Levou um tempo até que o Evanescence estourasse da fato. Mas quando isso aconteceu, a banda da vocalista Amy Lee e do guitarrista Ben Moody decolou muito rapidamente – e talvez isso tenha influenciado nos dois hiatos que o grupo atravessou a partir daí.
Criado em 1995, o grupo trabalhou muito no underground antes de lançar o álbum de estreia, “Fallen” (2003). Moody deixou a formação pouco tempo após o disco ser liberado, o que fez Lee assumir as rédeas e, de certa forma, transformar tudo aquilo em um projeto solo com a colaboração do então novo guitarrista, Terry Balsamo.
O Evanescence enfrentou mais uma mudança na formação antes do segundo álbum, com a saída do baixista Will Boyd, substituído por Tim McCord. Em 2006, foi lançado “The Open Door”, que antecedeu o primeiro dos dois hiatos.
Primeiro hiato (2007-2009): mudanças na vida de Amy Lee
Em 2007, Amy Lee já sentia o peso de ter dedicado mais de 10 anos de sua vida ao Evanescence. Naquele ano, sua vida mudou quando ela se casou com Josh Hartzler, um antigo conhecido que inclusive inspirou o hit “Bring Me to Life”.
O casamento e o fim da turnê de “The Open Door” fizeram a vocalista repensar sua vida. Dessa forma, entre 2007 e 2009, a banda entrou em hiato enquanto a artista analisava seus próximos passos.
Em entrevista à Metal Hammer, no ano de 2011, ela relembrou como foi a conversa com os outros integrantes da banda a respeito disso.
“Na semana em que terminamos a turnê, falei para os caras que queria parar por um tempo. E não sabia se seria o fim, se eu iria querer fazer mais um disco, se eu queria ter filhos. Tinha que descobrir por conta própria, porque tudo estava sendo sobre o Evanescence o tempo todo para mim desde que eu tinha 18 anos. Todos reagiram de forma ótima com isso.”
Em 2008, Amy começou a dar os primeiros passos do que viria a ser sua carreira solo. Ela regravou a música “Sally’s Song” para um álbum de covers da trilha sonora de “O Estranho Mundo de Jack”, uma iniciativa da própria Disney.
O Evanescence foi reativado no ano seguinte. Terry Balsamo e o baixista Will Boyd foram mantidos na formação, enquanto o baterista Will Hunt e o outro guitarrista Troy McLawhorn, que tocaram na turnê de “The Open Door”, foram oficializados respectivamente nas vagas de Rocky Gray e John LeCompt.
Segundo hiato (2012-2015): mudança de ares e burocracia
A volta rendeu um álbum, homônimo, lançado em 2011. A turnê de divulgação seguiu até 2012, quando outro hiato foi anunciado.
Desta vez, a justificativa de Amy Lee foi uma simples mudança de ares, ou “dar um tempo” – o que não significa essencialmente que as coisas vão mal. Em entrevista à NME, ela comentou:
“Fazer longos hiatos é visto como algo ruim, mas não acho que seja. As pessoas têm a ideia de que você precisa continuar lançando coisas enquanto as pessoas lembram de você. Mas eu prefiro fazer algo incrível e então fazer as pessoas lembrarem de novo.”
Em 2014, nasceu o primeiro projeto solo propriamente dito de Amy Lee. Ela cantou e produziu a trilha sonora do filme “História de Guerra”, de Mark Jackson, trabalhando ao lado do violoncelista e compositor Dave Eggar.
Infelizmente, naquele ano, a coisa azedou para o Evanescence. A gravadora Wind-Up Records vendeu seu catálogo de artistas para outra empresa, o grupo Concord Bycicle Records. A cantora moveu uma ação contra o antigo selo, os acusando de dever mais de US$ 5 milhões em direitos autorais para a banda.
A briga judicial fez o grupo optar por seguir caminhos independentes, mas toda a situação gerou desgaste e Amy, por um tempo, não quis sequer retomar o projeto. À Rolling Stone, em 2014, ainda durante o processo, a vocalista se mostrou pouco animada com o futuro do grupo.
“Não faremos nada agora. Não gosto de fazer previsões sobre o futuro, porque tenho mente aberta e nunca diria que uma grande parte de mim estaria acabado. Amei meu tempo com o Evanescence, não iria querer simplesmente jogar isso fora. Porém, dentro do futuro previsível, não tenho nenhum plano de fazer nada com a banda.”
Evanescence de volta
Felizmente, Amy Lee mudou de ideia em 2015 e retomou novamente o Evanescence. Outra vez, uma mudança na formação: Terry Balsamo deu lugar a Jen Majura, que tinha trabalhos anteriores como baixista, mas assumiu a guitarra por aqui.
A reunião abordou somente os palcos de início. Enquanto isso, a cantora deu sequência à carreira solo com dois lançamentos em 2016: o EP de covers “Recover, Vol. 1” e o álbum de música infantil “Dream Too Much”. O segundo trabalho foi bastante influenciado pela maternidade, já que em 2014 ela ganhou seu primeiro filho: Jack Lion Hartzler.
As atenções se voltaram ao Evanescence em 2017, quando o disco de regravações “Synthesis” foi divulgado. O ao vivo “Synthesis Live” (2018) saiu na sequência. Mais shows rolaram até, enfim, sair um álbum de músicas inéditas: “The Bitter Truth” (2021), o primeiro em uma década.
A essa altura do campeonato, os fãs não serão pegos de surpresa caso um terceiro hiato seja anunciado. Mas a torcida é que para isso não aconteça em breve.
* Texto por André Luiz Fernandes, com pauta e edição por Igor Miranda.
Com o desligamento de Rocky gray da banda o negócio desandou de vez . Esse novo batera é foda também mas ,acho que não se encaixou na proposta da banda . Esse cara deveria tá numa banda de metal velho ! Não só o visual mas o estilo de tocar condenam o indivíduo .
O Rocky é perfeito pra qualquer banda pois, além de ser multi instrumentista o cara tem pegada pra todos os tipos e estilos de banda.
O cara tocou com o Living SACRIFICE velho ,o maluco não é fraco não.