Por que o Iron Maiden faz músicas tão longas hoje em dia, segundo Bruce Dickinson

Vocalista "acusa" a si próprio e ao baixista Steve Harris, grandes fãs de rock progressivo, pelas faixas que ultrapassam 10 minutos

Não é de hoje que o Iron Maiden vem apostando em músicas cada vez mais longas. O direcionamento, que parece dividir os fãs, voltou a ser adotado no álbum mais recente da banda, “Senjutsu”, com direito a três faixas de encerramento que que ultrapassam os 10 minutos de duração cada.

O vocalista Bruce Dickinson comentou sobre a duração das músicas do Maiden em recente entrevista ao programa de rádio de Eddie Trunk, na rádio SiriusXM, com transcrição via Blabbermouth. Basicamente, ele admite a “culpa” para si próprio e para o baixista Steve Harris, ambos grandes fãs de rock progressivo.

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Durante o bate-papo, o artista comparou seu gosto musical com o de Harris e destacou sua predileção por clássicos do rock progressivo, famosos pelas longas suítes musicais. O vocalista ainda citou uma de suas maiores criações, “Empire of the Clouds”, música de 18 minutos que fecha o álbum anterior, “The Book of Souls” (2015).

“Estava falando com outra pessoa sobre isso, sobre as diferentes bandas que nós dois gostamos. Steve, por exemplo, é um grande fã de Jethro Tull. Também sou um grande fã de Jethro Tull. Ele ama ‘A Passion Play’ e ‘Thick as a Brick’, eu sou mais ‘Aqualung’ e as coisas do início. Mas, no entanto, nós dois nos encontramos no meio do caminho aqui.

Ele é um grande fã do Genesis – o Genesis de Peter Gabriel, ‘The Lamb Lies Down on Broadway’, ele ama tudo isso. Eu não curto tanto o Genesis, mas adoro Peter Gabriel, acho que seu terceiro álbum solo, (com as músicas) ‘Intruder’, ‘No Self Control’ – coisas assustadoras, dark, sombrias.”

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Entre outras influências progressivas, Dickinson citou ainda o Van Der Graaf Generator, admitindo ter pegado “emprestado” um pouco do estilo do vocalista Peter Hammill.

Fora do prog, o vocalista também lembrou de influências como Deep Purple, Black Sabbath e Thin Lizzy. Sobre o Priest, Dickinson afirmou ter passado a se ligar mais na banda após uma turnê com eles, na década de 1980.

Bruce Dickinson, Iron Maiden e auto hipnose

De volta às músicas longas do Iron Maiden, Bruce Dickinson falou sobre “The Parchment”, penúltima faixa de “Senjutsu”. A canção, composta por Steve Harris, conta com mais de 12 minutos e meio de duração, com direito a uma longa passagem instrumental pela metade.

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Ele brincou com o descanso que terá na música se o Maiden optar por tocá-la ao vivo na turnê de divulgação do álbum.

“Algumas coisas, como ‘The Parchment’, ouvir aquilo é quase como auto hipnose – de verdade. (Se a tocarmos ao vivo) vou ficar lá atrás (do palco) tomando uma bebida não alcoólica. Eu ganho um descanso de 5 minutos e meio na metade de ‘The Parchment’.”

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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