Dave Mustaine teve uma passagem breve e polêmica pelo Metallica. O hoje líder do Megadeth fez parte da banda de James Hetfield (voz e guitarra) e Lars Ulrich (bateria) entre 1982 e 1983, como guitarrista solo, mas foi demitido em meio a brigas com seus colegas e problemas com alcoolismo e controle de raiva.
Ao longo dos anos seguintes, a mágoa de Mustaine com relação ao Metallica sempre ficou muito evidente. O músico criticava a ex-banda com frequência, além de deixar claro que havia criado o Megadeth para ser “mais pesado que o Metallica”.
Porém, desde a chegada do século 21, a situação entre Dave Mustaine e os ex-colegas ficou bem mais amistosa. Agora, um fala sobre o outro em tom de elogio, com tranquilidade, (geralmente) sem alfinetadas.
No fim de 2016, James Hetfield surpreendeu a compartilhar algumas palavras positivas a respeito de Mustaine em entrevista ao canal Musik. O frontman não costuma falar tanto à imprensa como seu parceiro Lars Ulrich, o que torna tudo ainda mais legal.
Sobre Mustaine, Hetfield declarou:
“Um grande amigo nosso, com certeza, que se deu muito bem por si só no Megadeth. Após ter sido expulso do Metallica, embarcou em uma carreira incrível. Dave é um incrível guitarrista, um ótimo compositor e fez coisas boas em sua banda.”
Em seguida, o músico do Metallica foi perguntado se mantém contato com o líder do Megadeth. A resposta foi positiva.
“Temos conversado, com certeza.”
Lars Ulrich e o ex-colega
Sempre mais disposto a dar entrevistas, Lars Ulrich é mais “falastrão” ao descrever sua relação com Dave Mustaine. Nos últimos anos, as declarações têm sido mais amenas.
Em 2009, porém, à rádio americana 94.1 FM WYSP, Ulrich contou como o vínculo era de “altos e baixos” com Mustaine.
“Altos e baixos. Sempre foi um relacionamento de altos e baixos. Sempre tive um grande respeito pelo Dave, sempre gostei dele, mas ele tem altos e baixos. Sempre respeitamos a banda dele. Sempre o respeitei como músico. Acho que ele tem ótimos músicos trabalhando com ele, além de ser um grande compositor.
Sempre houve, obviamente, uma certa postura e algumas conversas durante os anos que pra mim parecem como, jardim de infância, uma caixa cheia de areia, mas eu o respeito e o aprecio por tudo o que fez no Metallica.”
Vale lembrar que as rusgas entre Lars e Dave demoraram a se curar porque o frontman do Megadeth não gostou do fato de o bate-papo que ele teve com o baterista ter sido divulgado no documentário “Some Kind of Monster”, em 2004.
A mágoa de Dave Mustaine com o Metallica
Embora nunca tenha escondido sua admiração pelos colegas de Metallica enquanto músicos, Dave Mustaine também costuma expor que sentia mágoa e até ciúmes do que a banda se tornou sem ele. Em entrevista recente ao canal da Gibson no YouTube, ele admitiu:
“Muitas das coisas que eles fizeram, vendo eles terem sucesso… poderia ter sido qualquer coisa. Eles poderiam ter parado de tocar metal e começarem a fazer Twinkies e eu ficaria com inveja, porque éramos amigos e, do nada, não éramos mais.
Eu só sabia que queria continuar fazendo o que estávamos fazendo juntos, porque fazemos as pessoas felizes. Era como se fôssemos especiais – e eu nunca me senti especial antes na minha vida até então.”
Hoje, Mustaine enxerga toda a trajetória de sucesso do Metallica com outros olhos.
“Fico feliz em dizer que nossa amizade hoje é muito diferente daquele momento. Somos todos diferentes. Somos pais. Estamos mais velhos agora. A coisa mais chocante e mais difícil de tolerar ou aceitar no final, foi que, quando fui dispensado, meio que senti que eu parei.
Sei que não é verdade. Mas é o que um jovem pensa na hora. Eu não tinha mentores, não tinha ninguém falando comigo durante minha vida e dizendo: ‘você vai superar isso, você vai ser muito mais feliz por causa disso’.”
Relação atual
Em entrevista, também recente, ao podcast “Let There Be Talk”, o guitarrista Kirk Hammett, que substituiu Dave Mustaine no Metallica, detalhou como é a relação entre ambas as partes nos dias de hoje. Ele confirmou: não há mais tretas, especialmente após eles terem tocado juntos em um show que celebrou os 30 anos do grupo, em 2011.
“Quando trouxemos (o baixista original) Ron McGovney e Dave Mustaine para esses shows, algo aconteceu e melhorou muito nossa relação com aqueles caras – especialmente com Dave. Após esses shows, a atitude de Dave diante de nós mudou completamente. Ficou muito, muito melhor.”
Hammett acredita que Mustaine “encontrou um tipo de encerramento ao subir no palco e tocar com o Metallica”.
“Lembro de agir tipo: ‘Dave, toque o que quiser, pode fazer todos os solos que assumo as bases’. E ele me olhou… ficou tipo: ‘ok’. Ele não esperava ouvir aquilo de mim.
Lembro de chegar perto dele no show, ele destruindo em um solo enquanto eu tocava a base, foi um grande momento para nós dois. De repente, toda aquela energia ruim, toda aquela cisma, tudo aquilo não importava mais. Como resultado disso, seguimos amigos. A turnê do Big 4 foi ótima para estabelecer aquela parceria e mostrou a todos nós que somos pessoas que apenas amam esse tipo de som, têm paixão por tocá-la e levam essa paixão por todo lugar.”
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Uma banda que tinha Mustaine e Cliff Burton seria a maior de todos os tempos no que tange à técnica! Claro, acredito que, se o Cliff estivesse vivo, o Metallica não teria flertado com estilos duvidosos, ou até mesmo não continuasse na banda após o …And Justice! Mas que seria bom de se ver, ah sim!, seria!
Seria bom o grande The Smiths voltar a amizade, algo que acho impossível, pois o vocalista Morrisey é muito polêmico. E o guitarrista andou retrucando algumas coisas que ele disse. Uma turnê teria em poucas horas todos os ingressos esgotados. Acho engraçado o Pink Floyd, já se ofenderam e depois fizeram turnê juntos, porque sabem que dá muito dinheiro.