Derrick Green relembra primeiras impressões do Brasil após entrar no Sepultura

Vocalista diz que tinha visão bem diferente sobre o país e se assustou com fama e apoio dos brasileiros à banda que havia acabado de entrar

Em 1996, Max Cavalera rompeu com o Sepultura. A notícia abalou os fãs e se transformou em um fato de repercussão mundial.

Inicialmente, a banda seguiria como trio, com Andreas Kisser assumindo os vocais. Porém, após alguns ensaios, ficou claro que uma nova voz seria necessária.

- Advertisement -

Após testes que incluíram Chuck Billy (Testament), entre outros, surgiram os primeiros rumores sobre o frontman. Seria um americano, apelidado de “O Predador”. Demorou pouco para que Derrick Green fosse oficialmente apresentado e passasse a ocupar o lugar que é seu até hoje.

Em entrevista ao V13.net, transcrita pelo Blabbermouth, o cantor lembrou seu primeiro contato com o país que mudou sua vida para sempre.

“Foi incrível. Eu nunca tinha estado no Brasil. Não sabia nada sobre a cultura ou o idioma. Não tinha amigos no país. Provavelmente até pensava que lá falavam espanhol, como muita gente presume. Mas fui à biblioteca pesquisar, peguei alguns livros, pois não havia internet de verdade na época.

O que li não fazia justiça à realidade. Só fui compreender após colocar os pés no país, conhecer pessoas e começar a falar com elas. Hoje, depois de morar lá por 20 anos, mudei radicalmente minha visão sobre o Brasil.”

Leia também:  Netflix é acusada de usar IA em documentário sobre crime

Relação entre Sepultura e Brasil

Derrick Green também teve a oportunidade de compreender o significado do Sepultura para o país, o que o colocou em uma situação de figura célebre.

“Parecia que o país inteiro era fã da banda. Andava com os caras nas ruas e todos os reconheciam, buzinavam os carros, faziam sinal do chifrinho e pediam autógrafos. Era o tipo de coisa que só estando lá para compreender. Precisei me acostumar a ser reconhecido e meio que analisado cada vez que saía de casa, leva um tempo para aprender a lidar.”

Derrick Green desconfortável

Por outro lado, o vocalista admite que não se sentiu realmente confortável nos primeiros momentos.

Leia também:  Filme “Deadpool & Wolverine” ganha primeiro trailer; assista

“Tenho que dizer que fiquei um pouco deprimido porque não sou esse tipo de pessoa. Eu meio que gosto de ser a mosca na parede, ficar de lado observando. Mas era impossível, ainda mais sendo um cara de dois metros de altura, com dreads e tatuagens.

Mas na maioria das vezes a reação das pessoas era positiva. 99% delas. O Brasil manteve a fé no Sepultura, mesmo com as mudanças que ocorreram. Sempre torceram pela banda, pois ela representa o país fora dele.”

Recentemente, o Sepultura lançou o álbum “SepulQuarta”, com registros das colaborações feitas com outros músicos durante a pandemia.

Paralelamente, saiu o box “Sepulnation: The Studio Albums 1998-2009”, com os cinco primeiros trabalhos de estúdio da fase com Derrick nos vocais em vinil: “Against, “Nation”, “Roorback”, “Dante XXI” e “A-lex”, além do EP de covers “Revolusongs” como bônus.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioCuriosidadesDerrick Green relembra primeiras impressões do Brasil após entrar no Sepultura
João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades