É quase unânime entre os fãs do Van Halen a opinião de que “Diver Down” é o pior álbum gravado pela banda com David Lee Roth nos vocais. E não são apenas eles que compartilham a visão. O próprio Eddie Van Halen deixou claro seu descontentamento com o disco sempre que teve a oportunidade.
A revista Classic Rock publicou um artigo trazendo um trecho do livro “Eruptio”, de Paul Brannigan. Nele, o guitarrista explicita sua raiva e culpa o cantor pelo resultado final.
“Odiei cada minuto das gravações. David tinha a ideia de que o cover de um antigo sucesso era meio caminho andado para nos darmos bem. Mas o que temos a ver com ‘Dancing in the Street’? Foi uma decisão estúpida. Desde então, decidi que prefiro falhar com uma música própria a tocar algo de outra pessoa.”
Eddie também admitiu que o fato de o disco anterior não ter sido tão comercial influenciou o maior poder de decisão de Dave no sucessor.
“O pouco sucesso de ‘Fair Warning’ gerou ‘Diver Down’, mas acho que ele é muito mais verdadeiro ao que sou e a banda representa. Somos um grupo de hard rock, artistas de discos, não de singles. Quando entramos nas paradas é golpe de sorte.”
David Lee Roth e as discussões
Em entrevista à revista Creem na mesma época, David Lee Roth abordou as diferenças entre seus conceitos e os de Eddie.
“Tudo que fazemos é discutir. Temos backgrounds diferentes do ponto de vista artístico, filosófico, social e quando se trata de hobbies. Há pontos em comum, é claro, mas não quando se trata de música. Às vezes chegamos a um acordo, mas ninguém fica completamente feliz, exceto o público”.
Van Halen e Diver Down
Quinto trabalho de estúdio do quarteto, “Diver Down” tem quase a metade da tracklist composta por covers. Foi o único disco da banda a contar com uma participação de Jan, pai de Eddie e Alex Van Halen, tocando clarinete.
Chegou ao 3º lugar na parada Billboard 200, ultrapassando 4 milhões de cópias vendidas só nos Estados Unidos.
A turnê de divulgação contou com a única passagem do Van Halen pelo Brasil em sua história, além do show como headliner no US Festival 83, quando o grupo recebeu o maior cachê por uma apresentação até aquele momento – faturando US$ 1 milhão só por aquela performance.
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