Em seus últimos anos de atividade, o Slayer contou com o guitarrista Gary Holt, do Exodus, no lugar do falecido Jeff Hannemann. O show de despedida da banda foi realizado em 2019, o que colocou um ponto final nos trabalhos em geral.
A decisão de encerrar as atividades foi tomada muito por conta do vocalista e baixista Tom Araya, que desejava se dedicar à família. Entretanto, muitos fãs ainda sonham com um retorno – e há quem acredite que Araya nem precisa estar envolvido nessa hipotética volta.
Em entrevista coletiva que divulgava novo álbum “Persona Non Grata”, do Exodus, Gary Holt foi perguntado sobre a possibilidade desse retorno. A resposta, como era de se imaginar, foi categórica: não há Slayer sem Tom Araya.
O guitarrista ainda comentou uma declaração dada há algum tempo onde opinou que o Slayer parou cedo demais, concordando com seu colega de instrumento na banda, Kerry King. Tendo a oportunidade de voltar a essa fala, o músico fez questão de esclarecer seu ponto de vista.
“Não pode haver Slayer sem Tom Araya. Sem chance. Eu não disse necessariamente que a banda parou cedo demais: falei que a banda estava tocando muito bem, então teria muitos anos pela frente.
Porém, eu também destaquei que é melhorar parar cedo demais do que tarde demais. Se você realmente não sente mais vontade de fazer isso – shows, performances, tudo isso -, é melhor que a lembrança da banda seja muito boa.”
Gary Holt e os aprendizados com o Slayer
Ainda durante o bate-papo, Gary Holt buscou resumir o que aprendeu durante o tempo que passou com o grupo, entre os anos de 2013 e 2019. Ao longo desse período, ele participou de turnês e gravou o álbum “Repentless” (2015), o último da história da banda.
“Aprendi muito sobre como é realizada uma turnê profissional, de alto nível. Como as coisas funcionam por trás da cena, como eles fazem as coisas funcionarem de forma suave. Tento trazer isso para o Exodus tanto quanto possível.”
Embora não acredite em um retorno do Slayer, Gary Holt prefere não pensar nesse fato de forma triste, como a maioria dos fãs. Ele diz ter muito orgulho de seu tempo com a banda – apenas deixa deixa claro que o foco agora é o Exodus.
“Até onde sei, não haverá mais shows do Slayer. Soa como algo triste, mas pude fazer parte disso por quase 10 anos e sou grato, sou muito privilegiado e é uma grande parte da minha vida, eles são meus irmãos. Mas agora é tudo sobre o Exodus, estou de volta! De volta para minha casa!”