o que eu era quando tinha 25 ou 30 anos. Sou uma pessoa diferente agora, penso de outra forma. Fico sentado e tocando violão antes de ir para a cama todas as noites por algumas horas agora, e estou adorando. Ninguém está no quarto, nem minha esposa e eu estou me divertindo muito. Meus dedos doem, o que é um bom sinal. Eu apenas balanço minha cabeça e agradeço aos deuses por ainda ser capaz de fazer isso e espero continuar até o último grande acorde.”

O disco de estreia do Envy of None saiu dia 8 de abril. Além de Lifeson, a formação traz o baixista/vocalista Andy Curran (Coney Hatch), o também guitarrista Alfio Annibalini e a vocalista Maiah Wynne. Dois bateristas colaboraram com as sessões: Tim Oxford e David Quinton Steinberg. Com 11 faixas, o trabalho tem sonoridade pontuada por influências alternativas, atmosféricas e experimentais, misturando música pop, industrial e synthrock.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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