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Como o Fleetwood Mac fez a crônica perfeita dos términos em “Rumours”

Lançado em 4 de fevereiro de 1977, segundo álbum da mais célebre formação do grupo é a prova fonográfica cabal de que tristeza vende

Em dezembro de 2003, os editores da revista Rolling Stone escolheram “Rumours”, do Fleetwood Mac, como o 26º maior álbum de todos os tempos. Em resumo perfeito, o texto da publicação aponta que a banda “transformou a tempestade particular das vidas dos integrantes em arte reluzente”.

Em sua autobiografia, “Play On Now, Then and Fleetwood Mac”, ainda inédita no Brasil, o baterista Mick Fleetwood escreve:

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“Quando começamos a escrever as músicas que entrariam em ‘Rumours’, estávamos todos em pedaços. Depois de sete anos de casados, John [McVie, baixista] e Christine [McVie, vocalista e tecladista] haviam se separado; o relacionamento de quatro anos de Lindsey [Buckingham, guitarrista] e Stevie [Nicks, vocalista] havia chegado ao fim; e meu casamento [com a modelo e atriz Jenny Boyd] estava a caminho do divórcio.”

Embora fosse o décimo-primeiro álbum de estúdio do Fleetwood Mac, “Rumours” seria apenas o segundo do grupo com a sua formação mais célebre. Havia, porém, uma meta alta a ser batida: o disco antecessor “Fleetwood Mac” (1975), que marcou a estreia de Buckingham e Nicks a bordo, dera à banda seu primeiro topo nas paradas dos Estados Unidos, com mais de cinco milhões de cópias vendidas, e rendera três singles no top 20.

Com “Rumours”, o Fleetwood Mac não apenas sustentou tal número, como dobrou a meta ainda no primeiro mês. O estilo pop-folk-rock adotado, em completo desvio às raízes blueseiras do grupo, caiu no gosto popular. Além disso, o sabor agridoce das letras reverberou naqueles que, além da forma, buscam na música conteúdo.

Os rompimentos

Dois casais se separaram pouco antes das gravações de “Rumours”. Como já mencionado, John e Christine McVie deram fim ao seu casamento de sete anos após seis meses de turnês incessantes para divulgar o álbum anterior. Por sua vez, Lindsey Buckingham e Stevie Nicks romperam com a relação que mantinham desde a década de 1960, quando começaram a trabalhar juntos – e muito antes de se juntarem à banda.

O processo poderia ter resultado em inúmeros momentos de tensão. Contudo, em grande parte graças aos produtores Richard Dashut e Ken Caillat, todo o ressentimento foi canalizado para as músicas.

O álbum foi todo construído a partir de sobreposições de instrumentos individuais, já que a banda, além do mais afundada em drogas, não estava em condições de gravar ao mesmo tempo. Segundo Nicks:

“Quando você termina com alguém, você não quer ver essa pessoa. Você não quer tomar café da manhã com ela, vê-la o dia todo e a noite toda, e tudo mais dia após dia. [A gravação] durou treze meses e exigiu toda a força interior que tínhamos. Foi muito difícil para nós. Foi como ser refém no Irã e, de certa forma, Lindsey era o aiatolá.”

“Canções-gêmeas”

Stevie Nicks define “Go Your Own Way” e “Dreams”, os dois maiores sucessos de “Rumours”, como “canções-gêmeas”. Em entrevista à Mojo, a vocalista explicou seu ponto de vista:

“‘Dreams’ e ‘Go Your Own Way’ são o que eu chamo de ‘canções-gêmeas’. São a mesma música escrita por duas pessoas sobre o mesmo relacionamento.”

Composta por Buckingham, “Go Your Own Way” é chamada pela Rolling Stone de “a quintessência do Fleetwood Mac”. Primeiro single de “Rumours”, a faixa descreve o término do relacionamento com Nicks do ponto de vista do guitarrista; ele conclui que se sai melhor sem ela e que ela pode seguir seu próprio caminho que para ele tanto faz.

“Fiquei bem ressentida por ele ter dito ao mundo que galinhar [‘shacking up’] com diferentes homens era tudo o que eu queria fazer”, disse Nicks à Mojo, garantindo que, ao contrário do que diz a letra e reza a lenda, nunca traiu Buckingham. Por mais que tenha insistido para que o ex mudasse o verso, ele se recusou a fazê-lo.

Em resposta a “Go Your Own Way”, Nicks criou “Dreams”, segundo single do disco. Seu maior trunfo seria se tornar a única música do Fleetwood Mac a chegar ao topo das paradas dos Estados Unidos.

Ao contrário de Buckingham, que não teve papas na língua nas acusações, a vocalista preferiu adotar um tom mais filosófico, “nas entrelinhas”, na letra que escreveu. Sua memória é vívida quanto ao passo a passo que resultou na canção, conforme narrado à Blender em 2005:

“Um dia, quando não fui requisitada no estúdio principal, peguei um Fender Rhodes e entrei em outro estúdio que diziam pertencer ao Sly, do Sly and the Family Stone. Era uma sala preta e vermelha, com um vão no meio onde havia um piano e uma grande cama ao estilo vitoriano coberta de veludo preto. Sentei-me na cama com o Rhodes na minha frente, encontrei um padrão de bateria, liguei meu pequeno toca-fitas e escrevi ‘Dreams’ em cerca de dez minutos.

[…] Entreguei a fita para o Lindsey; só eu cantando sozinha e tocando piano. Por mais que estivesse bravo comigo na época, Lindsey apertou o play e então olhou para mim e sorriu. O que estava acontecendo entre nós era triste. Éramos um casal fadado ao fracasso. Mas, como músicos, ainda nos respeitávamos – e conseguimos algumas músicas brilhantes em razão disso.”

Com a palavra, Christine McVie

“Don’t Stop” e “You Make Loving Fun”, respectivamente terceiro e quarto single de “Rumours”, guardam em comum o fato de terem sido escritos por Christine McVie.

Sem recorrer ao sentimentalismo, a tecladista e vocalista escreveu “Don’t Stop”, na qual propõe uma virada de página ao futuro ex-marido John, que só soube tê-la inspirado muito tempo depois, segundo depoimento à Mojo:

“Nunca liguei os pontos. Foram anos tocando essa música até que alguém me dissesse: ‘A Chris escreveu essa letra sobre você.’ ‘É mesmo?’.”

Paralelamente, Christine começou a sair com o técnico de iluminação da banda, Curry Grant. O affair resultou em “You Make Loving Fun”.

Em junho de 2009, Mick Fleetwood brincou com a revista Q dizendo:

“Conhecendo John, ele provavelmente pensou que [‘You Make Loving Fun’] era sobre um de seus cães.”

Mas a principal contribuição de Christine para o álbum foi a bela “Songbird”, que compôs no meio da madrugada e gravou sozinha na manhã seguinte. Em 2015, ela contou a história para a Mojo:

“Eu tinha um pequeno piano elétrico ao lado da minha cama e acordei uma noite por volta das 3h30 e comecei a tocá-lo. Letra e música ficaram prontas em cerca de 30 minutos. Foi como um presente dos céus, mas eu não tinha como gravá-la. Temi que fosse esquecê-la caso dormisse. Então voltei para a cama e me mantive acordada. […] No dia seguinte, entrei no estúdio tremendo feito vara verde porque eu sabia que era algo especial. Pedi ao Ken, [Caillat, coprodutor/engenheiro de som de ‘Rumours’ e pai da cantora pop Colbie Caillat] para que ligasse o gravador de dois canais porque queria gravar essa música o quanto antes!”

Ainda que o tom seja de melancolia, a tecladista assegura que “Songbird” não teve origem em seus problemas conjugais.

“Não é sobre ninguém em particular; mas serve para todos. Muitas pessoas tocam [‘Songbird’] em seus casamentos ou bar mitzvahs ou no enterro de seus cachorros. É universal. É sobre você e mais ninguém. É sobre você e o resto do mundo. É assim que gosto de escrever músicas. Se pudesse escrever mais músicas assim, seria a pessoa mais feliz do mundo”.

Ao vencedor, a longevidade

O sucesso de “Rumours” projetou o Fleetwood Mac para o reino dos superastros. Mesmo canções que não foram single, como o hino à infidelidade “The Chain” ou a ode às drogas “Gold Dust Woman”, fazem parte da cultura popular de hoje em dia.

A primeira delas, em especial, toca duas vezes no filme “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (2017) e vira e mexe é incluída em algum episódio de seriado. Recentemente, “O Sétimo Guardião”, da Rede Globo, promoveu novo resgate da faixa, popularizando-a junto ao público das telenovelas no Brasil.

Transparecer mágoa e perda nunca foi tão lucrativo. Com quase 30 milhões de cópias vendidas, “Rumours” ainda é um dos discos mais bem-sucedidos de todos os tempos. Pena, para o Fleetwood Mac, que o sucessor “Tusk” (1979) com seu ar de autoindulgência, acabou passando longe em números e distante do coração dos fãs.

Fleetwood Mac – “Rumours”

* Lançado em 4 de fevereiro de 1977 pela Warner Music.

  1. Second Hand News
  2. Dreams
  3. Never Going Back Again
  4. Don’t Stop
  5. Go Your Own Way
  6. Songbird
  7. The Chain
  8. You Make Loving Fun
  9. I Don’t Want to Know
  10. Oh Daddy
  11. Gold Dust Woman

Músicos:

  • Lindsey Buckingham (vocal, guitarra, dobro, percussão)
  • Stevie Nicks (vocal)
  • Christine McVie (vocal, teclados, sintetizador)
  • John McVie (baixo)
  • Mick Fleetwood (bateria, percussão, cravo elétrico na faixa 11)

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Marcelo Vieira
Marcelo Vieirahttp://www.marcelovieiramusic.com.br
Marcelo Vieira é jornalista graduado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA), com especialização em Produção Editorial pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Há mais de dez anos atua no mercado editorial como editor de livros e tradutor freelancer. Escreve sobre música desde 2006, com passagens por veículos como Collector's Room, Metal Na Lata e Rock Brigade Magazine, para os quais realizou entrevistas com artistas nacionais e internacionais, cobriu shows e festivais, e resenhou centenas de álbuns, tanto clássicos como lançamentos, do rock e do metal.

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Lançado em 4 de fevereiro de 1977, segundo álbum da mais célebre formação do grupo é a prova fonográfica cabal de que tristeza vende

Em dezembro de 2003, os editores da revista Rolling Stone escolheram “Rumours”, do Fleetwood Mac, como o 26º maior álbum de todos os tempos. Em resumo perfeito, o texto da publicação aponta que a banda “transformou a tempestade particular das vidas dos integrantes em arte reluzente”.

Em sua autobiografia, “Play On Now, Then and Fleetwood Mac”, ainda inédita no Brasil, o baterista Mick Fleetwood escreve:

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“Quando começamos a escrever as músicas que entrariam em ‘Rumours’, estávamos todos em pedaços. Depois de sete anos de casados, John [McVie, baixista] e Christine [McVie, vocalista e tecladista] haviam se separado; o relacionamento de quatro anos de Lindsey [Buckingham, guitarrista] e Stevie [Nicks, vocalista] havia chegado ao fim; e meu casamento [com a modelo e atriz Jenny Boyd] estava a caminho do divórcio.”

Embora fosse o décimo-primeiro álbum de estúdio do Fleetwood Mac, “Rumours” seria apenas o segundo do grupo com a sua formação mais célebre. Havia, porém, uma meta alta a ser batida: o disco antecessor “Fleetwood Mac” (1975), que marcou a estreia de Buckingham e Nicks a bordo, dera à banda seu primeiro topo nas paradas dos Estados Unidos, com mais de cinco milhões de cópias vendidas, e rendera três singles no top 20.

Com “Rumours”, o Fleetwood Mac não apenas sustentou tal número, como dobrou a meta ainda no primeiro mês. O estilo pop-folk-rock adotado, em completo desvio às raízes blueseiras do grupo, caiu no gosto popular. Além disso, o sabor agridoce das letras reverberou naqueles que, além da forma, buscam na música conteúdo.

Os rompimentos

Dois casais se separaram pouco antes das gravações de “Rumours”. Como já mencionado, John e Christine McVie deram fim ao seu casamento de sete anos após seis meses de turnês incessantes para divulgar o álbum anterior. Por sua vez, Lindsey Buckingham e Stevie Nicks romperam com a relação que mantinham desde a década de 1960, quando começaram a trabalhar juntos – e muito antes de se juntarem à banda.

O processo poderia ter resultado em inúmeros momentos de tensão. Contudo, em grande parte graças aos produtores Richard Dashut e Ken Caillat, todo o ressentimento foi canalizado para as músicas.

O álbum foi todo construído a partir de sobreposições de instrumentos individuais, já que a banda, além do mais afundada em drogas, não estava em condições de gravar ao mesmo tempo. Segundo Nicks:

“Quando você termina com alguém, você não quer ver essa pessoa. Você não quer tomar café da manhã com ela, vê-la o dia todo e a noite toda, e tudo mais dia após dia. [A gravação] durou treze meses e exigiu toda a força interior que tínhamos. Foi muito difícil para nós. Foi como ser refém no Irã e, de certa forma, Lindsey era o aiatolá.”

“Canções-gêmeas”

Stevie Nicks define “Go Your Own Way” e “Dreams”, os dois maiores sucessos de “Rumours”, como “canções-gêmeas”. Em entrevista à Mojo, a vocalista explicou seu ponto de vista:

“‘Dreams’ e ‘Go Your Own Way’ são o que eu chamo de ‘canções-gêmeas’. São a mesma música escrita por duas pessoas sobre o mesmo relacionamento.”

Composta por Buckingham, “Go Your Own Way” é chamada pela Rolling Stone de “a quintessência do Fleetwood Mac”. Primeiro single de “Rumours”, a faixa descreve o término do relacionamento com Nicks do ponto de vista do guitarrista; ele conclui que se sai melhor sem ela e que ela pode seguir seu próprio caminho que para ele tanto faz.

“Fiquei bem ressentida por ele ter dito ao mundo que galinhar [‘shacking up’] com diferentes homens era tudo o que eu queria fazer”, disse Nicks à Mojo, garantindo que, ao contrário do que diz a letra e reza a lenda, nunca traiu Buckingham. Por mais que tenha insistido para que o ex mudasse o verso, ele se recusou a fazê-lo.

Em resposta a “Go Your Own Way”, Nicks criou “Dreams”, segundo single do disco. Seu maior trunfo seria se tornar a única música do Fleetwood Mac a chegar ao topo das paradas dos Estados Unidos.

Ao contrário de Buckingham, que não teve papas na língua nas acusações, a vocalista preferiu adotar um tom mais filosófico, “nas entrelinhas”, na letra que escreveu. Sua memória é vívida quanto ao passo a passo que resultou na canção, conforme narrado à Blender em 2005:

“Um dia, quando não fui requisitada no estúdio principal, peguei um Fender Rhodes e entrei em outro estúdio que diziam pertencer ao Sly, do Sly and the Family Stone. Era uma sala preta e vermelha, com um vão no meio onde havia um piano e uma grande cama ao estilo vitoriano coberta de veludo preto. Sentei-me na cama com o Rhodes na minha frente, encontrei um padrão de bateria, liguei meu pequeno toca-fitas e escrevi ‘Dreams’ em cerca de dez minutos.

[…] Entreguei a fita para o Lindsey; só eu cantando sozinha e tocando piano. Por mais que estivesse bravo comigo na época, Lindsey apertou o play e então olhou para mim e sorriu. O que estava acontecendo entre nós era triste. Éramos um casal fadado ao fracasso. Mas, como músicos, ainda nos respeitávamos – e conseguimos algumas músicas brilhantes em razão disso.”

Com a palavra, Christine McVie

“Don’t Stop” e “You Make Loving Fun”, respectivamente terceiro e quarto single de “Rumours”, guardam em comum o fato de terem sido escritos por Christine McVie.

Sem recorrer ao sentimentalismo, a tecladista e vocalista escreveu “Don’t Stop”, na qual propõe uma virada de página ao futuro ex-marido John, que só soube tê-la inspirado muito tempo depois, segundo depoimento à Mojo:

“Nunca liguei os pontos. Foram anos tocando essa música até que alguém me dissesse: ‘A Chris escreveu essa letra sobre você.’ ‘É mesmo?’.”

Paralelamente, Christine começou a sair com o técnico de iluminação da banda, Curry Grant. O affair resultou em “You Make Loving Fun”.

Em junho de 2009, Mick Fleetwood brincou com a revista Q dizendo:

“Conhecendo John, ele provavelmente pensou que [‘You Make Loving Fun’] era sobre um de seus cães.”

Mas a principal contribuição de Christine para o álbum foi a bela “Songbird”, que compôs no meio da madrugada e gravou sozinha na manhã seguinte. Em 2015, ela contou a história para a Mojo:

“Eu tinha um pequeno piano elétrico ao lado da minha cama e acordei uma noite por volta das 3h30 e comecei a tocá-lo. Letra e música ficaram prontas em cerca de 30 minutos. Foi como um presente dos céus, mas eu não tinha como gravá-la. Temi que fosse esquecê-la caso dormisse. Então voltei para a cama e me mantive acordada. […] No dia seguinte, entrei no estúdio tremendo feito vara verde porque eu sabia que era algo especial. Pedi ao Ken, [Caillat, coprodutor/engenheiro de som de ‘Rumours’ e pai da cantora pop Colbie Caillat] para que ligasse o gravador de dois canais porque queria gravar essa música o quanto antes!”

Ainda que o tom seja de melancolia, a tecladista assegura que “Songbird” não teve origem em seus problemas conjugais.

“Não é sobre ninguém em particular; mas serve para todos. Muitas pessoas tocam [‘Songbird’] em seus casamentos ou bar mitzvahs ou no enterro de seus cachorros. É universal. É sobre você e mais ninguém. É sobre você e o resto do mundo. É assim que gosto de escrever músicas. Se pudesse escrever mais músicas assim, seria a pessoa mais feliz do mundo”.

Ao vencedor, a longevidade

O sucesso de “Rumours” projetou o Fleetwood Mac para o reino dos superastros. Mesmo canções que não foram single, como o hino à infidelidade “The Chain” ou a ode às drogas “Gold Dust Woman”, fazem parte da cultura popular de hoje em dia.

A primeira delas, em especial, toca duas vezes no filme “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (2017) e vira e mexe é incluída em algum episódio de seriado. Recentemente, “O Sétimo Guardião”, da Rede Globo, promoveu novo resgate da faixa, popularizando-a junto ao público das telenovelas no Brasil.

Transparecer mágoa e perda nunca foi tão lucrativo. Com quase 30 milhões de cópias vendidas, “Rumours” ainda é um dos discos mais bem-sucedidos de todos os tempos. Pena, para o Fleetwood Mac, que o sucessor “Tusk” (1979) com seu ar de autoindulgência, acabou passando longe em números e distante do coração dos fãs.

Fleetwood Mac – “Rumours”

* Lançado em 4 de fevereiro de 1977 pela Warner Music.

  1. Second Hand News
  2. Dreams
  3. Never Going Back Again
  4. Don’t Stop
  5. Go Your Own Way
  6. Songbird
  7. The Chain
  8. You Make Loving Fun
  9. I Don’t Want to Know
  10. Oh Daddy
  11. Gold Dust Woman

Músicos:

  • Lindsey Buckingham (vocal, guitarra, dobro, percussão)
  • Stevie Nicks (vocal)
  • Christine McVie (vocal, teclados, sintetizador)
  • John McVie (baixo)
  • Mick Fleetwood (bateria, percussão, cravo elétrico na faixa 11)

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Marcelo Vieira
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Marcelo Vieira é jornalista graduado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA), com especialização em Produção Editorial pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Há mais de dez anos atua no mercado editorial como editor de livros e tradutor freelancer. Escreve sobre música desde 2006, com passagens por veículos como Collector's Room, Metal Na Lata e Rock Brigade Magazine, para os quais realizou entrevistas com artistas nacionais e internacionais, cobriu shows e festivais, e resenhou centenas de álbuns, tanto clássicos como lançamentos, do rock e do metal.

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