Embora o vocalista Freddie Mercury tenha falecido em 1991, o Queen se manteve na ativa – seja como banda ou como marca. No entanto, a ausência do baixista John Deacon da maior parte das atividades posteriores à morte de Mercury, como a cinebiografia “Bohemian Rhapsody” chama atenção dos fãs.
A resposta principal para essa pergunta é mais simples do que se pensa: Deacon simplesmente quis sair de cena. O baixista abandonou os holofotes por opção e optou por viver uma vida reclusa, ao lado da esposa, Veronica Tetzlaff, com quem teve seis filhos.
A justificativa primária para tal decisão é que, para ele, não havia como dar sequência ao Queen sem Freddie Mercury – algo que, de certa forma, o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor discordavam, pois remontaram a banda tanto com Paul Rodgers (Free, Bad Company) quanto Adam Lambert nos vocais. Deacon, claro, não participou de nenhum desses projetos.
Últimas aparições de John Deacon
Após a morte de Freddie Mercury, John Deacon fez apenas três shows: em 1992, no Freddie Mercury Tribute Concert, realizado no estádio de Wembley; em 1993, ao lado de Roger Taylor, para arrecadar fundos para o King Edward VII Hospital; e em 1997, junto de Taylor e Brian May, em uma performance de “The Show Must Go On” com Elton John nos vocais.
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Além das três apresentações, John Deacon participou da gravação da música “No One But You (Only The Good Die Young)”, lançada pelo Queen também em 1997. Depois disso, não se soube mais do baixista – além de não ter se envolvido com as novas encarnações do Queen, Deacon não foi à cerimônia de indução ao Rock And Roll Hall Of Fame, em 2001, e, como já citado, não tem envolvimento com o filme “Bohemian Rhapsody”, embora tenha dado seu aval para a cinebiografia ser produzida.
Motivos pessoais
Fora a opção artística, há motivos pessoais para John Deacon ter se afastado dos holofotes. O baixista sempre foi conhecido por sua personalidade tímida – Roger Taylor e Brian May dizem que esse elemento foi crucial para o músico ter sido chamado a integrar a banda – e fontes próximas afirmam que ele sofreu de depressão por muitos anos, especialmente a partir da morte de Freddie Mercury.
Em 2014, Roger Taylor chegou a dizer que John Deacon evita contatos sociais. “Ele está completamente aposentado de qualquer contato social. Acho que ele é um pouco frágil e é exatamente por isso que [John] não queira saber de nada do mundo da música […] É justo, nós respeitamos isso”, afirmou.
Recentemente, ao Daily Mail, o assessor de imprensa do Queen, Phil Symes, disse que John Deacon está apenas “vivendo uma vida privada”. Roger Taylor confirmou que segue sem ter contato com Deacon, enquanto Brian May afirmou: “Não tenho ouvido um pio sequer de John”.
Apesar de estar longe dos holofotes, John Deacon segue como acionista igualitário do Queen. O baixista tem um patrimônio estimado em US$ 135 milhões e cada decisão relacionada à banda precisa passar por ele.
O talento de John Deacon é inegável. Dono de um groove único, ele também era compositor de mão cheia: deu origem a canções como “I Want To Break Free”, “Another One Bites The Dust”, “Spread Your Wings” e “You’re My Best Friend”. O mundo da música perde com sua ausência, mas, certamente, há razões ainda desconhecidas que possam corroborar ainda mais a sua reclusão.