Não é por acaso que uma banda como os Rolling Stones tem a reputação de “atração de estádio”. O baterista Steve Jordan, que ocupa a vaga deixada pelo falecido Charlie Watts, refletiu sobre o motivo pelo qual nem todo músico consegue fazer um show para uma arena lotada.
Em entrevista à Rolling Stone, ele comentou, inicialmente, sobre o quanto ficou surpreso ao acompanhar um show dos Stones em Chicago, no ano de 2019. Na época, Watts estava a pleno vapor.
“Fiquei com Charlie na passagem de som, depois assisti ao show. Foi uma performance extraordinária. Lembro-me de ter pensado então: ‘é simplesmente incrível que ele ainda consiga tocar assim, dando poder a esta banda, em um estádio’.”
Na sequência, Jordan apontou como um músico, baterista ou não, deve tocar ao se apresentar em uma arena lotada.
“Você não entende. Você precisa alterar sua forma de tocar quando está tocando em um estádio. Muitas das sutilezas que você gostaria de executar simplesmente não se traduzem em um estádio para 80 mil pessoas. Se essa é a essência de sua forma de tocar, você tem que descobrir qual será sua abordagem, e não comprometer sua musicalidade.”
A performance em estádio demanda um planejamento que vai além do talento musical, de acordo com Steve.
“Sua musicalidade é o que te torna tão único e alimenta o som de sua banda. Isso é muito mais ‘pensar’ do que ‘tocar’, ‘executar’. E ele fez isso perfeitamente. Fiquei maravilhado naquela noite. Obviamente, não sabia que seria a última vez que o veria tocar.”
Rolling Stones, Steve Jordan e a turnê No Filter
A etapa mais recente da turnê No Filter foi concluída no último dia 23 de novembro, com um show em Hollywood, nos Estados Unidos. Não foram anunciados outros planos para os Rolling Stones na sequência. Em entrevistas, os integrantes têm deixado o futuro em aberto e dizem que seguirão se os fãs quiserem que a banda continue sem Charlie Watts.
Rollingstones ao vivo é mediano, banda de arena foi o Queen