Saxon usa experiência e agrada fãs dos trabalhos mais recentes em “Carpe Diem”

Fórmula da banda não é alterada em vigésimo-terceiro disco de estúdio; saldo final é positivo, embora não ofereça maiores novidades

O Saxon é a banda que melhor representou a New Wave Of British Heavy Metal (NWOBHM) enquanto movimento que mudou a cara da cena heavy britânica na virada para os anos 1980.

Claro que Iron Maiden e Def Leppard foram muito mais bem-sucedidos, mas até por isso, os dois se descolaram por completo do rótulo, alcançando patamares estratosféricos e se tornando maiores que suas origens. Biff Byford e seus companheiros desenvolveram uma carreira para lá de respeitável e, a despeito de uma ou outra mudança aqui e ali, mantiveram fidelidade às raízes.

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Isso traz boas e más consequências quando se pensa em uma discografia a longo prazo. E muito disso se reflete em “Carpe Diem”, 23º trabalho de estúdio do quinteto, que chega a público via Silver Lining Music com edição nacional pela Heavy Metal Rock.

A fórmula usada é muito semelhante aos discos mais recentes, como “Sacrifice” (2013), “Battering Ram” (2015) e “Thunderbolt” (2018). Com isso, os fãs vão facilmente fazer associações com faixas desses plays ao escutar as novas.

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Não significa que o trabalho seja ruim, até porque os citados acima tinham qualidade de sobra. Porém, não dá para evitar a impressão de que a banda adotou a tática de não mexer em time que está ganhando. O problema é que a inércia provoca desgaste natural.

Os melhores momentos estão na segunda parte do tracklist. “Remember the Fallen” remete à faixa-título de “Forever Free” (1992), permitindo até que a melodia principal seja reimaginada. Já “Super Nova” traz a pegada oitentista acelerada, enquanto “Lady in Gray” soa como uma versão atualizada das influências progressivas do álbum de estreia. A curta e direta “Living On The Limit” encerra a audição com um pique a la Motörhead, muito celebrado pelo grupo desde a morte do “padrinho” Lemmy Kilmister.

O saldo final é positivo, apesar de não oferecer maiores novidades. Superando os recentes problemas cardíacos de Byford e a pandemia, o Saxon faz o arroz com feijão tradicional e ganha o jogo sem brilho, mas com eficiência em “Carpe Diem”.

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Vale citar a disposição da banda em se manter na ativa, já que é o segundo disco que gravaram desde que o mundo precisou se recolher – ano passado lançaram “Inspirations”, reunindo covers de artistas que os inspiraram. Algo louvável para senhores a esta altura da vida – Biff e o guitarrista Paul Quinn já passaram dos 70 anos, marca que o baterista Nigel Glockler alcançará em 2023.

Ouça “Carpe Diem” a seguir, via Spotify.

O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

Saxon – “Carpe Diem”

  1. Carpe Diem (Seize The Day)
  2. Age Of Steam
  3. The Pilgrimage
  4. Dambusters
  5. Remember The Fallen
  6. Super Nova
  7. Lady In Gray
  8. All For One
  9. Black Is The Night
  10. Living On The Limit

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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