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Mais de três décadas depois, Eric Clapton relembra morte do filho de 4 anos

Trágico falecimento inspirou a música "Tears in Heaven", um dos maiores sucessos do guitarrista

Em 1991, Eric Clapton passou por um dos acontecimentos mais traumáticos de sua vida com a morte de seu filho, Conor Clapton, de apenas 4 anos. O menino caiu do 53º andar de um prédio em Nova York, nos Estados Unidos, e a perda inspirou a música “Tears in Heaven”, que se tornou um dos maiores sucessos do artista.

Mais de 30 anos depois, o guitarrista relembrou a tragédia que mudou sua vida drasticamente em entrevista para a BBC Radio. Na ocasião, ele foi perguntado a respeito da música e dos sentimentos que ela traz.

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O músico revelou ter passado um tempo numa espécie de retiro após a morte de Conor, onde trabalhou em novas canções até sentir que tinha superado a maior parte da dor. A transcrição da fala do músico é do site Metal Castle.

“Eu tinha esse pequeno violão espanhol, fiquei grudado com ele. E fui embora. Fui para Antigua e aluguei um pequeno chalé por lá, num tipo de comunidade. O dia todo eu apenas espantava mosquitos e tocava esse violão, fiquei lá por quase um ano inteiro sem muito contato com o mundo exterior.

Tentei me curar e tudo o que eu conseguia fazer era tocar e compor essas músicas. Eu reescrevia e tocava de novo e de novo até que senti que fiz algum movimento no sentido da superfície do meu ser.”

Eric Clapton e “Tears in Heaven”

Na ocasião, Eric Clapton citou também seu sentimento em relação a quando “Tears in Heaven” é tocada no documentário “Life in 12 Bars”, de 2017, que conta a história de sua vida. O guitarrista refletiu sobre o sentimento que a faixa, reproduzida junto de de imagens de Conor, causou nele, bem como o que sente ao apresentá-la ao vivo até hoje.

“Era tão profundo, e eu achei que tinha dado um jeito nisso até que vi ‘Life in 12 Bars’. Era muito incômodo para mim, mas ao mesmo tempo era bela a forma como eles fizeram o filme. As imagens dele que eu nunca tinha visto antes, que são difíceis de ver, com a música subjacente. E tocar ‘Tears in Heaven’ ainda é muito pesado – e eu vou ter que fazer isso dentro de alguns dias (nota do editor: em referência a alguns shows marcados para os dias seguintes após a entrevista).”

A morte de Conor Clapton

Eric Clapton já estava separado da modelo italiana Lory del Santo, com quem teve Conor, quando os recebeu para uma visita em março de 1991.

No dia 20, a programação começaria pela manhã, incluindo um divertido passeio pelo zoológico. Dessa forma, Eric combinou de encontrar a ex-esposa e o filho no prédio em que estavam hospedados, no 53º andar da rua 57, em Manhattan.

Lory se arrumava para o passeio e pediu para a babá ficar de olho em Conor, que havia completado 4 anos em agosto do ano anterior. O menino corria de um lado para o outro, brincando de se esconder no apartamento. Nesse meio-tempo, o zelador avisou a babá que estava limpando as janelas, por isso, elas ficariam abertas.

Sem saber do perigo iminente, a babá perdeu de vista o pequeno Conor, que acabou correndo em direção à abertura. Por volta das 11h, Conor Clapton despencou da janela do apartamento e veio a óbito de imediato.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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Em 1991, Eric Clapton passou por um dos acontecimentos mais traumáticos de sua vida com a morte de seu filho, Conor Clapton, de apenas 4 anos. O menino caiu do 53º andar de um prédio em Nova York, nos Estados Unidos, e a perda inspirou a música “Tears in Heaven”, que se tornou um dos maiores sucessos do artista.

Mais de 30 anos depois, o guitarrista relembrou a tragédia que mudou sua vida drasticamente em entrevista para a BBC Radio. Na ocasião, ele foi perguntado a respeito da música e dos sentimentos que ela traz.

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O músico revelou ter passado um tempo numa espécie de retiro após a morte de Conor, onde trabalhou em novas canções até sentir que tinha superado a maior parte da dor. A transcrição da fala do músico é do site Metal Castle.

“Eu tinha esse pequeno violão espanhol, fiquei grudado com ele. E fui embora. Fui para Antigua e aluguei um pequeno chalé por lá, num tipo de comunidade. O dia todo eu apenas espantava mosquitos e tocava esse violão, fiquei lá por quase um ano inteiro sem muito contato com o mundo exterior.

Tentei me curar e tudo o que eu conseguia fazer era tocar e compor essas músicas. Eu reescrevia e tocava de novo e de novo até que senti que fiz algum movimento no sentido da superfície do meu ser.”

Eric Clapton e “Tears in Heaven”

Na ocasião, Eric Clapton citou também seu sentimento em relação a quando “Tears in Heaven” é tocada no documentário “Life in 12 Bars”, de 2017, que conta a história de sua vida. O guitarrista refletiu sobre o sentimento que a faixa, reproduzida junto de de imagens de Conor, causou nele, bem como o que sente ao apresentá-la ao vivo até hoje.

“Era tão profundo, e eu achei que tinha dado um jeito nisso até que vi ‘Life in 12 Bars’. Era muito incômodo para mim, mas ao mesmo tempo era bela a forma como eles fizeram o filme. As imagens dele que eu nunca tinha visto antes, que são difíceis de ver, com a música subjacente. E tocar ‘Tears in Heaven’ ainda é muito pesado – e eu vou ter que fazer isso dentro de alguns dias (nota do editor: em referência a alguns shows marcados para os dias seguintes após a entrevista).”

A morte de Conor Clapton

Eric Clapton já estava separado da modelo italiana Lory del Santo, com quem teve Conor, quando os recebeu para uma visita em março de 1991.

No dia 20, a programação começaria pela manhã, incluindo um divertido passeio pelo zoológico. Dessa forma, Eric combinou de encontrar a ex-esposa e o filho no prédio em que estavam hospedados, no 53º andar da rua 57, em Manhattan.

Lory se arrumava para o passeio e pediu para a babá ficar de olho em Conor, que havia completado 4 anos em agosto do ano anterior. O menino corria de um lado para o outro, brincando de se esconder no apartamento. Nesse meio-tempo, o zelador avisou a babá que estava limpando as janelas, por isso, elas ficariam abertas.

Sem saber do perigo iminente, a babá perdeu de vista o pequeno Conor, que acabou correndo em direção à abertura. Por volta das 11h, Conor Clapton despencou da janela do apartamento e veio a óbito de imediato.

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André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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