A empresária Vicky Hamilton, que gerenciou o Guns N’ Roses em seus primórdios e o Poison, além de ter atuado como consultora do Mötley Crüe e Stryper, falou em entrevista à Variety sobre o novo filme do Crüe, “The Dirt”, que está disponível na Netflix. A posição dela a respeito da cinebiografia tem certo tom crítico, devido à “representação da cena metal dos anos 80 e da era da cultura misógina”.
“Aquela era foi como o filme retratou? Sim. Claro, usar mulheres como brinquedos sexuais é algo preocupante para mim. Porém, o que me assusta nesse filme é que, com os caras da #MAGA (“Make America Great Again”, uma menção a apoiadores de Donald Trump) por aí, esse tipo de comportamento pode se popularizar novamente. Não quero ver mulheres sendo tratadas assim e dar um passo para trás”, afirmou Vicky Hamilton.
Ela afirmou, ainda, que foi “vítima de muito assédio sexual”, embora não tenha vindo do Mötley Crüe ou do Guns N’ Roses. “Foi um problema maior quando eu era mais jovem e mais sexy. Porém, o assédio verbal nunca acabou. Eu sou uma terceirizada independente há 15 anos e se eu sentir que haverá uma relação abusiva, eu não pego o trabalho”, disse.
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Sherry Ring, que trabalhou para o departamento de publicidade da Elektra Records (ex-gravadora do Mötley Crüe) entre 1988 e 2004, também deu a sua opinião a respeito da época. “Trabalhei muito com o Mötley Crüe, mais especificamente com o Nikki (Sixx, baixista). Ele me ligava muito e tínhamos várias ideias. Eles eram muito educados e eu adorava trabalhar com eles. Porém, eu não diria que já fui assediada por músicos ou colegas. Eles me chamavam para sair, mas ‘não’, geralmente, significava ‘não'”, afirmou.