As maiores influências do The Hellacopters segundo Nicke Andersson

“Pensando em bandas que fizeram a diferença, foram Sex Pistols, Ramones e Kiss. Foi isso que moldou meu estilo de composição”, reflete o frontman

Na virada do século, o The Hellacopters surgiu como uma possibilidade de ser a nova esperança do rock. O tempo passou, a banda pode não ter alcançado o estrelato que alguns imaginavam, mas construiu uma sólida base de fãs.

Agora, foi lançado “Eyes of Oblivion”, primeiro trabalho de inéditas desde o retorno definitivo. O trabalho mostra a banda revigorada, mas sem perder o contato com as raízes.

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E foi justamente sobre as influências do passado que o vocalista e guitarrista Nicke Andersson falou à Metal Edge.

“Eu diria que existem três bandas referenciais, que estão entre as primeiras que ouvi ainda na infância. Quando tinha sete anos conheci o Kiss e foi isso que abriu as portas para mim, de verdade. Foi assim que entrei no rock. Eu gostava de dinossauros, Star Wars… e Kiss! Aí veio o punk rock. O pai do meu amigo Kenny Håkansson, que foi nosso baixista, tinha alguns discos dos Ramones, Sex Pistols e Damned.

Depois, obviamente, eu entrei no metal extremo, como Venom, Metallica e até bandas de death metal. Mas pensando em bandas que fizeram a diferença, foram Sex Pistols, Ramones e Kiss. Foi isso que moldou meu estilo de composição.”

Hoje, Nicke possui um gosto bem mais amplo, que até mesmo chega a fugir do rock.

“Ouço muita música soul dos anos 60. Eu realmente gosto de soul do tipo sulista, que tem um pouco de blues e country. Também tem o southern rock, como Lynyrd Skynyrd e The Outlaws. Dá para ouvir alguns traços disso na nossa música. Talvez não seja tão óbvio, mas está lá. Mas, basicamente, eu gosto de qualquer coisa com guitarra dos anos 60 e 70. Não tanto nos anos 80, a menos que seja metal extremo.”

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The Hellacopters e o hard rock

Ou seja, quem coloca o The Hellacopters como um grupo que resgatou o hard rock em sua época, não deve esperar que o líder da banda seja uma adepto das bandas da Sunset Strip.

“Cheguei a gostar do Mötley Crüe quando era jovem, por volta dos 13 anos. Achei que eles eram muito legais. Mas você sabe, quando se é criança tudo acontece tão rápido. Então isso foi talvez a primavera de 86. No outono já tinha jogado o Mötley Crüe na lixeira e era tudo Celtic Frost, Anthrax, speed metal e thrash metal. Curto glam rock no sentido britânico da palavra, como Slade, Sweet e Suzi Quatro. Eu realmente amo isso. Mas quando se trata do que as pessoas chamam de sleaze rock, não sou um grande fã.”

O The Hellacopters se reuniu em 2016, após oito anos de hiato. A formação original do grupo fez um show no Sweden Rock Festival celebrando 20 anos do álbum de estreia, “Supershitty to the Max!”. A ocasião marcou o retorno do guitarrista Dregen (Backyard Babies), que segue com a banda na nova fase.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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