Nergal tira colegas da zona de conforto metálica em novo álbum do Me and That Man

"New Man, New Songs, Same Shit, Vol. 2" traz convidados como Blaze Bayley, Gary Holt, Tobias Forge (usando pseudônimo), Alissa White-Gluz, entre vários outros nomes do metal

O Me and That Man foi anunciado por Nergal como um trabalho paralelo ao Behemoth há meia década – sim, já se passou tudo isso. Cinco anos e três discos mais tarde, o projeto pode se dar ao orgulho de ter ganhado vida própria. Ao mesmo tempo, já está naquela fase de explorar novas sonoridade que não se limitam às influências country/blues/folk de “Songs of Love and Death” (2017), disco de estreia que contava com o músico inglês John Porter como coautor.

“New Man, New Songs, Same Shit, Vol. 2” é o novo capítulo desta saga. Mais uma vez, Nergal se cerca de convidados que se prontificam a abraçar o lado experimental, muitos deles também se aventurando por caminhos que seriam estranhos a suas carreiras. Afinal, onde mais poderíamos conferir Blaze Bayley (Iron Maiden), Gary Holt (Exodus, Slayer) e Jeff “Mantas” Dunn (Venom, Venom Inc.) se aventurando em um Blues de raiz como em “All Hope Has Gone”? Só por tirar tantos músicos da zona de conforto, já seria digno de citação.

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Mas a coisa vai além, oferecendo material de qualidade indiscutível e colocando cada vez mais um pé no hard rock. Nesse ponto vemos o lado bom e o ruim da dissolução da parceria com Porter. O que a sonoridade perdeu em melancolia ganhou em peso e melodias mais palatáveis.

Destaques para Abbath mostrando o melhor Jim Morrison que há dentro de si em “Losing My Blues”; a soturna vibração de “Silver Halide Echoes” com o sempre eficiente Randy Blythe (Lamb of God) e a sempre bela voz de Myrkur em “Angel of Light”.

Fãs de vários dos nomes envolvidos que virão a conferir por mera curiosidade podem levar um grande susto. Porém, o Me and That Man cada vez mais se estabelece e cria vida própria, deixando de ser um trabalho alternativo para seu protagonista. Uma evidência de que há vida para um músico de metal fora do gênero.

E sim, Mary Goore é Tobias Forge, o homem por trás do Ghost, resgatando seu pseudônimo pré-sucesso mundial em “Under the Spell”.

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Ouça “New Man, New Songs, Same Shit, Vol. 2” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

O álbum está em minha playlist de lançamentos, atualizada semanalmente. Siga e dê o play:

Me and That Man – “New Man, New Songs, Same Shit, Vol. 2”

  1. Black Hearse Cadillac (com Hank Von Hell, Anders Odden)
  2. Under the Spell (com Mary Goore)
  3. All Hope Has Gone (com Blaze Bayley, Gary Holt, Jeff Mantas Dunn)
  4. Witches Don’t Fall in Love (com Kristoffer Rygg)
  5. Losing My Blues (com Olve Abbath Eikemo, Frank The Baptist, Chris Holmes)
  6. Coldest Day in Hell (com Ralf Gyllenhammar, Douglas Blair)
  7. Year of the Snake (com David Vincent)
  8. Blues & Cocaine (com Michale Graves)
  9. Silver Halide Echoes (com Randy Blythe)
  10. Goodbye (com Alissa White-Gluz, Devin Townsend)
  11. Angel of Light (com Myrkur)
  12. Got Your Tongue (com Chris Georgiadis)
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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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